26/09/2011

Mitologia - A criação de Loivty



Ao final da Grande Guerra, grupos élficos se espalharam por todo o território morgdanês, migrando principalmente para uma floresta ao centro de Morgdan - comandados, dizem as lendas, pelo próprio Mallin, Deus da Magia – e fundando ali a primeira cidade pós-guerra, onde poderiam enfim voltar a ter paz.
Muitos anos se passaram desde a migração élfica, muitas outras raças também migraram para os mais inusitados cantos de Morgdan, e foi Gunthar Loivty o primeiro humano a chegar às terras onde hoje se encontra o reino de Loivty.
Integrante da guarda de Trenet - primeiro reino construído até então, muito diferente das vilas que se espalhavam pelo resto do continente – Gunthar tinha enorme espírito de liderança, espírito este que causava grande desconforto em certos comandantes de Trenet e que acabou por enviá-lo à uma missão suicida. Mesmo sabendo de seu fim, como bom comandante que era, ele aceitou a missão. Chegando ao destino, no pior momento da luta, seus soldados o abandonaram. Gunthar acabou sendo atingido e caiu inconsciente. Por sorte, seus inimigos acharam que havia morrido. Apenas dois dias depois é que ele teve forças para se levantar. Fraco e com fome, andou muito até cair inconsciente novamente. Um grupo de elfos o encontrou quase morto no chão e, num ímpeto de bondade, o levou para a cidade élfica de Korkis.
Gunthar ganhou a confiança dos elfos e com eles aprendeu diversas coisas. Quando teve suas forças totalmente recuperadas, ele pediu permissão ao líder da cidade para construir sua morada perto da floresta, prometendo não interferir nos assuntos élficos. Os elfos consentiram.
Ao sair da floresta, Gunthar se deparou com um local muito rico em fauna e flora, algo que lhe lembrou sua terra natal. Analisando as coisas ao seu redor, ele percebeu que ali poderia formar um próspero reino.
Primeiramente, bárbaros errantes se uniram a Gunthar, criando uma simples vila à qual foi dado o nome de Greenreef - homenageando suas colinas verdejantes. A pequena vila cresceu e se fortaleceu, tornando-se uma importante cidade. Em pouco tempo, Greenreef não comportou mais sua população e muitos, agradecidos à Gunthar, migraram para diferentes partes do reino que se formava, oferecendo seus préstimos ao rei sempre que este precisasse.
Outros reinos foram se formando enquanto Loivty continuava crescendo sob a enorme bondade e liderança de Gunthar. Logo, os bárbaros que se juntaram a ele tornaram-se guerreiros, treinados pelo próprio Gunthar. E foi num destes treinamentos que ele notou Amanthea, a bela filha de seu mais valoroso guerreiro, Alnor.
Amanthea ajudava como podia a vila que crescia a cada dia. Ela tinha certa liderança sobre todas as mulheres do local, o que a tornava muito conhecida e um espelho para grande parte das crianças que estavam se desenvolvendo na pequena Greenreef. Numa manhã, enquanto caçava para ajudar na alimentação das pessoas da vila, Amanthea conseguiu observar o treinamento dado por Gunthar aos seus guerreiros. Ela se aproximou do cercado onde vários membros recebiam o treinamento e durante um bom tempo analisou como o rei os ensinava, como agia. Em segredo, começou a treinar na floresta.
A constante presença de Amanthea chamou a atenção de Gunthar, que fingia não ver a bela jovem observando seu treinamento. Um dia Alnor revelou ao grupo que aquela junto ao cercado era sua filha. Foi quando Gunthar disse que o respeitava muito por ser um grande guerreiro e pediu sua permissão para conversar com a moça. Se ela o quisesse, ele gostaria de tomá-la como esposa. Alnor disse que teria muito orgulho de ter Gunthar como marido de sua filha, caso a moça o aceitasse. Daquele dia em diante eles passaram a se encontrar com freqüência, a paixão entre os dois foi fruto de muito carinho e dedicação prestados pelo guerreiro à bela Amanthea. Desta união nasceuThera, que se tornou uma poderosa maga devido ao contato que teve com os elfos.
Loivty possuía um acordo com os anões das Montanhas de Aço de Stonegate no qual todo aço extraído das montanhas passaria por Loivty em troca de subsídios, o que tornava o reino próspero e com um arsenal invejável. De seu imponente castelo, Gunthar começou a ouvir histórias que o reino ganhava status, que pelo menos cinco outras cidades já haviam sido construídas e milhares de outras vilas tremulavam o brasão de Loivty.
Ele e Amanthea tiveram ainda mais dois filhos, Sebastian e Ghuris. Certo dia, Gunthar reuniu sua família e disse a ela que não gostaria de morrer numa cama. Ele passou o comando para Sebastian, seu filho mais velho, e, mesmo sob as súplicas de seus entes, montou em seu cavalo e sumiu. Ouviram-se muitas histórias sobre o destino de Gunthar, todas de feitos heróicos. Desde essa época, poucas coisas importantes aconteceram. A mais importante delas foi o crescimento do exército de Loivty que no futuro provaria ser o mais mortífero de toda Morgdan.

A Tríade de Aço

Em 605, uma aliança unindo grandes reinos do oeste de Morgdan começou a ganhar, à força, terreno e poder. Loivty, naquela época, já era o mais forte dos reinos e seu regente era Figho I, um guerreiro sábio e justo. Temendo que a força da Aliança do Oriente pudesse crescer demais, Figho proibiu a venda do aço de Stonegate para qualquer reino pertencente à Aliança, fato este que irritou Thomas III de Longness - reino líder da Aliança - e o fez declarar guerra à Loivty.
Para o azar de Thomas, os reinos conquistados pela Aliança ainda não possuíam a força e imponência de Loivty. Figho conquistou todos os reinos pertencentes à Aliança e deixou alguém de confiança no trono de cada reino conquistado. Por último, conquistou o reino do grande Thomas III. Após a morte e exposição em praça pública da cabeça do terrível regente de Longness, Figho deixou no trono a pessoa em quem mais confiava, seu irmãoÉden.
No ano 619, o reino de Fholther entrou em uma terrível crise. Não vendo outra saída, seu rei aceitou tornar-se um ducado de Longness. Os reis do ocidente ignoraram o fato, já que, à época, o rei de Longness era o irmão caçula de Figho I, Éden.
Contudo, de onde menos se esperava, sobreveio o golpe. Já corrompido pelos nobres de Longness, durante uma visita a seu irmão mais velho, no ano 635 após a Grande Guerra, Éden assassinou Figho I e assumiu o trono de Loivty, finalmente conseguindo a anexação ao território de Longness, tanto desejada pelos nobres longneses.
Foi nesse momento que os outros reinos do oeste formaram a Tríade de Aço, unindo Stonegate, Avalon e Stormgard para acabar de uma vez por todas com as sandices do povo e do rei longnês.
Após Éden ter fugido, grande parte de Loivty foi dividida entre os reinos vencedores, o que diminuiu drasticamente o território loivtyano e fez com que Greenreef, maior cidade e capital do reino de Loivty, se tornasse propriedade de Stormgard. Por algum tempo os nobres de Loivty controlaram o reino, mas sem o conhecimento necessário para governar, rebeliões começaram a ocorrer, sendo a mais importante comandada por Delim, um poderoso mago da região.

