18/11/2014

OS ESPÍRITOS DA NATUREZA




As antigas culturas e tradições, de todo o mundo, conheciam e honravam a existência de seres espirituais dos reinos da natureza, bem como os seres sobrenaturais de vários planos sutis. Apesar do ceticismo moderno, que levou à perda do contato com a dimensão sutil e mágica do universo, somos permanentemente cercados por seres espirituais, que podem influenciar nossa vida de maneiras positivas ou dramáticas. Ao resgatarmos nossa conexão ancestral com a “Grande Família”- da qual fazem parte todos os seres da Criação -, iremos reconquistar a nossa plenitude interior, a percepção sutil e o olhar “mágico” para ver e sentir tudo o que está ao nosso redor. Se abrirmos sem reservas o nosso coração e a nossa mente para buscar a sintonia com nossos “irmãos menores” e a integração no fluxo da vida, ultrapassaremos a ilusão da separatividade e a nossa pretensa superioridade.

Em várias tradições, os seres da natureza são descritos como fazendo parte de três reinos: o mundo subterrâneo, o mundo mediano (físico e humano) e o mundo superior ou cósmico, ao qual pertencem principalmente os seres sobrenaturais. No entanto, a realidade é mais complexa e abrangente, pois o espírito permeia o Todo e tudo que dele faz parte. Todas as manifestações da realidade têm um aspecto espiritual, que pode aparecer de maneira ativa ou passiva, de curta ou longa duração. Os espíritos de um determinado ambiente natural são tão variados quanto a fauna e a flora;  por existir  um contínuo movimento de desenvolvimento e mudança, que diminui os limites entre as diversas formas, a gama das suas apresentações fica muito mais ampla e diversificada. As classificações dos seres espirituais dependem da cultura ou escola metafísica, existindo  nuances entre as divisões mais tradicionais. De forma simplista, podemos usar a divisão em devas, espíritos elementais e os seres elementares.

Devas

Os devas são seres sutis, de vibração elevada, celestes e brilhantes, cuja estrutura é etérea e especifica ao elemento ao qual pertencem. Eles atuam como intermediários entre os anjos e a humanidade, associados a determinada área ou forma vegetal, mais ligados ao “mundo verde” do que às coisas materiais ou intelectuais. Por serem naturalmente alinhados com a Fonte Divina, eles guardam na sua consciência a matriz ou a memória do substrato ao qual são ligados, na sua forma mais perfeita. Em outras palavras, têm acesso à “ideia perfeita” da criação, antes da sua manifestação na realidade física e que representa o alvo dos seus esforços. Porém, a sua habilidade de criar formas perfeitas pode ser prejudicada ou bloqueada pela poluição – do ar e da terra -, pelas catástrofes naturais ou pelo campo mental, emocional e material humano.

Os devas são seres evoluídos, possuindo chacras, cujo número e tamanho mostram a natureza e o grau de elevação do seu trabalho. São semelhantes aos anjos, dos quais se diferenciam pela quantidade e qualidade da luz irradiada, seu trabalho sendo conjunto e entrelaçado, sem que haja uma demarcação clara, apenas uma mescla ou sobreposição de funções. Os devas recebem as energias irradiadas pelos anjos e as retransmitem para os níveis astrais de menor vibração, onde existem outros espíritos da natureza. São seres grupais, entrelaçados pelas energias e padrões vibratórios do seu respectivo grupo; uma “família” formada por muitos seres dévicos tem uma única consciência e alcança uma maior área de atuação, sendo ligada às divindades. Os devas são associados a certos lugares específicos, como montanhas, rochedos, geleiras, planícies, florestas e áreas cultivadas, onde supervisionam os processos naturais, emitindo impulsos adequados para o desenvolvimento harmonioso de cada habitat. Devido à sua consciência expandida, um deva pode abarcar todos os processos do plano em que atua, bem como coordenar as atividades dos espíritos de menor evolução. Por serem conscientes das atividades dos seres humanos, respondem com uma aceleração da sua vibração e luminosidade a todos os que percebem, admiram ou se alegram com a sua presença, podendo, em certas ocasiões, ter contatos telepáticos com eles. A vibração dos devas é luminosa e harmoniosa, alegre e compassiva, eles não têm opiniões individuais, nem julgam o que acontece ao seu redor.

Existe um tipo especial de devas, que não são confinados apenas nas áreas puras ou selvagens da natureza, mas se encontram nas cidades, perto de usinas, empresas e moradas e que trabalham para “limpar” a terra, o solo, o ar poluído e a egrégora humana e animal. Os de níveis mais elevados aparecem como anjos que cuidam dos doentes, de crianças e animais domésticos, das estações elétricas, do tratamento de resíduos tóxicos e do lixo, com a mesma dedicação como os que cuidam de árvores e flores. Às vezes, a poluição, a negatividade e densidade do ambiente físico e psíquico podem baixar a sua vibração e alguns deles desenvolvem padrões comportamentais negativos, que exigem a ajuda e a compaixão dos seres humanos mais evoluídos e conhecedores de técnicas de transmutação, cura e elevação espiritual.
Isso pode acontecer com os espíritos de todos os reinos, dando origem às histórias dos “espíritos maus”, que aumentam a egrégora negativa repleta de medos, maldades, violências, doenças, desequilíbrios diversos, juntamente com seus efeitos reais sobre os seres humanos, que podem responder com o mesmo teor energético (no nível mental, emocional, psíquico, material, mágico), de forma consciente ou inconsciente e criando assim os seres elementares, de baixo teor vibratório. Estes seres aparecem como fantasmas, larvas astrais, “encostos”, “quiumbas”, obsessores ou vampiros energéticos, cuja descrição foge ao propósito deste artigo.

Espíritos elementais

Tudo no mundo físico, incluindo os seres humanos, é formado pela combinação dos quatro elementos estruturadores - fogo, água, ar e terra – sendo que um ou mais destes elementos podem predominar na sua constituição. Desde Aristóteles é também levado em consideração um quinto elemento, a “quintessência”, o éter, de origem celeste e radiante, ligado à essência espiritual. Os seres menos evoluídos pertencem a um só elemento específico e têm uma vibração energética simples; os mais evoluídos são complexos e conectados a outros elementos além do seu próprio. Por exemplo, um elemental da tempestade combina na sua estrutura ar e água, além de ter a presença do fogo nos relâmpagos. Um grupo maior destes elementais forma um titã ou gigante, que são os mais antigos seres, associados às grandes mudanças climáticas e planetárias, responsáveis por terremotos e maremotos, deslizamento das placas tectônicas e o movimento dos continentes.

