Lua Azul
A Lua Azul associa-se abundância de força magnética e poder espiritual capaz de propiciar profundas purificações emocionais que quando vivida na inconsciência e na carência pode levar ao sofrimento.
Chama-se Lua Azul a segunda lua cheia num mesmo mês do calendário gregoriano ou a Lua Cheia do décimo terceiro ciclo de lunação, fechando o ano solar.
Segunda lua cheia de um mesmo mês. Quando a Lua Cheia cai no dia primeiro de um mês de 31 dias, no dia 31 terá outra Lua Cheia, a Lua Azul.
A Lua Azul acontece, em média, uma vez a cada dois anos e sete meses, sete vezes a cada dezenove anos e trinta e seis vezes num século. Isso se deve a que um mês terrestre tem em média 30,5 dias enquanto o mês lunar tem 29,5 dias. Pode acontecer ter dois meses no mesmo ano com Lua Azul. Isto acontece se a primeira Lua Cheia cair no primeiro de janeiro, como fevereiro tem apenas 28 dias, as próximas duas luas cheias se repetem em março. Tal coincidência ocorre apenas quatro anos em cada século, (o próximo será só no distante 2018). O folclorista canadense Philip Scock, após ter pesquisado indícios da origem da Lua Azul, afirma que a expressão é usada desde o século XVI para representar uma Lua cheia especial, desafiante, associada ao desatino e a alucinação.
Lua Azul do décimo terceiro ciclo de lunação
Nos calendários lunares à lua cheia do décimo terceiro mês se lhe chama também de Lua Azul. Ao ser o último ciclo de lua do ano, ocorre nele também uma síntese do vivido durante todo o ano.
Ritual da Lua Azul por Mirella Faur
Com o surgimento do calendário Juliano, no início do cristianismo, o culto à Lua Azul passou a ser reprimido por ser considerado uma exacerbação da simbologia lunar, do poder feminino e do culto às Deusas, assuntos perseguidos e proibidos. Mesmo assim, permaneceu sua aura romântica e poética e a Lua Azul passou a ser associada à crença de que era propícia ao romance e ao encontro de parceiros. Surgiu o termo inglês blue moon, significando algo muito raro, impossível, dando origem a inúmeras músicas e poemas melancólicos ou esperançosos”.
Na Mitologia Celta, esta Lua favorece o contato com o Reino Encantado dos seres da natureza. Invocam-se as Rainhas das Fadas - Aeval, Aine, Aynia, Bri, Creide, Mah e Sin - e empreendem-se viagens reais ou imaginárias para as “Sidhe”, as colinas encantadas, morada do “Little People”, o Povo Pequeno. Para agradar as Fadas, os Celtas cultivavam perto de suas casas suas plantas preferidas - calêndulas, verbenas, violetas, prímulas, e tomilho - e deixavam oferendas de mel, leite, manteiga, pão, e cristais nas clareiras onde os círculos de cogumelos denotavam sua presença. Para favorecer a “visão”, abrindo a percepção psíquica, usava-se Artemísia, em chá ou em infusões para banhos, suco de samambaias ou orvalho passado nas pálpebras, saches de mil folhas e hipericão, invocações mágicas adequadas.
A Lua Azul é regida pela Matriarca da 13 Lunação. Ela é “aquela que se torna a visão”, a guardiã de todos os ciclos de transformação, a mãe das mudanças. Esta Matriarca nos ensina a importância de seguir nosso caminho sem nos deixar desviar por ilusões que possam vir a interferir em nossas visões. Cada vez que nos transformamos, realizando nossas visões, uma nova pespectiva e compreensão se abre, permitindo-nos alcançar outro nível na eterna espiral da evolução do espírito. A última visão a ser alcançada é a decisão de simplesmente SER. Sendo tudo e sendo nada, eliminamos os rótulos e definições que limitam nossa plenitude.
Para criar uma atmosfera adequada a uma celebração da Lua Azul, use velas e roupas azuis. Prepare água lunarizada expondo garrafas de vidro azul, cheias de água, aos raios lunares. Prepare “travesseiros dos sonhos” enchendo uma fronha de tecido azul com flores de sabugueiro, lavanda ou alfazema, hipericão, folhas de artemísia e sálvia. Imante cristais e pedras azuis como o topázio azul, a safira, o berilo, a água-marinha, o lápiz-lazuli ou a sodalita. Usando músicas com sons da natureza, como pios de corujas, cantos de baleias ou uivos de lobos, permita que sua criatividade e intuição levem-no/a ao Reino das Fadas ou ao encontro das Deusas Lunares. Olhe fixamente para a Lua, eleve seus braços e “puxe” a luz da Lua para sua testa, seu coração e seu ventre.
Conecte-se, em seguida, à Matriarca, pedindo-lhe orientação sobre as mudanças necessárias para alcançar uma real transformação. Permaneça, depois, em silêncio e ouça as mensagens e respostas ecoando em sua mente ou alegrando seu coração.” No caso de considerarmos o ano zodiacal, a Lua Azul seria a Lua Cheia em Virgem com o Sol em Peixes, onde o Sol vive o amor na sua forma mais ampla e generosa enquanto a Lua distingue as emoções e tenta suas Ordens e Mandalas.
(Hector Othon)
A Lua
Fernando Pessoa
(dizem os ingleses) (14-11-1931)
A Lua (dizem os ingleses)
É feita de queijo verde.
Por mais que pense mil vezes
Sempre uma idéia se perde.
E era essa, era, era essa,
Que haveria de salvar
Minha alma da dor da pressa
De… não sei se é desejar.