Presente

Delim começou a rebelião na cidade de Hamolan, extremo norte de Loivty. Ali ele criou uma grande escola de magia, usada como sede da revolução. O mago defendia que Loivty precisava de um comandante que tivesse mais conhecimento e inteligência do que músculos. Sua popularidade aumentou incrivelmente rápido, Hamolan tornou-se a capital da magia e, com o passar do tempo, outras cidades e vilas foram sendo conquistadas pela influência de Delim - principalmente as cidades e vilas da Ilha de Aehrin, sua terra natal.
Mais e mais pessoas emigraram para o reino - em sua grande maioria magos,feiticeirosclérigos e bardos – sob a promessa de que este novo regente comandaria Loivty de uma forma totalmente diferente dos demais reinos. Os nobres, que se encontravam sob constante pressão de todos os lados, não agüentaram e tiveram que dar a Delim o título de regente - além do lugar no trono do castelo de Coruscant, nova capital de Loivty.
Delim, num de seus primeiros atos, deixou o castelo para os nobres de Loivty e ergueu ao centro de Hamolan uma majestosa torre, de onde governaria o Reino. Antigos amigos do mago chegaram ao reino e dentre eles foram escolhidos o mais sábio pertencente a cada escola de magia, num total de oito. Ao redor da torre do Torre do Mago foram erguidas outras oito torres, cada uma simbolizando o círculo de magia que seu conselheiro melhor conhece. Com o tempo, a magia fez seu trabalho, tornando Loivty um reino de fauna e flora ainda mais diversificadas, assim como seu povo, das mais variadas raças.
Tudo em Loivty é magnífico e a presença da magia pode ser sentida até por não praticantes ou estudiosos. Atualmente Delim debate com seus conselheiros magos um jeito de Loivty retornar ao posto que ocupava antes, o mais poderoso reino de Morgdan.

Geografia

Mapa político de Loivty
Loivty é o reino com maior diversidade de terrenos e fronteiras de Morgdan e encontra-se na região central. Ao norte, faz fronteira com as Montanhas de Aço e o reino de Stonegate, onde também há algumas pequenas montanhas, nas quais existem lendas de cavernas e tesouros escondidos e florestas menores onde é grande a fauna e a flora. Ao leste, existe a Floresta da Alvorada, o reino de Avalon, o reino de Longness e o Rio das Almas. Nesse lado, existe muitos locais secos e pradarias. À oeste, existe o Lago de Vidro, o reino de Stormgard, pântanos e campos onde existem a maior parte dos templos de Nosrredram e Hellenah. Finalmente ao sul, há Coruscant a capital costeira de Loivty e várias vilas e cidades sendo a região mais populosa de Loivty. Praticamente o clima é tropical por toda sua extensão devido a sua localização privilegiada e constante intervenção de magias em todo o reino.

Demografia

Loivty tem em sua maioria humanos, mas todas as raças podem ser encontradas pelas ruas e estradas do reino, além da grande quantidade de elfos na Floresta da Alvorada e de anões em Hamolan.
Os humanos vivem em completa harmonia com outras raças, como é de seu costume e que desagrada os Elfos, que se mantêm reclusos na Floresta da Alvorada sendo vistos fora dela somente quando necessitam de algum elemento para suas magias. Os anões são encontrados com freqüência pelo reino, seja negociando suas armas e armaduras ou buscando o aprendizado da magia, o que não é bem visto em Stonegate. Gnomos preferem criar seus inventos pelas florestas buscando aproveitar tudo que pode ser tirado dela.Halflings se misturam. Eventualmente vemos meio-orcs e outras raças de qualquer tipo perambulando pelo reino.

Política e Economia

Loivty tem como forma de governo a monarquia, mas devidos aos grandes conflitos históricos que ocorreram em seu solo, culminaram em não haver pessoas da família real para comandar o reino. Por isso, Loivty, que teve grandes revoluções, hoje em dia possui um regente, Delim, que está fazendo o trabalho do rei de forma muito satisfatória, e o conselho de nobres, que perdeu o seu lugar e grande parte do poder e ainda planejam uma forma de desbancar Delim.
Delim comanda Loivty com a ajuda de sua elite mágica. São oito poderosos magos de diferentes escolas de magia. O povo está muito agradecido a Delim, pois as taxas cobradas pelo atual regente são muito menores do que eram cobradas pelos nobres ganaciosos que regiam o reino. Loivty tem como principal fonte de subsídios o comércio de itens mágicos, poções, pergaminhos e jóias. Hamolan é a principal cidade de fonte de rendas de toda a Loivty. Muitos reinos e inclusive Loivty utilizam o medo da população e o potencial de retorno do contrabando pelo Rio das Almas.

Religião

A religião é bastante divulgada em Loivty, pois muitas das cidades e vilas são comandados por clérigos. Mas estes não gostam de andar pelos locais tipicamente de magos, pois os mesmos não são muito religiosos. A exceção se faz em Hamolan, em que todo o tipo de classes e raças podem ser encontrados vivendo em completa harmonia. Leonar ainda é a divindade mais cultuada, pois Gunthar o tinha como protetor. Jhanna possui uma grande quantidade de seguidores nos elfos da Floresta da Alvorada. Em praticamente todas as cidades pode-se encontrar templos a ThinosEtrosKolthar e Julian devido ao movimento e às tavernas locais. Nos locais mais sombrios é grande a influência de Nosrredram e Hellenah. Somente Mog e Tatsu-Kin quase não possuem templos em toda Loivty, devido a pouca quantidade de bárbaros e do povo de Tatsu que preferem fazer seus cultos em sua própria região. Quanto aos deuses do Segundo Panteão vale ressaltar Mallin, que possui mais templos que várias divindades do Primeiro Panteão, devido ao seu poder com a magia, Lonndonair, que muitos magos acham que pedindo auxílio a Ele facilitará a memorização de suas magias, e por último a Rarpis e Queromed.



Fonte: http://morgdan.wikidot.com/loivty

21/09/2011

Veganismo


Veganismo é uma filosofia de vida motivada por convicções éticas com base nos direitos animais, que procura evitar exploração ou abuso dos mesmos, através do boicote a atividades e produtos considerados especistas.