Alguns destes espíritos são compostos de matéria astral e etérea, que lhes dá uma aparência radiante. Eles canalizam as forças astrais para vitalizar o campo etéreo e as retransmitem para sua manifestação no mundo físico, tendo um maior nível de consciência do que os que trabalham apenas no campo etéreo. À medida da sua evolução, eles podem se individualizar tornando-se conscientes do seu ambiente e interagindo com as forças ao seu redor. Eles não têm livre arbítrio, mas têm vontade própria, podendo responder em função das suas ações e propósitos dentro do seu campo de atuação. Na sua aparência, aqueles que auxiliam os seres humanos assumem feições ou características humanas, por serem formados da mesma matriz e com a mesma geometria sagrada. Mas nos ambientes em que as pessoas não conseguem viver sem suporte artificial - como nos oceanos ou na profundidade da terra – suas formas variam, alguns aparecem como seres indefinidos ou grotescos, tendo esboçados a cabeça, o corpo e os membros. Eles possuem centros energéticos simples, alguns são alados, principalmente os associados a plantas, ar e fogo, diferenciando-se assim dos associados à água, mais fluidos e mutáveis e à terra  e rochas, mais densos.

Os seres elementais são conhecidos como “criadores de formas”, pois traduzem as formas mentais dos anjos menores em formas etéreas e depois físicas. Possuem corpo etéreo, falam e se comunicam entre si, se nutrem energeticamente e se reproduzem. Não podem ser destruídos por elementos materiais, mas não são imortais, podendo viver entre 300 e 1000 anos; quando seu trabalho termina, são reabsorvidos no oceano do espírito. Seu tamanho é variável e pode ser mudado junto com a sua aparência, mas usando o mesmo elemento de origem, que é responsável pela sua classificação em gnomos, salamandras, silfos e ondinas.

Os Gnomos, fazem parte do elemento terra, cuidando dela, bem como dos minerais, metais, plantas e árvores. Sua aparência é rude, com feições envelhecidas ou retorcidas; eles compreendem o que veem e ouvem, tendo uma consciência clara, com percepção interior, conhecimento imediato e intelecto universal. As plantas recebem as energias cósmicas e as conduzem para o solo, onde os gnomos coletam a informação e a retransmitem à terra e aos minerais. Eles vivem em comunidades debaixo da terra, nas florestas, grutas ou frestas sendo regidos por Gobi; são ariscos e não confiam nos seres humanos, muito sensíveis às fases da Lua e evitam os raios solares que podem petrificá-los. Conhecem-se vários subgrupos: dríades, anões, pigmeus, leprechaunskobolds, browniesland-vaettir, espíritos protetores das casas, sátiros e faunos, entre outros.

As Salamandras pertencem ao elemento fogo e diferem entre si pelo tamanho (que elas podem modificar), aparência e qualidade, sendo os elementais mais poderosos, no nível construtivo ou destrutivo. As salamandras atuam como mediadoras entre os anjos e os níveis físicos da criação. Seu regente é Djin e elas são consideradas agentes de transformação, envolvidas nos processos de decadência, morte e regeneração. Aparecem como seres radiantes - nas chamas das fogueiras ou dos vulcões (onde podem assumir formas humanas com aspecto demoníaco) - ou como luzes brilhantes oriundas dos processos de decomposição (conhecidas como “fogo-fátuo” visto nos cemitérios).

Os Silfos são ligados ao elemento ar e têm a frequência vibratória mais elevada, possuindo tamanhos variáveis, do pequeno ao gigante; são seres voláteis e mutáveis, alados ou não, podendo assumir formas humanas por pouco tempo. Seu regente é Paralda, seu veículo o vento, trabalham no éter e aparecem como seres amistosos, que ajudam os seres humanos nas artes criativas, conferindo-lhes inspiração. Eles vivem no topo das montanhas por centenas de anos e não aparentam envelhecer, mas são sensíveis às mudanças atmosféricas. Podem aparecer no meio das nuvens, nos redemoinhos de poeira e nos tufões; são associadas aos pássaros e às borboletas e transferem luz para as plantas.Em algumas tradições consideram–se os elfos e as fadas como pertencendo aos silfos, porém com características e tributos diferenciados.

As Ondinas habitam no interior da água, controlam suas funções e acompanham seu movimento, cuidam das plantas aquáticas e dos seres que habitam nas águas. Aparecem com lindas e graciosas formas femininas, às vezes tendo caudas de peixes e cavalgando as ondas, envolvidas por uma substância etérea, luminosa e iridescente, que brilha com as cores do mar, predominando verde e azul. Também são encontradas nos rios, fontes, córregos, cachoeiras e lagos, como lindas e louras jovens, penteando seus longos cabelos. Às vezes moram nas cavernas de corais ou sob as pedras do fundo do mar ou rio, se escondem entre as raízes das plantas aquáticas, deslizam brincando nas cachoeiras ou ficam nas rochas das margens dos rios. As ondinas trabalham com a essência vital das plantas, dos animais e seres humanos, estando presentes em tudo que contém água; sua regente se chama Niksa, que elas servem e obedecem com amor. São seres sensíveis e emotivos, sonhadores e mutáveis, que adoram música e dança; aparecem e desaparecem com rapidez, mas também podem assumir comportamentos prejudiciais aos homens, atraindo-os e os encantando, para depois deixá-los se afogarem. Dependendo do seu habitat e da sua tradição de origem, seus nomes variam entre sereias, ninfas, náiades, oceânides, nereidas, iaras ou nixies.

Além dos seres ligados essencialmente à natureza, existem elementais associados à estrutura humana.

Elemental dos Grupos: formado junto com a estruturação de um grupo, sua força e energia dependem das emoções, pensamentos e integração dos seus membros. Ele influencia os integrantes conectando-os e permitindo - ou barrando - a entrada de um novo membro, se o seu campo emocional ou mental for dissonante da egrégora grupal.

Elemental do Corpo: é situado no corpo etéreo, sendo a sua função criar a forma física do corpo (na concepção e gestação), depois cuidando do seu crescimento e amadurecimento, até a morte. Ele é responsável pelo bem estar do corpo, manipulando as energias da natureza, transferindo-as para os corpos sutis e depois ao físico, ajudando assim na homeostase cotidiana. É um fator importante na autocura, por conhecer intimamente a estrutura molecular até o nível celular (DNA) e por ter ajudado a criar o corpo, como um invólucro temporário da alma. Ele sabe onde os traumas e as memórias são armazenados e tem o mapa dos lugares com problemas energéticos ou físicos, sendo capaz de resgatar a informação e liberar o conhecimento atávico para ajudar no processo de cura. Acredita-se que é localizado entre o plexo solar e cardíaco, conectando alma e corpo com a mente divina, seu fluxo energético seguindo a coluna vertebral até a cabeça. Pode ser contatado durante a meditação, nas sessões de cura ou regressão de memória, mas ele não pode atuar sozinho, cabendo à pessoa assumir a responsabilidade para mudar e melhorar seu estilo de vida.

Para isso é importante que cada um de nós cuide da sua alimentação, atividade física, repouso e higiene mental, modificando comportamentos prejudiciais e tóxicos, buscando a conexão e sintonia com os reinos da natureza, empenhando-se no aprimoramento espiritual e na ampliação da sua consciência, para assim se integrar e harmonizar com todos os seres, elementos e reinos da Criação.