Sim, todos os meus desejos
São de estar sentir pensando…
A Lua (dizem os Ingleses)
É azul de quando em quando
A Lua Azul associa-se abundância de força magnética e poder espiritual capaz de propiciar profundas purificações emocionais que quando vivida na inconsciência e na carência pode levar ao sofrimento.
Chama-se Lua Azul a segunda lua cheia num mesmo mês do calendário gregoriano ou a Lua Cheia do décimo terceiro ciclo de lunação, fechando o ano solar.
Segunda lua cheia de um mesmo mês. Quando a Lua Cheia cai no dia primeiro de um mês de 31 dias, no dia 31 terá outra Lua Cheia, a Lua Azul.
A Lua Azul acontece, em média, uma vez a cada dois anos e sete meses, sete vezes a cada dezenove anos e trinta e seis vezes num século. Isso se deve a que um mês terrestre tem em média 30,5 dias enquanto o mês lunar tem 29,5 dias. Pode acontecer ter dois meses no mesmo ano com Lua Azul. Isto acontece se a primeira Lua Cheia cair no primeiro de janeiro, como fevereiro tem apenas 28 dias, as próximas duas luas cheias se repetem em março. Tal coincidência ocorre apenas quatro anos em cada século, (o próximo será só no distante 2018). O folclorista canadense Philip Scock, após ter pesquisado indícios da origem da Lua Azul, afirma que a expressão é usada desde o século XVI para representar uma Lua cheia especial, desafiante, associada ao desatino e a alucinação.
Lua Azul do décimo terceiro ciclo de lunação
Nos calendários lunares à lua cheia do décimo terceiro mês se lhe chama também de Lua Azul. Ao ser o último ciclo de lua do ano, ocorre nele também uma síntese do vivido durante todo o ano.
Ritual da Lua Azul por Mirella Faur
Com o surgimento do calendário Juliano, no início do cristianismo, o culto à Lua Azul passou a ser reprimido por ser considerado uma exacerbação da simbologia lunar, do poder feminino e do culto às Deusas, assuntos perseguidos e proibidos. Mesmo assim, permaneceu sua aura romântica e poética e a Lua Azul passou a ser associada à crença de que era propícia ao romance e ao encontro de parceiros. Surgiu o termo inglês blue moon, significando algo muito raro, impossível, dando origem a inúmeras músicas e poemas melancólicos ou esperançosos”.
Na Mitologia Celta, esta Lua favorece o contato com o Reino Encantado dos seres da natureza. Invocam-se as Rainhas das Fadas - Aeval, Aine, Aynia, Bri, Creide, Mah e Sin - e empreendem-se viagens reais ou imaginárias para as “Sidhe”, as colinas encantadas, morada do “Little People”, o Povo Pequeno. Para agradar as Fadas, os Celtas cultivavam perto de suas casas suas plantas preferidas - calêndulas, verbenas, violetas, prímulas, e tomilho - e deixavam oferendas de mel, leite, manteiga, pão, e cristais nas clareiras onde os círculos de cogumelos denotavam sua presença. Para favorecer a “visão”, abrindo a percepção psíquica, usava-se Artemísia, em chá ou em infusões para banhos, suco de samambaias ou orvalho passado nas pálpebras, saches de mil folhas e hipericão, invocações mágicas adequadas.
A Lua Azul é regida pela Matriarca da 13 Lunação. Ela é “aquela que se torna a visão”, a guardiã de todos os ciclos de transformação, a mãe das mudanças. Esta Matriarca nos ensina a importância de seguir nosso caminho sem nos deixar desviar por ilusões que possam vir a interferir em nossas visões. Cada vez que nos transformamos, realizando nossas visões, uma nova pespectiva e compreensão se abre, permitindo-nos alcançar outro nível na eterna espiral da evolução do espírito. A última visão a ser alcançada é a decisão de simplesmente SER. Sendo tudo e sendo nada, eliminamos os rótulos e definições que limitam nossa plenitude.
Para criar uma atmosfera adequada a uma celebração da Lua Azul, use velas e roupas azuis. Prepare água lunarizada expondo garrafas de vidro azul, cheias de água, aos raios lunares. Prepare “travesseiros dos sonhos” enchendo uma fronha de tecido azul com flores de sabugueiro, lavanda ou alfazema, hipericão, folhas de artemísia e sálvia. Imante cristais e pedras azuis como o topázio azul, a safira, o berilo, a água-marinha, o lápiz-lazuli ou a sodalita. Usando músicas com sons da natureza, como pios de corujas, cantos de baleias ou uivos de lobos, permita que sua criatividade e intuição levem-no/a ao Reino das Fadas ou ao encontro das Deusas Lunares. Olhe fixamente para a Lua, eleve seus braços e “puxe” a luz da Lua para sua testa, seu coração e seu ventre.
Conecte-se, em seguida, à Matriarca, pedindo-lhe orientação sobre as mudanças necessárias para alcançar uma real transformação. Permaneça, depois, em silêncio e ouça as mensagens e respostas ecoando em sua mente ou alegrando seu coração.” No caso de considerarmos o ano zodiacal, a Lua Azul seria a Lua Cheia em Virgem com o Sol em Peixes, onde o Sol vive o amor na sua forma mais ampla e generosa enquanto a Lua distingue as emoções e tenta suas Ordens e Mandalas.
(Hector Othon)
A Lua
Fernando Pessoa
(dizem os ingleses) (14-11-1931)
A Lua (dizem os ingleses)
É feita de queijo verde.
Por mais que pense mil vezes
Sempre uma idéia se perde.
E era essa, era, era essa,
Que haveria de salvar
Minha alma da dor da pressa
De… não sei se é desejar.
Sim, todos os meus desejos
São de estar sentir pensando…
A Lua (dizem os Ingleses)
É azul de quando em quando
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