Etimologia

O termo inglês vegan (pronuncia-se vígan) foi criado em 1944, numa reunião organizada por Donald Watson (1910 - 2005) envolvendo 6 pessoas (após desfiliarem-se da The Vegetarian Society por diferenças ideológicas), onde ficou decidido criar uma nova sociedade (The Vegan Society) e adotar um novo termo para definir a si próprios.
Trata-se de uma corruptela da palavra "vegetarian", em que se consideram as 3 primeiras letras e as 2 últimas para formar a palavra vegan.
Em português se consideram as três primeiras e as três últimas letras (vegetariano), na formação do termo vegano (s.m. adepto do veganismo - fem. vegana). Tem sido usado também o termo veganista para se referir aos adeptos do veganismo.

Ideologia

Os veganos boicotam qualquer produto de origem animal (alimentar ou não), além de produtos que tenham sido testados em animais ou que incluam qualquer forma possível de exploração animal nos seus ingredientes ou processos de manufactura.

Para o vegano, animais não existem para os humanos, assim como o negro não existe para o branco nem a mulher para o homem. Cada animal é dono de sua própria vida, tendo assim o direito de não ser tratado como propriedade (enfeite, entretenimento, comida, cobaia, mercadoria, etc). Dessa forma veganos propõem uma analogia entre especismo, racismo, sexismo e outras formas de preconceito e discriminação.

Preferem usar os termos "animais não-humanos" ou "seres sencientes", em vez de "irracionais".

Muito importante distanciar a ideologia vegana da dieta vegetariana. Veganismo não é dieta, mas sim uma ideologia baseada nos direitos animais, e que luta pela inclusão destes na sociedade.

Vestuário, adornos, etc

Artigos em peles, couro, lã, seda, camurça ou outros materiais de origem animal (como adornos de pérolas, plumas, penas, ossos, pêlos, marfim, etc) são preteridos, pois implicam a morte e/ou exploração dos animais que lhes deram origem. Sendo assim, um vegano se veste de tecidos de origem vegetal (algodão, linho, etc) ou sintéticos (poliéster, etc).

Alimentação

São vegetarianos estritos, ou seja, excluem da sua dieta carnes, gelatina, lacticínios, ovos, mel e quaisquer alimentos de origem animal. Consomem basicamente cereais, frutas, legumes, vegetais, hortaliças, algas, cogumelos e qualquer produto, industrializado ou não, desde que não contenha nenhum ingrediente de origem animal.

Medicamentos, cosméticos, higiene e limpeza

Evitam o uso de medicamentos, cosméticos e produtos de higiene e limpeza que tenham sido testados em animais. Não tomam vacinas ou soros, mas podem violar os princípios veganos quando alternativas não estiverem disponíveis, ou em caso de emergência ou urgência. Alguns optam pela fitoterapia, homeopatia ou qualquer tratamento alternativo.

O vegano defende o surgimento de alternativas para experiências laboratoriais, como testes in vitro, cultura de tecidos e modelos computacionais.

São divulgadas entre a comunidade vegana extensas listas de marcas e empresas de cosméticos e produtos de limpeza e higiene pessoal não testados em animais.
 
Entretenimento

Circos com animais, rodeios, vaquejadas, touradas e jardins zoológicos, também são boicotados pois implicam escravidão, posse, deslocamento do animal de seu habitat natural, privação de seus costumes e comunidades, adestramento forçoso e sofrimento.

Não caçam, não promovem nenhum tipo de pesca, e boicotam qualquer "esporte" que envolva animais não-humanos. Muitos seguem o princípio político da não-violência.
 

Dia Mundial Vegano

O dia 1 de Novembro é marcado pelo Dia Mundial Vegano ("World Vegan Day", em inglês), que é comemorado desde 1994, quando a Vegan Society da Inglaterra comemorou 50 anos de criação.

Em 2004 o evento marcou o 60º aniversário da sociedade, e o 10º aniversário do feriado.
 
Documentários

O número de adeptos tem crescido de forma gradual, com o auxílio de documentários que denunciam o especismo e ensinam direitos animais.

Documentários como Meet your Meat ("Conheça sua Carne"), Earthlings ("Terráqueos"), Chew on This ("Pense Nisso") e o pioneiro brasileiro A Carne é Fraca, seguido de Não Matarás, têm causado polêmica e de uma forma geral ganhado adeptos em todo o mundo.

Referências


Direitos animais


A defesa dos direitos animais ou direitos dos animais, ou da libertação animal, também chamada simplesmente abolicionismo constitui um movimento que luta contra qualquer uso de animais não-humanos que os transforme em propriedades de seres humanos, ou seja, meios para fins humanos. É um movimento social radical que não se contenta em regular o uso "humanitário" de animais, mas que procura incluí-los numa mesma comunidade moral que os humanos, fornecendos os interesses básicos aos animais, protegendo da dor, por exemplo, e dando a mesma consideração que os interesses humanos. A reivindicação é de que os animais não sejam propriedade ou "recursos naturais" nem legalmente, nem moralmente justificáveis, pelo contrário deveriam ser considerados pessoas. Os defensores dos direitos animais advogam o veganismo como forma de abolir a exploração animal de forma direta no dia-a-dia.

Cursos de lei animal estão agora inclusos em 69 das 180 escolas de direito dos Estados Unidos, a idéia da extensão da qualidade de pessoas (ou sujeito de direito) é defendida por vários professores como Alan Dershowitz e Laurence Tribe da Harvard Law School. Este tem sido visto pelo um crescente número de advogados pelos diretos animais como um primeiro passo para a garantia de direitos para outros animais, outros enxergam como uma forma de exclusão do.
Com uma característica condenada como bem-estarista pelos defensores de direitos animais, a Declaração Universal dos Direitos Animais foi proclamada em assembléia, pela UNESCO, em Bruxelas, no dia 27 de janeiro de 1978.
 
História do conceito

Jeremy Bentham (1748-1832) é considerado um dos escritores que ampliaram o campo para a posterior elaboração dos direitos animais.