O CULTO DOS ANCESTRAIS


“Eu vivo, porém não viverei para sempre.
Somente a Mãe Terra vive eternamente”...
Canção dos índios Kiowa
A morte faz parte do ciclo da vida, assim como o dia alterna-se com a noite, a luz com a sombra. A sombra da proximidade da morte nos permite compreender e respeitar o delicado equilíbrio da vida. Assim, seremos capazes de aceitar a continuidade da vida nos nossos descendentes, pois nós também somos a continuação da linhagem ancestral. As gerações nascem, crescem, florescem, amadurecem e decaem, feito frutos de uma mesma árvore, transformando-se no adubo rico necessário para a próxima colheita.
A veneração dos ancestrais mantém viva a conexão entre as gerações, os vivos reconhecendo e agradecendo àqueles que trilharam antes os caminhos, abrindo portas e deixando o legado das suas experiências e realizações.
De uma forma ou de outra, todas as antigas culturas do hemisfério Norte reverenciavam os mortos, com celebrações e oferendas realizadas no final do outono, quando a própria natureza entrava em declínio. Festejavam-se ao mesmo tempo a última colheita, o abate dos animais para garantir a sobrevivência humana durante os meses de inverno e a lembrança daqueles que tinham passado para o mundo dos espíritos, ao longo do ano.
Os nomes das comemorações dos ancestrais variavam de um país para outro – “Pitra Visarjana Amavasya”, na Índia; “O Dia das almas errantes”, no Tibet; “Festival Obon”, no Japão; e “A festa dos fantasmas famintos”, na China. Na África, em Daomé (atual Benim), celebrava-se “colocar a mesa”; na Sicília, na festa dos “I Morti” as mesas eram postas com “armuzzi” – “as mãos do morto” modeladas em massa de pão, enquanto no resto da Itália os doces de clara de ovo com amêndoas e açúcar eram chamados de “ossi di morti”. No México, até hoje, os familiares fazem piquenique nos cemitérios, levando para os túmulos enfeitados com guirlandas de calêndulas os pratos e as bebidas preferidas dos falecidos. O dia de Los Muertos mexicanos não é uma comemoração macabra ou grotesca, mas uma maneira alegre, divertida e espontânea de reconhecer a inevitabilidade da morte. Ela aparece nos brinquedos das crianças (representada como soldado, herói, policial, médico, dentista, jogador de bola, professor, noivo ou noiva), nos enfeites de açúcar e nos doces, modelada como caveira ou esqueleto e nas “calaveras” – cartões e imagens de caveiras coloridas com dizeres engraçados trocados entre os amigos. Todos têm um esqueleto, todos vão acabar no cemitério, portanto, é melhor se acostumar desde criança com esta realidade.
As datas dos festivais dos mortos também diferiam de uma cultura para outra. No Egito, a baixa do Rio Nilo, em novembro, marcava o início de “Isia”, a celebração de seis dias que lembrava a morte do deus Osíris.
Procissões, drama sagrado, cânticos e danças reencenavam a sua morte e ressurreição, bem como a celebração do retorno das almas para visitar seus familiares. Lamparinas iluminavam suas antigas moradias e os caminhos para orientá-las, os templos e as casas eram enfeitados com flores e oferendas de comidas e bebidas.
Do Egito, este costume se espalhou pela Europa e foi preservado e adaptado pelos povos celtas. Por serem povos pastoris, os celtas dividiam o ano em duas estações – o verão, quando o gado era levado para os pastos, e o inverno, quando era trazido de volta.
Samhain”(pronunciado “souen”) era o festival celta dos mortos celebrado no dia 31 de outubro, considerado o primeiro dia de inverno e o início do Novo Ano. Neste dia, os véus entre os mundos se tornavam mais tênues, as almas transitavam mais facilmente de um lado para outro. Além dos familiares mortos, outros seres se manifestavam nesta noite – fadas escuras, elfos, almas perdidas, espíritos zombeteiros. Para se protegerem deles, os celtas usavam máscaras de animais e acendiam fogueiras nas colinas para guiarem os espíritos dos seus ancestrais de volta para suas antigas casas, enfeitadas com lamparinas de abóbora ou nabo colocadas nas janelas e nas portas.
Durante séculos, o cristianismo tentou, em vão, suprimir os festejos de três dias do Sabbat Samhain. Por não conseguir, apelou para o sincretismo religioso, criando o Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados, sobrepondo a data cristã ao antigo festival pagão.
Os milhões de emigrantes europeus (principalmente irlandeses que estavam sem meios de sobrevivência após a grande fome de 1846) levaram para sua nova pátria – os EUA – seus costumes e práticas ancestrais. Surgiu, assim, a festa profana de Halloween, pela metamorfose dos significados antigos (máscaras, fantasmas, lanternas, comidas), disfarçados em apresentações caricaturais (bruxas, chapéus pontudos, perucas coloridas, vassouras, lanternas de abóboras, caça aos doces – este costume sendo uma reminiscência do hábito antigo de dar esmolas aos pobres e comida para as almas). O comércio e Hollywood contribuíram, em muito, para tornar o antigo festival Samhain em festa folclórica, infantil ou em um simples baile de máscaras.
Mesmo assim, alguns povos ainda preservam de forma autêntica as tradições dos seus ancestrais. Os nativos norte-americanos celebram até hoje, na primeira lua cheia após o solstício de inverno, o retorno dos Kachinas – os espíritos dos seus antepassados, com o Festival Soyal, que inclui danças com máscaras, fogueiras e oferendas.
No Japão, o Festival Obon é celebrado durante 18 dias, requerendo uma esmerada preparação prévia dos templos, jardins, casas para a recepção dos “shugoray” – os espíritos dos ancestrais. As famílias se reúnem e invocam os espíritos com danças circulares que induzem a um estado de transe, facilitando percepções paranormais e manifestações de ectoplasmia e telecinésia. Antes de Obon, os familiares vão em peregrinação para os cemitérios, limpam a área, plantam flores e deixam oferendas de comidas, bebidas e imagens de cavalos (para ajudar o deslocamento dos espíritos entre os mundos). No último dia do Festival, os ancestrais estão sendo encorajados para voltar para a “Terra dos Mortos” e enormes fogueiras são acesas para lhes iluminar o retorno.
Sântandrei na atual Romênia (antiga Dácia) era uma celebração com data fixa (30 de novembro), dedicada a um antigo deus daco, protetor dos lobos, transformada pela igreja ortodoxa no dia do Apostolo André. Antigamente, esta data coincidia com a Brumália romana e as Dionisíades gregas, festas com muitas comidas, danças e bebidas. Era considerada “a Noite dos Strigoi” (vampiros), tanto dos vivos – os espíritos que saiam dos seus corpos durante o sono - como dos mortos, que abandonavam seus túmulos, visando criar sofrimentos aos seres humanos e animais. Acreditava-se que durante esta noite, os mortos vivos, strigoi e almas errantes podiam perambular à vontade, tirando o leite dos animais e a virilidade dos homens, espalhando doenças e malefícios ou brigando entre si.
Os strigoi vivos eram espíritos de pessoas que nasciam com um defeito físico ou característica estranha (rabo, placenta colada na cabeça, manchas no corpo, dedos a mais ou menos, corcova). Eles saiam dos seus corpos e se esgueiravam pela porta ou chaminé, depois davam três cambalhotas, assumiam o corpo de um animal (gato, cachorro, galo, porco, carneiro, cavalo, sapo), montavam uma vassoura, barril ou roda de fiar e iam se encontrar com os strigoi mortos nas encruzilhadas, florestas distantes ou lugares ermos. Lá, eles reassumiam a forma humana e começavam a brigar e lutar entre si, até que um deles vencesse e se tornasse o condutor de todos durante um ano. Em seguida, curavam milagrosamente suas feridas e voltavam antes da meia-noite pelo mesmo caminho e maneira como tinham vindo.
Os strigoi mortos eram espíritos que não tinham alcançado o além após seu enterro, ou que não mais quiseram voltar para lá depois dos dias de visitar seus parentes nas datas especiais como Natal e Sântandrei. Tendo saído da realidade comum e sem ter alcançado o “outro mundo”, eles se tornavam muito perigosos para os vivos, trazendo doenças e pragas, prejudicando a terra, as colheitas, o gado e as abelhas, manipulando fogo e água. Eles se originam dos strigoi-vivos quando eles morrem, de outros mortos que não receberam ritos adequados de enterro ou oferendas nas datas adequadas, ou que não traziam consigo as moedas necessárias para pagar o “pedágio” exigido na transição de um mundo para outro. Por isso, a “moeda do morto” era amarrada num lenço preso no seu pulso ou enfiada na sua boca.
Na noite de Sântandrei as pessoas comiam alho e esfregavam com ele as portas e janelas das casas, dos estábulos e depósitos de cereais, bem como as tetas das vacas e das ovelhas, para que os strigoi não se alimentassem do leite, nem prejudicassem pessoas ou animais. Todavia, era também uma noite favorável aos encantamentos de amor e às magias de proteção contra fantasmas e lobisomens, já que os lobos recebiam dons especiais de seu padroeiro Eram feitos vários encantamentos, predições oraculares para fins meteorológicos e orientações agrárias, feitiços de amor e talismã de proteção.
Deste amálgama de informações e costumes, cada pessoa pode criar uma homenagem pessoal para seus antepassados, seja criando um pequeno altar na sua casa (colocando fotos, objetos, lembranças no canto especificado pela sabedoria Feng Shui), seja preparando um pequeno altar externo (como na Tailândia), usando uma miniatura de casa (como uma gaiola de pássaros), pintada com símbolos que propiciem o renascimento para “recepcionar” os visitantes do Além. Alternativa mais comum é seguir o costume vigente, levando flores para seus túmulos, encomendar um culto ou visualizá-los envoltos pela Luz Maior.
O importante é reconhecer o seu legado, reverenciar a linhagem ancestral, preservar as tradições antigas e honrar sua sabedoria lembrando a frase de Kahlil Gibran:
“Todos os que viveram no passado vivem em nós agora. Que possamos honrá-los como hóspedes valiosos”.

