Os índios brasileiros viviam em um paraíso onde sua cultura estava preservada. Porém, na chegada dos europeus, este delicado contexto foi desaparecendo aos poucos. As intensas emoções que os indígenas compartilhavam em suas aldeias mudaram completamente.
Sentimentos de revolta, dor, tristeza são relatados quando observamos seus mitos, rituais, poesias e a cosmologia. Assim, a partir da forma de expressão deles é possível notar o significado de ser índio. Muitos desses sentimentos indígenas nos fazem refletir hoje o passado e o futuro de modo a preservar não só a cultura de um povo, mas de todos.
Pintura corporal indígena: marco das emoções
A pintura corporal tem diversos significados. Enfeitar o corpo, expelente natural (função de protegê-los de raios solares, insetos e espíritos maus), revelação de algum sentimento, objetivo e até a função social de um índio, identidade da tribo e encontro do parceiro ideal. Por exemplo, cores e desenhos passam mensagens: se um índio tiver uma boa pintura e um bom desenho, ele terá sorte na caça, nas guerras, em viagens etc.
Ela também é utilizada para comemorar certos acontecimentos, como a colheita, a chuva e a guerra. Aqui neste ritual o jogo das emoções é ressaltando em cada função que a tinta exerce no corpo de um índio ou índia.
Essa arte não possui um significado apenas estético, mas é cercada de valores transmitidos de gerações antigas para os índios atuais. Os materiais mais usados são:
- Urucu (produz uma tinta vermelha);
- Jenipapo (com usa coloração azul);
- Pó de carvão (utilizado com uma loção de suco de pau-de-leite);
- Calcário (cuja cor extraída é branca).
Cada tribo possui um modo distinto de pintar o corpo e elas conseguem tornar a pintura sua marca. Geralmente, são as mulheres que executam esse trabalho, pintando os corpos do filho e marido. Já a arte plumária, que são enfeites (máscaras, cocares, mantos) ou a cobertura do corpo com penas tem função de transmitir a beleza.
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