O debate sobre direitos animais no século XX pode ser traçado no passado, na história dos primeiros filósofos. No século VI a.C., Pitágoras, filósofo e matemático, já falava sobre respeito animal, pois acreditava na transmigração de almas. Aristóteles, escreveu no século IV a.C., argumentando que os animais estavam distantes dos humanos na Grande Corrente do Ser ou escala natural. Alegando irracionalidade, concluía assim sendo os animais não teriam interesse próprio, existindo apenas para benefício dos Seres Humanos.
No século XVII, o filósofo francês René Descartes argumenta que animais não têm almas, logo não pensam e não sentem dor, sendo assim os maus-tratos não eram errados. Contra isso, Jean-Jacques Rousseau argumenta, no prefácio do seu Discursos sobre a Desigualdade (1754), que os seres humanos são animais, embora ninguém "exima-se de intelecto e liberdade". Entretanto, como animais são seres sencientes "eles deveriam também participar do direito natural e que o homem é responsável no cumprimento de alguns deveres deles, especificamente "um tem o direito de não ser desnecessariamente maltratado pelo outro."
Também Voltaire respondeu a Descartes no seu Dicionário Filosófico:

Que ingenuidade, que pobreza de espírito, dizer que os animais são máquinas privadas de conhecimento e sentimento, que procedem sempre da mesma maneira, que nada aprendem, nada aperfeiçoam! Será porque falo que julgas que tenho sentimento, memória, idéias? Pois bem, calo-me. Vês-me entrar em casa aflito, procurar um papel com inquietude, abrir a escrivaninha, onde me lembra tê-lo guardado, encontrá-lo, lê-lo com alegria. Percebes que experimentei os sentimentos de aflição e prazer, que tenho memória e conhecimento.Vê com os mesmos olhos esse cão que perdeu o amo e procura-o por toda parte com ganidos dolorosos, entra em casa agitado, inquieto, desce e sobe e vai de aposento em aposento e enfim encontra no gabinete o ente amado, a quem manifesta sua alegria pela ternura dos ladridos, com saltos e carícias.Bárbaros agarram esse cão, que tão prodigiosamente vence o homem em amizade, pregam-no em cima de uma mesa e dissecam-no vivo para mostrarem-te suas veias mesentéricas. Descobres nele todos os mesmos órgãos de sentimentos de que te gabas. Responde-me maquinista, teria a natureza entrosado nesse animal todos os órgãos do sentimento sem objectivo algum? Terá nervos para ser insensível? Não inquines à natureza tão impertinente contradição.

Um contemporâneo de Rousseau, o escritor escocês John Oswald, que morreu em 1793, no livro The Cry of Nature or an Appeal to Mercy and Justice on Behalf of the Persecuted Animals, argumenta que um Ser Humano é naturalmente equipado de sentimentos de misericórdia e compaixão. "Se cada Ser Humano tivesse que testemunhar a morte do animal que ele come", ele argumenta, "a dieta vegetariana seria bem mais popular". A divisão do trabalho, no entanto, permite que o homem moderno coma carne sem passar pela experiência que Oswald chama de alerta para as sensibilidades naturais do Ser Humano, enquanto a brutalização do homem moderno faz dele um acomodado com essa falta de sensibilidade.

Mais tarde, no século XVIII, um dos fundadores do utilitarismo moderno, o filósofo britânico Jeremy Bentham, argumenta que a dor animal é tão real e moralmente relevante como a dor humana e que "talvez chegue o dia em que o restante da criação animal venha a adquirir os direitos dos quais jamais poderiam ter sido privados, a não ser pela mão da tirania". Bentham argumenta ainda que a capacidade de sofrer e não a capacidade de raciocínio, deve ser a medida para como nós tratamos outros seres. Se a habilidade da razão fosse critério, muitos Seres Humanos incluindo bebês e pessoas especiais, teriam também que serem tratados como coisas, escrevendo o famosos trecho: "A questão não é eles pensam? Ou eles falam? A questão é: eles sofrem".

No século XIX, Arthur Schopenhauer argumenta que os animais têm a mesma essência que os humanos, a despeito da falta da razão. Embora considere o vegetarianismo como uma boa causa, não o considera moralmente necessário e assim posiciona-se contra a vivissecção, como uma expansão da consideração moral para os animais. Sua crítica à ética Kantiana é uma vasta e freqüente polêmica contra a exclusão dos animais em seu sistema moral, que pode ser exemplificada pela famosa frase: "Amaldiçoada toda moralidade que não veja uma unidade essencial em todos os olhos que enxergam o sol."

O conceito de direitos animais foi assunto de um influente livro em 1892, Animals' Rights: Considered in Relation to Social Progress, escrito pelo reformista britânico Henry Salt que formou a Liga Humanitária (Humanitarian League) um ano mais cedo, com o objetivo de banir a caçada como esporte.

História do movimento moderno

O movimento moderno de direitos animais pode ser traçado no início da década de 70 e é um dos poucos exemplos de movimentos sociais que foram criados por filosófos e que permaneceram na dianteira do movimento. No início da década de 70 um grupo de filósofos da Univesidade de Oxford começou questionar porque o status moral dos animais não-humanos era necessariamente inferior à dos seres humanos. Esse grupo incluía o psicólogo Richard D. Ryder, que cunhou o termo "especiecismo" em 1970, usado num panfleto impresso para descrever os interesses dos seres na base de membros de espécies particulares.

Ryder tornou-se um contribuidor com o influente livro Animals, Men and Morals: An Inquiry into the Maltreatment of Non-humans, editado por Roslind e Stanley Godlovitch e John Harris e publicado em 1972. Foi numa resenha de seu livro para o New York Review of Books que Peter Singer, agora Professor de Bioética na University Center for Human Values na Universidade de Princeton, resolveu em 1975 lançar Libertação Animal o livro é freqüentemente citado como a "bíblia" do movimento de direitos animais, mas que na realidade não concede direitos morais, nem legais para os animais não-humanos, pois basea-se no utilitarismo.

Nas décadas de 80 e 90 o movimento se juntou numa larga variedade de grupos profissionais e acadêmicos, incluindo teólogos, juizes, físicos, psicologistas, psiquiatras, veterinários, patologistas e antigos vivisseccionistas.

Livros considerados como referência são:

* Animals, Property, and the Law (1995) de Gary Francione;
* Rain Without Thunder: The Ideology of the Animal Rights Movement (1996) de Gary Francione;
* Introduction to Animal Rights: Your Child or the Dog (2000) também de Gary Francione;
* The Case for Animal Rights (1983) de Tom Regan;
* Created from Animals: The Moral Implications of Darwinism (1990) de James Rachels;
* Rattling the Cage: Toward Legal Rights for Animals (2000) de Steven M. Wise;
* Animal Rights and Moral Philosophy (2005) de Julian H. Franklin.[6]

Filosofia

Direitos Animais é um conceito segundo o qual todos ou alguns animais são capazes de possuir a suas próprias vidas, vivem porque deveriam ter, ou têm, certos direitos morais, e alguns direitos básicos deveriam estar contemplados em lei. A visão dos defensores dos direitos animais rejeita o conceito onde os animais são meros bens capitais ou propriedade dedicada ao benefício humano. O conceito é freqüentemente usado de forma confusa com o bem-estar animal, que é uma filosofia que acredita que a crueldade empregada em animais é um problema, mas que não dá direitos morais específicos a eles.