A IDENTIDADE DO TRABALHADOR DA LUZ



Os Trabalhadores da Luz são almas que possuem o forte desejo interior de difundir Luz (conhecimento, liberdade e amor) sobre a Terra. 
Eles sentem isso como sua missão.
São frequentemente atraídos para a espiritualidade e para algum tipo de trabalho terapêutico.

Devido ao seu profundo sentimento de missão, os Trabalhadores da Luz sentem-se diferentes de outras pessoas.
Ao experimentarem diferentes tipos de obstáculos em seus caminhos, a vida os estimula a encontrar seu caminho próprio, único.

Os Trabalhadores da Luz quase sempre são indivíduos solitários que não se adaptam às estruturas sociais estabelecidas.

Uma observação sobre o conceito de “Trabalhador da Luz”:

A expressão “Trabalhador da Luz” pode provocar mal-entendidos, já que diferencia um grupo particular de almas, do resto. 
Além disso, pode parecer sugerir que este grupo particular é, de algum modo, superior aos outros, por exemplo, àqueles “não Trabalhadores da Luz”.

Toda esta linha de pensamento está em desacordo com a própria natureza e objetivo do trabalho da Luz. Permitam-nos expor brevemente o que há de errado nisso.

Primeiro, pretensões de superioridade geralmente não são iluminadas. 
Elas bloqueiam seu crescimento em direção a uma consciência livre e amorosa.Segundo, os Trabalhadores da Luz não são “melhores” nem “superiores” a ninguém. 
Eles simplesmente têm uma história diferente daquela dos que não pertencem a este grupo. 
Graças a esta história peculiar, que discutiremos mais adiante, eles têm certas características psicológicas que os distinguem como um grupo.

Terceiro, toda alma chega a ser um Trabalhador da Luz em determinada etapa do seu desenvolvimento. 
Portanto, a qualificação “Trabalhador da Luz” não está reservada para um número limitado de almas.

A razão pela qual utilizamos o termo “Trabalhador da Luz” – apesar dos possíveis mal-entendidos – é porque ela traz associações e agita memórias dentro de vocês que os ajuda a recordar.

Também há uma conveniência prática, já que este termo é frequentemente usado em sua literatura espiritual corrente.

RAÍZES HISTÓRICAS DOS TRABALHADORES DA LUZ

Os Trabalhadores da Luz trazem consigo a habilidade de alcançar o despertar espiritual mais rapidamente que outras pessoas. 
Eles carregam sementes internas para um rápido despertar espiritual. 
Por causa disso, parecem estar numa via mais rápida que a maioria das pessoas, se assim escolhem.

Mais uma vez, isto não acontece porque os Trabalhadores da Luz sejam de algum modo almas “melhores” ou “superiores”. 
No entanto, eles são mais velhos que a maioria das almas encarnadas na Terra atualmente. 
Esta idade “mais velha” deve ser entendida, de preferência, em termos de “experiência”, mais que de “tempo”.

Os Trabalhadores da Luz alcançaram um estágio particular de iluminação, antes de encarnarem na Terra e começarem sua missão. 
Eles escolheram conscientemente envolver-se na “roda cármica da vida” e experimentar todas as formas de confusão e ilusão que fazem parte dela. 
Fizeram isto para compreender completamente “a experiência da Terra”. Isto lhes permitirá cumprir sua missão.

Só passando, eles mesmos, por todos os estágios de ignorância e ilusão, é que eles possuirão finalmente as ferramentas para ajudar os outros a alcançar um estado de verdadeira felicidade e iluminação.

Por que os Trabalhadores da Luz perseguem esta missão sincera de ajudar a humanidade, mesmo correndo o risco de se perderem, durante eras, na densidade e confusão da vida terrestre?

Esta é uma questão da qual nos ocuparemos extensivamente mais adiante. 
Agora, diremos apenas que isto tem de ver com um tipo de carma galáctico.

Os Trabalhadores da Luz presenciaram a véspera do nascimento da humanidade na Terra. 
Eles fizeram parte da criação do homem. Foram cocriadores da humanidade. 
Durante o processo de criação, eles fizeram escolhas e agiram de formas que mais tarde vieram a lhes causar um profundo arrependimento. 
Eles estão aqui agora para reparar suas decisões de então.

Antes de entrarmos nesta história, citaremos algumas características das almas Trabalhadoras da Luz, que geralmente as distinguem de outras pessoas. 
Estes traços psicológicos não pertencem exclusivamente aos Trabalhadores da Luz e nem todos os Trabalhadores da Luz os reconhecerão como seus.

Ao apresentarmos esta lista, simplesmente queremos dar um esboço da identidade psicológica dos Trabalhadores da Luz. 
Quanto às características, o comportamento exterior é menos importante do que as motivações internas ou intenções sentidas.

O que vocês sentem por dentro é mais importante do que o que mostram externamente.

CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS DOS TRABALHADORES DA LUZ

1. Desde cedo em suas vidas, eles sentem que são diferentes. Quase sempre, sentem-se isolados dos outros, solitários e incompreendidos. 
Frequentemente tornam-se individualistas e têm que encontrar seus próprios caminhos na vida

2. Eles têm dificuldade para se sentir à vontade em empregos tradicionais e/ou em estruturas burocratas. Os Trabalhadores da Luz são naturalmente antiautoritários, o que significa que resistem naturalmente às decisões ou valores baseados somente em poder ou hierarquia. Este traço de antiautoritarismo está presente mesmo entre os que parecem tímidos e envergonhados. Ele está relacionado com a própria essência da missão deles aqui na Terra.
3. Os Trabalhadores da Luz sentem-se atraídos para ajudar as pessoas, como terapeutas ou como professores. Podem ser psicólogos, curadores, professores, enfermeiros, médicos, etc. Mesmo que a sua profissão não esteja diretamente relacionada com ajudar pessoas, sua intenção de contribuir para o bem-estar da humanidade está claramente presente.

4. Sua visão da vida é colorida por um sentido espiritual de como todas as coisas estão relacionadas umas com as outras. Consciente ou inconscientemente, eles levam dentro de si memórias de esferas de luz não terrestres. Podem – ocasionalmente – sentir saudades dessas esferas de luz e sentir-se como um estranho na Terra.

5. Honram e respeitam profundamente a vida, o que frequentemente se manifesta como afeição pelos animais e preocupação com o meio ambiente. A destruição de partes do reino animal ou vegetal na Terra pela ação do homem evoca neles profundos sentimentos de perda e aflição.

6. São bondosos, sensíveis e empáticos. Podem sentir-se incômodos ao se defrontarem com um comportamento agressivo e geralmente têm dificuldade para se defender. Podem ser sonhadores, ingênuos ou profundamente idealistas, assim como insuficientemente “enraizados”, isto é, não ter os pés na terra. Como eles têm facilidade para captar sentimentos e humores (negativos) das pessoas que os rodeiam, é importante que possam, regularmente, passar algum tempo a sós. Isto lhes permite distinguir entre seus próprios sentimentos e os das outras pessoas. Necessitam de momentos de solidão para recuperar a própria base e estar em contato com a mãe Terra.

7. Eles viveram muitas vidas na Terra, nas quais estiveram profundamente envolvidos com a espiritualidade e/ou religião. Estiveram presentes, em grande número, nas velhas ordens religiosas do seu passado, como monges, monjas, ermitães, psíquicos, bruxas, xamãs, sacerdotes, sacerdotisas, etc. Foram os que construíram uma ponte entre o visível e o invisível, entre o contexto diário da vida terrestre e os reinos misteriosos de pós-vida, de Deus e dos espíritos do bem e do mal. Por desempenharem este papel, muitas vezes eles foram renegados e perseguidos. Muitos de vocês foram sentenciados à fogueira devido aos dons que possuíam. Os traumas das perseguições deixaram profundas marcas na memória de suas almas. Isso pode manifestar-se atualmente como medo de estar completamente enraizado, isto é, medo de estar realmente presente, porque vocês se lembram de terem sido brutalmente atacados por serem quem eram.

PERDER-SE: O PERIGO PARA O TRABALHADOR DA LUZ

Os Trabalhadores da Luz podem estar presos nos mesmos estados de ignorância e ilusão que qualquer outra pessoa. Embora comecem de um ponto de partida diferente, a capacidade deles para romper o medo e a ilusão, com o propósito de alcançar a iluminação, pode ser bloqueada por muitos fatores.

(Por iluminação, queremos dizer o estado no qual vocês compreendem que são essencialmente da Luz, capazes de escolher a luz em qualquer momento).

Um dos fatores que bloqueiam o caminho da iluminação para os Trabalhadores da Luz é o fato de terem uma pesada carga cármica, que pode levá-los a se extraviarem por bastante tempo.

Como afirmamos anteriormente, esta carga cármica está relacionada com decisões que eles tomaram com relação à humanidade em suas etapas iniciais. Foram decisões essencialmente desrespeitosas para com a vida. Todos os Trabalhadores da Luz que vivem agora desejam corrigir alguns de seus erros passados e recuperar e cuidar do que foi destruído por causa disso.

Quando os Trabalhadores da Luz completarem seu caminho através da carga cármica, isto é, quando liberarem todo tipo de necessidade de poder, compreenderão que são essencialmente seres de luz. Isso lhes permitirá ajudar outras pessoas a achar seu próprio ser verdadeiro. Mas primeiro eles mesmos têm que passar por esse processo, o que geralmente exige grande determinação e perseverança no nível interno.

Devido aos valores e julgamentos neles incutidos pela sociedade, os quais frequentemente vão contra seus próprios impulsos naturais, muitos Trabalhadores da Luz se perderam, terminando em estados de desconfiança de si mesmos, autonegação e, inclusive, depressão e desesperança. Isto porque eles não conseguem se adaptar à ordem estabelecida e concluem que deve haver algo de terrivelmente errado com eles.

O que os Trabalhadores da Luz têm que fazer, neste ponto, é deixar de procurar validação externa, através de pais, amigos ou da sociedade.

Em algum momento, você (que está lendo isto) terá que dar o salto para a verdadeira autorização, o que significa realmente acreditar em si mesmo e verdadeiramente honrar suas inclinações naturais e seu conhecimento interior, agindo de acordo com eles.

Nós o convidamos a fazer isso e lhe asseguramos que estaremos com você em cada passo do caminho – exatamente como você, num futuro não distante, estará aí para ajudar outros em seu caminho.

JESHUA
Tradução para o português: Vera Corrêa


» Este artigo não sendo traduzido ou canalizado por nós, poderá haver correções ortográficas, gramaticais ou qualquer outro ajustamento no texto que seja necessário, segundo nossa própria avalização, das mensagens aqui compartilhadas. O texto foi editado para um layout de leitura mais apropriado com o nosso perfil. Os títulos dos artigos, não seguem o titulo original nem o da tradução, isso ocorre tanto por ordens técnicas, para não ter títulos idênticos no sistema dos buscadores da internet, como também para evidenciar alguma parte do texto, que segundo nossa analise, é mais importante ilustrar.

E se o Amor de sua vida chegasse hoje? O que você faria?



 Rosana Braga ::

Você vive mentalizando o encontro com o amor da sua vida? Leva a sério a lei da atração quando o assunto é relacionamento que você deseja viver? Fica observando os casais felizes, andando pelas ruas de mãos dadas, e desejando ardentemente ter alguém para ser sua companhia em todas as horas?