A filosofia dos direitos animais não sustenta necessariamente a premissa de que animais humanos e não-humanos são iguais. Por exemplo, os defensores dos direitos animais não defendem o direito de voto para galinhas. Alguns ativistas também fazem distinção entre animais sencientes e auto-conscientes e outras formas de vida, com a crença de que somente animais sencientes ou talvez somente animais que tenha um significativo grau de autoconsciência deveriam ter o direito de possuir suas próprias vidas e corpos, independente da forma como são valorizados por humanos. Outros podem estender esse direito para todos os animais incluindo todos que não tenham desenvolvido sistema nervoso ou autoconsciência. Ativistas sustentam a idéia de que qualquer ser humano ou instituição que comodifica animais para alimentação, entretenimento, cosméticos, vestuário, vivissecção ou outra razão qualquer infringe contra os direitos animais possuírem a si mesmo e procurarem seus próprios fins.

Poucas pessoas poderiam negar que grandes primatas não-humanos são inteligentes, são cientes de sua própria condição, têm objetivos e talvez tornem-se frustrados quando têm sua liberdade podada.

Em contraste, animais como a água viva têm sistemas nervosos simples e tendem a ser mais autômatos, capazes de reflexos básicos, mas incapazes de formular qualquer fim para suas ações ou planejar o futuro. Mas a biologia da mente é uma grande caixa preta que clama consideração pela existência e ausência de mente em outros animais. O neurocientista Sam Harris aponta:

Inevitavelmente, cientistas tratam a consciência como mero atributo de certos animais de cérebro grande. O problema, entretanto, não é sobre o cérebro, como ele sobreviveu como sistema físico, através do que é o portador peculiar, a dimensão interna de cada um de nós experiência como consciência em seu próprio caso.... A definição operacional de consciência.... é reportabilidade. Mas consciência e reportabilidade não são a mesma coisa. É uma estrela do mar consciente? Não há ciência que dê conta da consciência com reportabilidade que irá oferecer uma resposta a esta questão. Para olhar para a consciência no mundo com base em seus sinais externados é a única coisa que podemos fazer. E então, quando nós sabemos muitas coisas sobre nós mesmos [e outros animais] em termos anatômicos, psicológicos e evolucionários, nós não estamos tendo idéia do porque é "parecido com algo" para ser o que somos. O fato do universo ser iluminado onde você está, o fato de seus pensamentos, modos e sensações terem uma característica qualitativa é um absoluto mistério.
O debate de direitos animais se parece muito com o debate sobre aborto, se complica pela dificuldade em estabelecer um corte claro de distinções entre a base moral e julgamentos políticos. O padrão relacional humano/não-humano é profundamente enraizado na pré-história e nas tradições.

Oponentes aos direitos animais têm tentado identificar diferenças moralmente relevantes entre humanos e animais que pudesse justificar a atribuição de direitos e interesses aos primeiros e não aos últimos. Variadas distinções entre humanos já foram propostas, incluindo a posse da alma, a habilidade de usar a linguagem, autoconsciência, um alto grau de inteligência e a habilidade de reconhecer os direitos e interesses alheios. Entretanto, tais critérios encontram dificuldades onde eles não parecem ter aplicação em todos ou somente os humanos: cada um poderia ser aplicado para alguns, mas não para todos os humanos, e também alguns animais.
 
Diferentes posições

A defesa dos direitos animais se dá com base em diferentes posições e pontos de vista filosóficos:
 
Posição baseada em direitos

O trabalho de Gary Francione (Introduction to Animal Rights, et.al.) tem a premissa básica de que os animais não-humanos são considerados propriedade e que nessa condição não podem ter garantidos seus direitos. Ele aponta que falar em igual consideração de interesses de sua propriedade contra o próprio interesse do proprietário é uma idéia absurda. Sem o direito básico de não ser propriedade de animais humanos, animais não-humanos não terão quaisquer direitos, ele diz.

Francione afirma que a senciência é o único determinante válido para o status moral, diferentemente de Regan que vê degraus qualitativos em experiências subjetivas de "sujeitos-de-uma-vida" de quem cai nesta categoria. Francione afirma que não há atualmente um movimento de direitos animais nos Estados Unidos, mas somente um movimento bem-estarista. Alinhado em sua posição filosófica e em seu trabalho legal pelos direitos animais (Animal Rights Law Project ) na Rutgers University, ele aponta que um esforço para aqueles que não advogam a abolição do status de propriedade dos animais é desorientado, em seus inevitáveis resultados na institucionalização da exploração animal. Em sua lógica inconsistente e falida nunca alcançarão seus objetivos melhorando as condições de tratamento (posição neo-bem-estarista), ele argumenta. Pior que isso, Francione acredita que muitos grupos estão a tornar mais eficiente e lucrativo o negócio de exploração animal. Francione sustenta que a sociedade dando o status de membros da família para cães e gatos e ao mesmo tempo matando galinhas, vacas e porcos para alimentação sofre de uma "esquizofrenia moral".

Toda a posição abolicionista acredita que o movimento de direitos animais deve se basear na educação para o veganismo, como uma forma de colocar em prática as mudanças no próprio dia-a-dia.

Tom Regan

Tom Regan (The Case for Animal Rights e Jaulas Vazias) afirma que animais não-humanos são "sujeitos-de-uma-vida", carecem de direitos como humanos. Ele afirma que os direitos morais dos humanos são baseados na possessão de certas habilidades cognitivas. Essas habilidades são compartilhadas pelo menos por alguns animais não-humanos sendo assim alguns animais deveriam ter os mesmos direitos morais que seres humanos.

Animais nessa classe tem um valor intrínseco como indivíduos, e não podem ser desrespeitados como meios para um fim. Isso é também chamado visão de "dever direto". De acordo com Regan, nós deveríamos abolir a criação de animais para comida, experimentação e caça comercial. A teoria de Regan não se estende para todos os animais sencientes, mas somente para aqueles que podem ser enquadrados como "sujeitos-de-uma-vida". Ele coloca, por exemplo, que todos os mamíferos com pelo menos um ano de idade pode ser qualificado nessa categoria.

Enquanto Singer se concentra a princípio em melhorar o tratamento dos animais e aceita que animais poderiam ser legitimamente usados para benefício (humano ou não-humano), Regan acredita que temos a obrigação moral de tratar animais como nos trataríamos pessoas e aplica a ideia estrita Kantiana que eles nunca deveriam ser sacrificados como simples meios para fins e sim, como fins para eles mesmos. É notável a idéia de que mesmo Kant não acreditava que animais eram assunto para o que ele chamava de lei moral; ele acreditava que nós temos o dever moral de mostrar compaixão, porque não podemos nos embrutecer e não pelos animais em si.

Posição utilitarista

Embora Singer seja considerado erroneamente o fundador do movimento atual de direitos animais, sua posição frente o status moral dos animais não é baseado no conceito de direitos, mas no conceito utilitarista de igual consideração de interesses. No seu livro Libertação Animal de 1975, ele argumenta que os humanos devem ter como base de consideração moral não a inteligência (temos o caso uma criança ou uma pessoa com problemas mentais) nem na habilidade de fazer julgamentos morais (criminosos e insanos) ou em qualquer outro atributo que é inerentemente humano, mas sim na habilidade de experienciar a dor. Como animais também experienciam a dor, ele argumenta que excluir animais dessa forma de consideração é uma discriminação chamada "especismo."