Imagine se você descobrisse uma maneira de chegar lá. Sim, lá no ponto de encontro. No lugar exato onde o seu grande amor estaria a te esperar... Lindo, cheiroso, bacana, bem-humorado, gentil, carinhoso, admirável. E com um sorriso iluminado, de braços abertos, chamando o seu nome.

Muito bom para ser verdade? Duvidou da existência dessa pessoa? Talvez a questão então, seja acreditar profunda e sinceramente nesta possibilidade. Mas, não só acreditar que uma pessoa assim, tão especial, exista mesmo. Mais do que isso, a questão que realmente importa, é você se questionar: ''E eu, combino com essa pessoa? Dou conta de ser parceira de alguém com todos esses adjetivos?''

Se algum amigo seu saísse com você e a pessoa dos seus sonhos, que certamente tem essas e muitas outras qualidades, diria algo como: ''Nossa! Como vocês são parecidos!'' Ou seja, você - assim como a pessoa com quem deseja viver uma história de amor - também está linda, cheirosa, bacana, bem-humorada, gentil, carinhosa e admirável? Você também vive com um sorriso iluminado no rosto e de braços abertos para o amor?

Não sei quais são as suas respostas para essas perguntas, mas sei, ou melhor, tenho certeza de que é preciso antes ser como essa pessoa que você desenha para estar ao seu lado, para depois atraí-la. E o problema é que a maioria das pessoas que estão em busca de um grande amor, desses que valem mesmo a pena, esquecem de investir no ponto de partida, no motivo que vai justificar o grande encontro.

E sabe o que é pior? Não se trata de não serem legais. Não mesmo! Trata-se de essas pessoas acreditarem que só terão motivos para serem tudo isso depois que encontrarem seu grande amor. Só que, definitivamente, essa não é a ordem que funciona! E se funcionar num primeiro momento, a tendência é que aquele que não estava pronto, perca sua chance, estrague a oportunidade. Bota tudo a perder.

Explico: não tem nada a ver com sorrir na balada, mas voltar para casa se sentindo vazio. Não tem a ver com fotos incríveis nas redes sociais, mas a irritação no dia a dia. Falta de paciência e ingratidão enquanto a câmera estiver desligada. Não tem nada a ver com aparência e sim, com consistência, com coerência. Tem a ver com a capacidade de encontrar os motivos em seu próprio cenário, em sua própria história.

Parece clichê, mas enquanto você não compreender, de uma vez por todas, que um amor de verdade, daqueles que valem a pena, só chega quando seu coração está preenchido e em paz. Senão vai continuar pulando de galho em galho, em encontros tortos, pegadas frouxas e promessas que não se cumprem.

E só você sabe como fazer isso. Só você tem a chave do cofre onde está o seu tesouro. Só você tem acesso e permissão para fazer alterações no sistema do seu coração. E é isso que vai alterar também as suas atitudes, o seu jeito de olhar o mundo, as suas escolhas, o seu poder de atração. É isso que vai tornar você a pessoa perfeita para o seu par ideal!

Fonte: STUM.

30/07/2014

PAUSA PARA RESPIRAR


Não sei quando a vida começou a ficar mais corrida, quando o tempo parou de ser suficiente para tudo, quando a prioridade passou a ser "produzir", deixando de lado o "realizar" - considerando "produção" questões de ordem material e "realização" algo mais moral, emocional, espiritual.
O fato é que há mil coisas a fazer, o plano físico exige dedicação ímpar para dar conta de tudo o que é preciso fazer, incluindo trabalhar, estudar, administrar o lar e os relacionamentos.
E nesse meio acabamos por deixar de lado a nós mesmos, não só quanto as questões da saúde e do emocional, mas do espiritual e moral. Esquecemos que precisamos de um tempo de silêncio para ouvir a própria alma, de intimidade para selar afetos, de alegria para não deixar morrer a criança que há em nós e que mantém a esperança e a coragem de agir.
Viver não se limita ao que fazemos por força das coisas. É preciso mais! Mais objetivos e ideais nobres, de longo prazo e não mensuráveis materialmente. Afinal, da Terra não se leva nada exceto o que somos, e o que somos não se define pelo que possuímos.
Precisamos fazer as coisas do cotidiano sem esquecer do lado moral e espiritual de tudo, das conquistas do conhecimento que as experiências permitem realizar, sem olvidar o impacto espiritual de cada gesto, ainda que nascido da obrigação.
Quem não se dá voluntariamente essa pausa, pode acabar sendo coagido pelo próprio corpo a fazê-lo, pode acabar sendo obrigado através da saúde, a ficar quietinho num canto para rever seus conceitos e redescobrir os motivos pelos quais pediu para encarnar.
E posso falar isso sem medo de errar.
Não esqueço do objetivo maior de evoluir espiritualmente no atual personagem que vivencio hoje, e me dedico às coisas morais e do espírito, ao conhecimento e auxílio à alma do meu próximo; mesmo assim acabei em um leito de hospital tratando uma deficiência de saúde que não se sabe com certeza qual é, e que parece definitivamente ter um foco principal: mostrar que a doença exige que cada pessoa reavalie o que efetivamente é importante para sua existência. sob pena de maiores sofrimentos.
Por isso, pelo que tenho aprendido através da observação - minha e de meus "vizinhos" - dou-lhes um conselho que entendo ser valoroso: não esperem a doença ou a morte para pensar nisso, deem à alma uma pausa, parem para respirar.

28/06/2014

O Uso de Pós Mágicos




Os pós mágicos podem ser compostos pelos mais diversos ingredientes de origem vegetal, animal e mineral - reduzidos a pó. As fórmulas são concebidas com base nas propriedades destes ingredientes e em função do objectivo que se deseja atingir. É sabido que as plantas e os cristais detêm certos poderes, não só pelas suas propriedades intrínsecas como também pelo simbolismo que a eles se associa. Os pós mágicos são uma forma concentrada de obter estes benefícios. Além de serem compostos por ingredientes muito bem escolhidos, estes pós são habitualmente "encantados" através de um ritual. Neste ritual é feita a atribuição de poder - a projecção da intenção - que irá orientar a sua energia para um objectivo específico.

Como Usar um Pó Mágico?


Os pós mágicos podem ser polvilhados ou incluídos na preparação de outras poções. Também servem na confecção de amuletos e para consagração de objectos ou espaços. Literalmente, servem para "encantar" tudo o que tocam. Seguem-se algumas das formas de utilização mais simples.


Polvilhar


Polvilhar consiste em espalhar uma pitada de pó mágico sobre aquilo que se deseja influenciar. Pode, por exemplo, polvilhar a caixa registadora do seu estabelecimento para que os ganhos aumentem. Um pó mágico de cura pode ser usado sobre uma pessoa ou sobre a sua representação - uma fotografia, um objecto pessoal, etc. Os pós de protecção e banimento costumam ser polvilhados nas casas, à entrada e nos acessos. O acto de polvilhar pode ou não ser acompanhado de orações ou palavras específicas, dependendo de cada praticante.