Singer diz que as formas mais comuns que humanos usam animais não são justificáveis, porque os benefícios para os humanos são ignoráveis comparado à quantidade de dor animal necessária para construção desses benefícios. E também porque os mesmos benefícios poderiam ser obtidos de formas que não envolvessem o mesmo grau de sofrimento. No entando sua argumentação se aproxima do bem-estarismo clássico, chegando a defender a carne orgânica e a experimentação animal.

Bem-estarismo

Críticos dos direitos animais argumentam que animais não têm a capacidade de entrar em contrato social, fazer escolhas morais[17] e que não podem respeitar o direito de outros ou não entendem o conceito de direitos, sendo assim não podem ser colocados como possuidores de direitos morais. O filósofo Roger Scruton argumenta que somente os seres humanos têm capacidades e que "o teorema é inescapável: apenas nós temos direitos". Críticos que defendem essa posição também levantam que não há nada inerentemente errado com o uso de animais para comida, como entretenimento e em pesquisa, embora os seres humanos não obstante tenham a obrigação de assegurar que animais não sofram desnecessariamente.[18][19] Essa posição tem sido chamada de bem-estarista e tem sido propagada por alguns das mais antigas organizações de proteção animal: por exemplo a "Sociedade Real pela Prevenção de Crueldades contra Animais", no Reino Unido. Essa argumentação é refutada pelos defensores dos Direitos Animais como uma análise especista e que na verdade só implica um uso mais eficiente e lucrativo da exploração animal.

Leis

Autores como Gary Francione apontam que hoje não existem leis de direitos animais em nenhum lugar do mundo, pois para isso seria necessário abolir incrementalmente a condição de propriedade dos animais. O que existem são leis bem-estaristas que "protegem" os animais enquanto propriedade humana.

No Brasil a disciplina jurídica da fauna, apontando-se as Ordenações Filipinas, como a primeira lei que regulamentou a matéria. Atualmente, os maus-tratos de animais são crimes previstos no artigo 32 da Lei Federal nº 9.605, chamada de Lei de Crimes Ambientais. Para o infrator, a lei imputa multa ou pena de três meses a um ano de prisão. Para tanto, basta fazer uma denúncia para qualquer órgão competente: Delegacia do Meio Ambiente, Ibama, Polícia Florestal, Ministério Público, Promotoria de Justiça do Meio Ambiente ou até mesmo na Corregedoria da Polícia Civil.

Animais utilizados em guerras

Durante a Segunda Guerra, o exército britânico treinava cachorros para correrem embaixo dos tanques e deixar explosivos em território inimigo. Sem sucesso, a idéia foi abandonada depois que bombas explodiram tanques aliados.

O exército estadunidense, por sua vez, fez com que gatos fossem atirados de aviões, amarrados a bombas, para que chegassem até os navios alemães. A experiência foi suspensa porque os felinos ficavam inconscientes com a queda e não alcançavam o território visado.

No dia 1 de julho de 1946, a marinha estadunidense usou 5.664 animais para testar armas atômicas no sul do Pacífico, com o objetivo de observar o efeito da radiação na pele dos animais e desenvolver roupas de proteção. 10% dos animais morreram na hora; outros 25% morreram nos vinte dias seguintes.

Já no ano de 2003, no Golfo Pérsico, no Iraque, nove golfinhos e leões-marinhos se tornaram os primeiros mamíferos a atuar na limpeza de minas em situação de combate. Também passaram a proteger píeres, barcos e ancoradouros contra mergulhadores, nadadores e navios não autorizados.

Afegãos e palestinos utilizaram no início do século XXI camelos para atacar inimigos. Em 26 de janeiro de 2003, um burro morreu numa explosão detonada por celular, em um ponto de ônibus de Israel, onde nenhum humano foi ferido.
 
Associações de Direitos Animais

No Brasil, existem alguns grupos de Direitos Animais como o GAE e o Gato Negro.

Em Portugal existem os grupos Animais de Rua, Acção Animal, ANIMAL e LPDA.

 
Fonte: http://portaldosanjos.ning.com/group/potnciasosguardiesdosanimais/forum/topic/show?id=3406316%3ATopic%3A210228&xgs=1&xg_source=msg_share_topic

08/09/2011

Geléia Real - Efeitos no Organismo humano


Informações sobre a Geléia Real


É na abelha rainha que podemos constatar o grande valor nutricional da Geléia Real. Desde a sua fase larvária até a fase adulta e durante toda a sua vida ela é alimentada com Geléia Real.

Devido a este super alimento, tem a rainha capacidade de poder produzir em um único dia até 3.000 ovos ou seja, 6 vezes o seu peso corporal. A rainha vive até 30 vezes mais do que as abelhas operárias, diferenciando-se no seu desenvolvimento inicial apenas pela sua alimentação.
É também a Geléia Real que determina a transformação da larva de operária em rainha, pois ela será alimentada somente com Geléia Real dentro de uma cela modificada chamada realeira, nascendo em 16 dias a partir do ovo, enquanto que as operárias levam 21 dias para seu nascimento.

O Alimento Miraculoso
O filósofo Aristóteles (384a.C.~322a.C.) mencionou sobre a Geléia Real em sua obra discriminando-a como uma coisa parecida com o mel, macia e densa, de cor amarela pálida.

Apesar da Geléia Real ser do conhecimento das pessoas desde a época da antiga Grécia, as suas propriedades começaram se tornar reconhecidas somente após século XIX. A Geléia Real se tornou o foco de atenção do mundo todo como suplemento para saúde nos anos 50.
Neste período, o Papa Pio XII, com mais de 80 anos, em estado grave de saúde, completamente desenganado pelos médicos, começou a fazer um tratamento a base de Geléia Real. Após algumas semanas, milagrosamente o Papa recuperou a sua saúde.
Neste fato foi relatado no Congresso Internacional em 1955, onde o Papa Pio XII demonstrou gratidão a Geléia Real e posteriormente em 1958, no 17° Congresso Internacional de Apicultura em Roma, o Papa Pio XII pessoalmente discursou declarando que "A Geléia Real é um alimento concedido por Deus para conservar a jovialidade eternamente".

Desde então a Geléia Real tornou-se mundialmente conhecida e recomendada, entretanto, o processo de produção é muito difícil e, por esta razão seu custo é muito elevado.

Mesmo que a ciência alcance um grande desenvolvimento, a Geléia Real jamais poderá ser produzida por meios artificiais.
A Geléia Real, no estado natural, tem uma consistência semi-líquida, gelatinosa, levemente amarela com aparência semelhante a leite condensado, é levemente picante, e seu sabor é ácido e odor fenolado.

O Leite Real


A Geléia Real é a secreção produzida pelas glândulas hipofaríngeas das jovens abelhas operárias, durante um breve período de suas vidas, que se alimentam de pólen das flores, fazem sua digestão no estômago e intestinos, e após a ação de várias enzimas, conseguem produzir algumas gramas deste alimento miraculoso. Em cada colméia encontram-se menos de uma grama de Geléia Real.
A abelha rainha e as operárias são dois tipos de abelhas que tem suas vidas completamente distintas, mas, que são geradas de ovos da mesma natureza.
A diferença entre elas existe porque a abelha rainha alimenta-se por todo o seu ciclo de vida exclusivamente de Geléia Real e as operárias somente em seus três primeiros dias de vida.
Sendo a Geléia Real um alimento exclusivo da abelha rainha é também conhecido como “Leite Real”. E é em função desta alimentação que a abelha rainha possui características e capacidades especiais, as quais as operárias não as possuem.
Por exemplo, a abelha rainha tem seu corpo 2~3 vezes maior que as operárias. Enquanto que as abelhas operárias vivem de 30~45 dias, a abelha rainha vive cerca de 4~5 anos, ou seja, tem uma vida 50~60 vezes mais longa do que a das operárias. E ainda, a abelha rainha é a única capaz de fecundar diariamente de 1.500~2.000 ovos.


Efeitos da Geléia Real no Organismo humano
Inúmeros trabalhos científicos, principalmente desenvolvidos na Itália e França confirmam os benefícios da geléia real na saúde humana.

Segundo outros autores tem efeito anti-stress, obtendo-se maior controle dos nervos, diminuindo a tensão.
Ministrando-se (segundo pesquisas), um preparado de geléia real a pacientes afetados por estado de esgotamento nervoso e de neurostonia, concluiu-se um aumento de sentido de bem estar, da capacidade e vontade de trabalho, maior controle nervoso e uma maior vitalidade.
O emprego da geléia real no campo pediátrico mostrou-se animador.

Em crianças com baixo desenvolvimento físico e mental, com falta de apetite, baixo aproveitamento escolar, observou-se melhora acentuada em tratamentos efetuados entre 20 e 60 dias.

Sua utilização no auxilio da recuperação de convalescentes de cirurgias e outras doenças tem sido satisfatória. Na melhoria do desempenho e bem estar dos atletas.
Muito recomendada para pessoas idosas para melhoria de seu estado geral.
Utilizada no campo dermatológico e cosmético, demonstrou ação revitalizante, antienvelhecimento e hidratante da pele.

Segundo pesquisadores, o uso da geléia real facilita os esforços físicos e intelectuais, diminui o cansaço, melhora a faculdade de associação e coordenação.

RESUMINDO:

* Auxilia no aumento da resistência do organismo
* Auxilia no estímulo do sistema imunológico
* Auxilia na formação de resistência contra gripes e resfriados
* Auxilia no funcionamento glandular
* Auxilia na melhoria da circulação do sangue
* Auxilia na formação dos glóbulos vermelhos e a síntese da hemoglobina
* Auxilia na estimulação do metabolismo
* Auxilia na regeneração das células cansadas
* Auxila no combate ao stress
* Auxilia na redução o cansaço físico e mental
* Auxilia na promoção de descanso durante o sono
* Auxilia na redução da fadiga
* Auxilia na revitalização, antienvelhecimento
* Auxilia na redução de queda de cabelo
* Auxilia no fortalecimento da memória
* Auxilia na normalização do apetite
* Auxilia na regularização do aparelho digestivo
* Auxilia na melhoria da visão

Obs.: A Geléia Real não é remédio e sim um alimento natural com muitas propriedades benéficas à saúde.


Composição média da GR. "IN NATURA"


Umidade - 66,05%
Matéria Seca - 33,95%
Na matéria seca encontramos:
- Proteínas - 12,34%
- Lipídios Totais - 5,46%
- Subs. Redutoras - 12,49%
- Indeterminados - 2,84%
Vitaminas (em 100g de matéria seca) Vitamina B1 - 2,066 mg
Vitamina B2 - 2,700 mg
Vitamina B6 - 11,880 mg
Vitamina B12 - 0,1485 mg
Ácido Pantotêncio - 52,79 mg
Minerais:
Potássio, magnésio, cálcio, ferro, fósforo, enxofre, cloro, manganês, silício, chumbo e outros.
Aminoácidos:
Alanina, ácido amino butírico, aspargina, arginina, ácido aspártico, cistina, glutamína, ácido glutâmico, glicina, histidina, isoleucina, lencina, metionina, femilalamina, prolina, serina, taurina, treomina, triptofano, tirosina, valina e outros não identificados.
Contém ainda:
Enzimas, hormônios, antibiótico, fatores de crescimento, fatores de estímulo imunológico e mais uma série de substâncias ainda não identificadas.


A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE DE ONDE AS ABELHAS COLETAM A MATÉRIA PRIMA PARA A OBTENÇÃO DE SEUS PRODUTOS É O GRANDE DIFERENCIAL DE QUALIDADE DA GELÉIA REAL



Geléia Real
Como Consumir


* Preferencialmente pela manhã (em jejum) e ao deitar.
* Adultos até 3 gramas ao dia, para um melhor resultado.
* A geléia real pode ser consumida por todas as pessoas sem o menor risco para o organismo, pois trata-se de um produto natural e sem contra-indicações.

Como a geléia real fica congelada quando armazenada em temperatura indicada, nossa sugestão é de retirar o pote do congelador e deixá-la fora por no máximo 5 minutos , até que se consiga retirar a Geléia; após colocar novamente no congelador.


*Lembramos também que quando a geléia real é misturada ao mel, ela conserva suas propriedades e não precisa ser levada ao congelador.

Modo de usar

Utilizar colher de plástico ou madeira para retirar a geléia real do pote , jamais utilizar colher de metal ou inox.

Conservação

* A geléia real deve ser estocada a uma temperatura inferior a 0º C.
* Os componentes ativos da geléia real podem ser destruídos por tais fatores: luz, ar e temperatura


Fonte: http://portaldosanjos.ning.com/

O culto à cabeça

Arqueologia
Guerreiro Picto
O culto à cabeça
......Muitos povos da Antiguidade costumavam decapitar seus inimigos, levando as cabeças consigo como troféus.
......Dentre estes povos, pode-se citar os pictos, que ocuparam a região da atual Escócia. Esse nome foi atribuído pelos romanos no século III, em latim picti que significa “os pintados”, por terem o hábito de pintarem e tatuarem seus corpos.