Incenso


Os pós mágicos podem ser queimados como incensos, sobre uma placa de carvão litúrgico ou directamente no fogo. Nos tempos idos, todas as casas tinham uma lareira ou "zona de fogo" onde as brasas eram mantidas em permanência. Nesses tempos cada um podia sentar-se em frente ao fogo e entrar em comunhão com o verdadeiro Fogo da Vontade, muitas vezes ao som de ladaínhas murmuradas baixinho, à medida que se ia deitando pitadas de pó mágico nas chamas.


Velas


As velas que se usam para orações e rituais ganham muito se forem preparadas com pós mágicos. O processo é muito simples:


Material:


1 colher de chá de óleo vegetal (pode ser óleo litúrgico especial ou óleo simples de fritura)


1 colher de café rasa de pó mágico


1 folha de papel

4 Velas


- Molhe um dedo no óleo e besunte ligeiramente cada uma das velas.


- Espalhe o pó mágico por cima da folha de papel.


- Role as velas sobre a folha de papel, fazendo o pó mágico aderir a todos os lados (como se fosse um panado).


- Ajuste as quantidades de pó e de óleo no caso de usar mais ou menos velas.


As velas assim preparadas transformam-se em verdadeiros objectos de poder que, ao arderem, libertam toda a energia contida no pó.


Consagração de Objetos


Os pós mágicos também servem para consagrar objetos. Por exemplo, um talismã para boa sorte pode ser preparado com a ajuda de um pó. Para tal, polvilha-se o objeto, geralmente no contexto de um ritual.


Pós Mágicos Comestíveis


A cozinha, cujo centro é o "Fogo Sagrado do Lar", sempre foi também o centro das práticas mágicas. Não é, portanto, de estranhar que os pós mágicos sejam o tempero de muitos pratos especiais. Nos dias que correm já poucos se lembram porque é que certas ervas e especiarias entram em determinados pratos tradicionais - é verdade que são saborosas, mas não é só por isso! Preparar os alimentos era, em si, um acto mágico - e isto torna-se ainda mais verdade quando se trata de pratos festivos que são, como quem diz, comida ritual ou sagrada. Um exemplo disto é o arroz doce, uma sobremesa típica dos casamentos - devidamente polvilhado com canela, símbolo do amor e da prosperidade.


Pó Mágico para Saúde

-2 partes de eucalipto;

- 1 parte de pinho;

- 1 parte de alecrim;

- 1 parte de salsa;

- 1 almofariz.

Pegue num almofariz, coloque as plantas dentro e reduza-as em pó num pó muito fino. As plantas deverão estar bem secas (ao abrigo do sol e da humidade).

Diga o seguinte encantamento:

“Que estas ervas me mantenham em boa saúde,

Ervas verdadeiramente encantadas,

As constipações, as tosses e os males não entrarão,

Pois as ervas para me proteger cá estão”.

Coloque um pouco deste pó, nos seus lençóis, no fundo do seu armário da roupa. Ande com um pouquinho deste pó consigo, numa bolsinha de tecido. Pode guardar o que sobrar dentro de um frasco bem fechado, ao abrigo da luz.

Pó Mágico do Amor

Este pó mágico, é um pó para ser usado em rituais de amor.

- 15 gr de benjoim;

- 15 gr de canela;

- 15 gr de galangal;

- 15 gr de cravo-da-india;

- 15 gr de olíbano;

- 30 gr de mirra;

- 3 gotas de óleo de orquidea;

- 3 gotas de óleo de lótus;

- 3 gotas de óleo de rosa;

- 3 gotas de óleo de jasmim;

- 3 gotas de mel;

- 1 pitada de sementes de iris secas.

- 1 vela vermelha ou rosa;

- 1 tigela de vidro.

Prepare este pó numa sexta-feira numa noite de Lua Nova, á luz da vela.

Coloque na tigela o benjoim, a canela, o galangal, o cravo-da-índia, o olíbano e a mirra. Misture tudo muito bem, com as suas mãos. De seguida adicione o mel, os óleos e as sementes.

Misture tudo, e diga:

“Pelo antigo poder de Ísis,

Deusa suprema de muitos nomes,

Deusa do amor e da maternidade divina,

Eu consagro e dedico este pó,

Como instrumento de magia do amor,

Pelo poder do sol,

Pelo poder da lua,

Que este pó do amor seja carregado,

Do poder de Ísis,

Grande Senhora de todos os mistérios,

Grande Senhora da magia,

Grande detentora dos segredos místicos,

Abençoado seja sob os nomes de

Ahio, Ariaha, Arainas e Kha,

Que assim seja feito,

Para eu encantar meu eleito!”

Tape a tigela para que fique muito bem fechada e guarde-a em local escuro, até á lua nova seguinte. Nessa altura, moa os ingredientes com o almofariz e o pilão, até obter um pó bem fininho.

Utilize este pó em rituais de amor, como “pó de amor”.

Também pode usar este pó como um incenso para atrair o amor, ou seja, pegue numa pastilha de carvão e faça-a arder com uma pitada deste pó.

Pó Mágico para Dinheiro

Este pó mágico destina-se a concretizar desejos de ordem material.

É um ritual mágico em que você faz o seu pó mágico, que visa ajudar a resolver a sua situação económica e finaceira.

- 2 grandes taças;

- 1 colher de madeira;

- 1 passador;

- 1 pitada de tomilho ;

- 1 pitada de dente-de-leão;

- 1 almofariz;

- 1 vela verde

- 1 pauzinho de incenso de verbena.

Faça este ritual de realização de pó mágico em fase de Lua Crescente.

Acenda a vela e queime o incenso.

Coloque as ervas no almofariz e com o pilão reduza-os a pó bem fino. Trabalhe erva a erva, separadamente, pensando no seu desejo. Depois, coloque todos os ingredientes reduzidos a pó, em partes iguais, dentro de uma das taças. Mexa-os com a colher de madeira até obter uma mistura homogénea.

Com a ajuda do passador filtre o pó obtido para dentro da 2ª taça, afim de obter o mais fino pó.

Pegue no seu pó e vá para para um jardim, um parque, um campo, em que possa estar tranquila/o.

Pegue no pó em sua mão, olhe para ele e baixinho, diga o seguinte:

“Eurus, Notus, Zephyrus, Boreas,

Chefes dos quatro ventos, eu vos conjuro,

Peguem nomeu desejo e materializem-no,

Senhores dos ventos,

Confio-vos a tarefa de ... (diga o que quer).

Que assim seja feito.”

Uma vez feito o seu encantamento, disperse o pó aos quatro ventos. Deixe os ventos levarem o seu pedido, para lhe trazerem o seu desejo realizado.

Nota: tem de especificar muito bem o seu desejo e a forma como quer que se realize. Só pode fazer um desejo a cada ritual!

Pó Mágico para Prosperidade 1

- Uma parte de folhas de eucalipto

- Uma parte de louro

- Uma parte de manjerona

Triturar as ervas -que devem estar secas- num morteiro, mentalizando enquanto o faz, o propósito para o qual serão usadas.

Colocar todos os dias um pouquinho na entrada da casa, do negócio, na carteira ou em todos estes lugares.