 ......Os pictos são o povo mais interessante e menos bem definido e conhecido dentre todos os povos da Britânia celta. No primeiro século a.C., quando os romanos invadiram a Grã-Bretanha, César fez a observação de que todos os britânicos desenhavam seus corpos com woad, um pigmento de cor azul, atribuindo aos pictos aparência ainda mais aterrorizante quando surgiam nos campos de batalhas. 
......Entretanto, os pictos se intitulavam pretani ou pritani. Aliás, o nome da Grã-Bretanha em galês antigo era Prydein, que depois originou Britânia e posteriormente, Grã-Bretanha. O nome pretani ou pritani, embora fosse um nome de origem céltica, não necessariamente tornava os pictos uma tribo celta.
......A vida social e religiosa tinha suas próprias complexidades e não está claro como os pictos enterravam seus mortos. O mais provável é que os pictos se miscigenaram com os celtas, pois existiam duas línguas pictas bem distintas. Uma parece ser não-céltica, pois não tem origem nas línguas indo-européias, apesar de terem sido encontradas inscrições dessa língua em Ogam, alfabeto tipicamente celta.
......Por este motivo, muitos arqueólogos acreditam que quando os celtas chegaram na Escócia por volta de 500 a.C., vindos do continente europeu, teriam imposto o seu modo de vida rudimentar aos pictos, pois estes não mantinham nenhuma estrutura tribal anterior. Essa tese fica demonstrada através dos nomes tipicamente celtas dos reis pictos, assim como os nomes de lugares e rios na Escócia cuja origem igualmente é celta.
......A sociedade picta era matrilinear, assim como a celta, ou seja, quem definia o parentesco era a mãe. A nação picta teria atingido meio milhão de pessoas e ocupado uma área maior que a do País de Gales, sendo, portanto, dividida em diversas tribos. O geógrafo Ptolomeu listou cerca de trinta tribos pictas no século II.
......Para os pictos, assim como para os celtas, a cabeça abrigava a alma, refletindo a divindade, sendo, portanto, fonte suprema do poder espiritual. Os inimigos derrotados em batalha tinham suas cabeças cortadas. Os guerreiros vencedores entoavam um hino de louvor ao regressarem ao lar, triunfantes com seus troféus – as cabeças dos inimigos.
......Além de troféu, a cabeça do inimigo conferia ao vencedor o seu poder sagrado, atribuindo-lhe suas qualidades.
 


CrânioOs crânios eram usados para adornar os portais
de locais sagrados, especialmente cemitérios. 


......Para os celtas, não só as cabeças verdadeiras e os crânios eram importantes, mas costumavam entalhar cabeças em pedras, metal e madeira. Muitas cabeças de pedras foram encontradas na Grã-Bretanha. Algumas destas peças possuíam duas faces e outras, três.



Umbral de um templo gaulês. Os crânios tinham dupla função: concentrar o poder espiritual do deus da guerra e proteger os vivos do perigo sobrenatural. Roquepertuse, Bouchesdu-Rhône, França, séc. III/II a.C.




Arreios de Bronze







Estas três peças são arreios de bronze para cavalos, datados de mais ou menos 500 a.C. As minúsculas cabeças são amuletos protetores

Urna















Urna com três faces, Carintia, Áustria, séc. III a.C. (Landesmuseusm, Klegenfurt.





 
Figuras de Pedra













A percepção dos mistérios celtas pode ser vista representada nas figuras de pedras que olham para os dois lados, nascer e por do Sol, provavelmente indicando a dualidade de todas as coisas, especialmente o mundo visível dos homens e o mundo invisível dos sonhos. Ilha de Boa, Logh Erne, Condado de Fermanagh, Irlanda, séc. VII.












Cabeça de Pedra






Cabeça de pedra com três faces. Corleck, Condado de Cavan, Irlanda, séc. III/II a.C. Museu Nacional da Irlanda, Stuttgart.









Outros povos antigos do continente americano foram chamados de “encolhedores de cabeças”. Alguns desses povos existem ainda hoje.


......Existiram tribos amazônicas e de ilhas do Pacífico que tinham como costume desossar e encolher as cabeças. Para os índios shuara, que ocupam a floresta amazônica entre o Equador e o Peru, as cabeças poderiam servir de troféu ou talismãs no caso de inimigos abatidos em combate, mas também encolhiam as cabeças dos entes queridos, como forma de preservarem a lembrança e para que seus ancestrais pudessem proteger a tribo.
......No caso dos inimigos, o encolhimento das cabeças era feito ritualisticamente, como forma de anular o poder daquele espírito ou aprisioná-lo, para que não se tornasse uma assombração e pudesse se vingar do seu assassino.
......Eis a técnica utilizada: a cabeça é retirada do corpo na altura do tronco. Faz-se um corte na parte posterior do cabeça, removendo-se o crânio. Depois, separa-se a pele da carne com muito cuidado para não danificar o rosto, preservando-se os cabelos. A pele é fervida com tanino, substância usada para curtir peles. Não pode ferver por mais de meia hora, caso contrário, os cabelos caem. A pele curtida é posta para secar ao Sol com pedras esféricas que são introduzidas em seu interior para que a cabeça não deforme. Vira-se a pele do avesso, costurando-se os olhos para que o espírito não possa enxergar. A boca é presa com um espinho de madeira para que o espírito não possa falar e os pinos também são fixados nas orelhas, para que o espírito não escute as conversas. Todo o processo dura cerca seis dias para ser concluído e a cabeça fica reduzida a ¼ do seu tamanho natural. No último dia, celebram o final dos trabalhos com uma festa chamada tzantza, nome este pelo qual as cabeças encolhidas também são chamadas.
......Os índios jivaros, uma tribo da nação shuara, também faziam as tzantzas, tsantsas ou chanchas. Aparentemente, os shuaras deixaram de praticar essa técnica há quase um século.



Cabeça





Cabeça encolhida proveniente do Amazonas exposta no museu Pitt Rivers, na Universidade de Oxford, UK.











Outra tzantza, tsantsa ou chanchã.









......É provável que tribos de outros continentes, como a Oceania e a África, também praticassem o ritual de encolhimento de cabeças. Entretanto, não pude confirmar estas informações por falta de fontes fidedignas.
......No século XIX, essas peças produzidas pelos índios da nação shuara começaram a ser comercializadas pelos brancos, que trocavam com os índios. Rapidamente as tzantzas ganharam mercado, sendo disputadas por colecionadores, estudiosos dos costumes indígenas e curiosos. Mas a pressão da igreja católica acabou com este tipo de comércio que só durou algumas décadas. 



......A deusa que há em mim saúda a deusa ou o deus que há em você!

Lady Mirian Black


Lady Mirian Black......Fontes:
......- “Mistérios Celtas”, John Sharkey, edições Del Prado, São Paulo, 1.997;
......- “Terras e Povos Misteriosos”, coleção Mistérios do Desconhecido, editora Abril Livros, Rio de Janeiro. 
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Obrigada, pela visita. Beijos de luz violeta na alma.