Deve ser guardado num vidro transparente, mas não em lugar escuro.

Para Prosperidade 2

A cada início de mês - no dia 01, é dia de magia, dia de usar a canela de forma auspiciosa.


De que forma?

Basta colocar um punhado de canela em pó na palma da mão e na porta de entrada da casa soprar a canela desejando que a prosperidade entre porta a dentro!
As palavras que são faladas, o sentimento, a energia concentrada nesse momento são por sua conta!

Gosto de imaginar que junto com a prosperidade vem outras coisas boas, de mãos dadas.
Deixo o vento espalhar a canela porta a dentro e o delicioso aroma invadir o ar!

Não tem hora certa pode ser de manhã, tarde ou noite.

Que a prosperidade entre porta a dentro no dia 1º e espero ansiosa até o próximo mês, porque o aroma da canela deixa uma saudade no ar...


Do blogger Witch Clubhouse : 
http://witchclubhouse.blogspot.com.br/2010/04/pos-magicos.html

23/06/2014

Pós mágicos


O uso de pós mágicos  é comum e popular , em  muitas regiões do mundo . 
As bruxas dos contos de fadas , geralmente , têm um saquinho com  pós mágicos.
Para fazê-los , usamos amido de milho (maisena) ou algum  talco sem perfume , com ervas secas trituradas.
Você deverá ter , para triturar as ervas , um pequeno pilão que deverá ser usado apenas para este fim .
Para cada uma das receitas , você deverá usar duas colheres de chá de talco  ou maisena  que serão misturados às outras ervas trituradas . 
Quando você estiver moendo as ervas , pense no objetivo que você deseja alcançar com a receita .
Você poderá usá-los em objetos , roupas , ambiente de trabalho ou  de casa. 
Coloque uma pequena quantidade na palma da mão direita e sopre no local desejado , pensando na realização de  seu  desejo.
O restante  deverá ser guardado num vidro limpo e bem fechado , em lugar seco , para ser usado em outra oportunidade, no máximo em três meses .


Pó para a Prosperidade
2 colheres de chá  de maisena ou talco sem perfume 
1 colher de chá de folhas de louro  
1 colher de chá de  canela em pó 
1 colher de chá de noz moscada  


Pó para Abrir Caminhos 
2 colheres de chá de maisena ou talco sem perfume 
2 colheres de chá de arruda 
1 colher de chá de alecrim 
1 colher de chá de manjericão 


Pó para acabar com a apatia 
2 colheres de chá de maisena ou talco sm perfume  
1 colher de chá de canela em pó  
1/2 colher de chá de cravo 
1/2 colher de alecrim


Pó para sucesso nos negócios
2 colheres de chá de maisena ou talco sem perfume 
1/2 colher de chá de louro 
1/2 colher de chá de hortelã  
1/2 colher de chá de noz moscada 
1/2 colher de chá de pitanga  


Pó para acalmar 
2 colheres de chá de maisena ou talco sem perfume 
2 colheres de chá de erva-doce 
1/2 colher de chá de camomila 
1/2 colher de chá de erva cidreira


Pó para fortalecer o amor 
2 colheres de chá de maisena ou talco sem perfume
1/2 colhewr de chá de camomila 
1 colher de chá de manjericão  
1/2 colher de chá de cravo 
1/2 colher de chá de canela  


Fonte :  Extraído do livro "Bruxas de verdade conhecendo e desvendando a magia" 
Autora: Elizabeth Cavalcanti da Costa

19/05/2014

Flor de Lótus:

No oriente, a flor de lótus significa pureza espiritual. O lótus (padma), também conhecido como lótus-egípcio, lótus-sagrado ou lótus-da-índia, é uma planta aquática que floresce sobre a água.
No simbolismo budista, o significado mais importante da flor de lótus é pureza do corpo e da mente. A água lodosa que acolhe a planta é associada ao apego e aos desejos carnais, e a flor imaculada que desabrocha sobre a água em busca de luz é a promessa de pureza e elevação espiritual.
É simbolicamente associada à figura de Buda e aos seus ensinamentos e, por isso, são flores sagradas para os povos do oriente. Diz a lenda que quando o menino Buda deu os primeiros passos, em todos os lugares que pisou, flores de lótus desabrocharam.
Nas religiões asiáticas, a maior parte das divindades costumam surgir sentadas sobre uma flor de lótus durante o ato de meditação.
Na literatura clássica de muitas culturas asiáticas, a flor de lótus simboliza elegância, beleza, perfeição, pureza e graça, sendo frequentemente associada aos atributos femininos ideais.
A flor de lótus representa um mistério para a ciência, que não consegue explicar a característica própria que possui de repelir microorganismos e partículas de pó.
É uma flor muito usada em tatuagens com diferentes significados associados a cada cor da flor. No Japão esta flor é muitas vezes tatuada em conjunto com o peixe koi, significando individualidade e força.
Na Yoga, a posição de Lótus (Padmásana) é a postura tradicional de meditação, em que a pessoa sentada entrelaça as pernas e pousa as mãos sobre os joelhos.

Significado das Cores da Flor de Lótus

Lótus Azul: remete para o triunfo do espírito em relação aos sentidos, significa sabedoria e conhecimento. Esta flor nunca revela o seu interior, porque está quase sempre totalmente fechada.

Lótus Branca: está relacionada com a perfeição do espírito e da mente,  estado de pureza total e natureza imaculada. Normalmente é representada com 8 pétalas.

Lótus Vermelha: revela a candura e natureza original do coração. Esta flor corresponde às qualidades do coração, como o amor, paixão e compaixão. É também conhecida como a flor do Buda da Compaixão, Avalokitesvara.

Lótus Rosa: apesar de muitas vezes ser confundida com a flor de lótus branca, a lótus rosa é a mais importante e especial de todas as lótus, estando relacionada com personagens divinas, como é o caso do Grande Buda.

A flor de Lótus fechada ou em botão é um simbolismo das infinitas possibilidades do Homem, enquanto que a flor de lótus aberta representa a criação do Universo.

Flor de Lótus na Mitologia Grega

Na mitologia grega, os Lotófagos são um povo que vivia numa ilha perto do Norte de África e que como o nome indica, comiam plantas e flores de lótus. Estas plantas têm o efeito de um narcótico que causa um sono pacífico e também amnésia a quem as ingerir.
Na Odisseia de Homero, existe um episódio em que três homens são enviados para a ilha de forma a investigá-la. No entanto, por comerem as flores de lótus como os restantes habitantes, esquecem que têm que voltar para o barco. Mais tarde, Ulisses consegue resgatar os homens e teve mesmo que os amarrar ao navio para que eles não voltassem para a ilha. Através desta história, Homero demonstra toda a sua criatividade e conhecimento a respeito do ser humano, porque a amnésia causada pela flor de lótus é uma coisa que muitas pessoas desejam: a possibilidade de começar de novo, de renascer e apagar o passado.

Fonte: http://www.significados.com.br/flor-de-lotus/
Verá com melhor nitidez esse site, com os navegadores Mozilla Firefox ou Google Chrome.

Obrigada, pela visita. Beijos de luz violeta na alma.