27/09/2010

Chico Xavier

chico1Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo (MG), no dia 2 de abril de 1910. Filho de operário inculto e de humilde lavadeira, ficou órfão de mãe aos cinco anos de idade. Seu pai se viu obrigado a entregar alguns dos seus nove filhos aos cuidados de pessoas amigas e Chico Xavier ficou com sua madrinha, mulher nervosa que o maltratava cruelmente. Nos seus momentos de angústia, um anjo de Deus, que fora sua mãe na Terra, o assistia, quando, desarvorado, orava nos fundos do quintal: "Tenha paciência, meu filho! Você precisa crescer mais forte para o trabalho. E quem não sofre não aprende a lutar".O menino aprendeu a apanhar calado, sem chorar. Diariamente, à tarde, com vergões na pele e o sangue a correr-lhe em delgados filetes pelo ventre, ele, ...

de olhos enxutos e brilhantes, se dirigia para o quintal, a fim de reencontrar a mãezinha querida, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração. Algum tempo depois, terminou seu martírio. Seu pai casou-se novamente e sua madrasta, alma boa e caridosa, o recolheu carinhosamente, a ele e a todos os irmãos que estavam espalhados. A situação era difícil. A guerra acabara e graçava a gripe espanhola.

O salário do chefe da família dava escassamente para o necessário e os meninos precisavam estudar. Foi então que a boa madrasta teve uma idéia: plantar uma horta e vender os legumes. Em algumas semanas, o menino já estava na rua com o cesto de verduras. Desta forma, conseguiram encher o cofre e voltar a frequentar as aulas. Em janeiro de 1919 Chico Xavier começou o ABC.

Com a saída do chefe da casa para o trabalho e das crianças para a escola, a madrasta era obrigada, algumas vezes, a deixar a casa a sós, pois precisava buscar lenha à distância. Foi então que surgiu um problema: a vizinha, se aproveitando da ausência de todos, passou a colher a verduras e, sem verduras, não haveria dinheiro para as despesas da escola.


Preocupada, a madrasta, não querendo ofender a amiga, pediu a Chico Xavier que, pedisse um conselho ao espírito de sua mãe. À tardinha, o menino foi ao quintal e rezou como fazia sempre que queria conversar com sua mãe e lhe contou o problema. Sua mãe lhe disse que realmente não deviam brigar com os vizinhos e lhe deu uma sugestão: toda vez que sua madrasta se ausentasse, que desse a chave de casa à vizinha, para que ela tomasse conta da casa. Dessa forma, a vizinha, responsável pela casa, não tocou mais nas hortaliças. Passados todos esses problemas, o menino não viu sua genitora com tanta frequência. Mas passou a ter sonhos. À noite, levantava-se agitado e conversava com locutores invisíveis. De manhã, contava as peripécias de pessoas mortas, coisas que ninguém podia compreender! O pai resolveu levá-lo ao vigário de Matozinhos, que, após ouvi-lo, recomendou que o garoto não lesse mais jornais, revistas, livros. Disse-lhe que ninguém volta a conversar depois da morte e que era o demônio que lhe estava perturbando.
O menino chorava nos braços de sua madrasta, criatura piedosa e compreensiva. Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém, escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros. Deveria aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebidas em sonho, que ficasse em silêncio. Precisava aprender a obediência para que Deus, um dia, lhe concedesse a confiança dos outros. E durante 7 anos consecutivos, de 1920 a 1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe. Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja. Confessava-se, comungava, comparecia pontualmente à missa e acompanhava as procissões. Em 1923 terminou o curso primário, no Grupo. Levantava-se às seis da manhã para começar, às sete, as terefas escolares e entrando para o serviço da fábrica às três da tarde, para sair às onze da noite. Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho ia das seis e meia da manhã às oito da noite. As perturbações noturnas continuaram. Depois de dormir, caía em transe profundo. Em 1927 uma de suas irmãs caiu doente. Um casal de espíritas, reunido com familiares da doente, realizaram a primeira sessão espírita que teve lugar na casa. Na mesa, dois livros: "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec. Pela mediunidade de D. Carmem, sua mãe manifestou-se: "Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente.


Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos. " A primeira e única professora de Chico que descobriu sua mediunidade psicográfica foi D. Rosália. Fazia passeios campestres com os alunos que deveriam, no dia seguinte, levar-lhe uma composição, descrevendo o passeio. A de Chico tirava sempre o primeiro lugar. Desconfiada, D. Rosália, um dia, fez o passeio mais cedo e, na volta, pediu que os alunos fizessem a composição em sua presença. Chico, novamente, tira o primeiro lugar, escrevendo uma verdadeira página literária sobre o amanhecer e daí tirando conclusões evangélicas. Rosália mostrou aos amigos íntimos a composição e todos foram unânimes em reconhecer que aquilo, se não fora copiado, era então dos espíritos. Ao entrar para o funcionalismo público, como datilógrafo, na Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, começa a demonstrar sua admiração pela natureza. Distante 6 quilômetros da cidade, em contato com a natureza, ama até as pedras e os montes pensativos. Vê em tudo poesia e oração, trata as árvores como irmãs e compreende como poucos a alma do grande todo. Vê em tudo poesia e vida, verdade e luz, beleza e amor e, acima de tudo, a presença de Deus! Em maio de 1927 foi realizada a primeira sessão espírita no lar dos Xavier, em Pedro Leopoldo. Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário. Em fins de 1927 o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem frequentado. As reuniões se realizavam às segundas e sextas-feiras.


A nova sede do Grupo Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local onde se erguia, antigamente, a casa de Maria João de Deus, genitora de Chico Xavier. Em 8 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em público. Seu primeiro livro psicografado foi publicado em 1931. Em 1931, Chico passou a receber as primeiras poesias de "Parnaso de Além -Túmulo", que foi lançado em julho de 1932. Em 1950, Chico Xavier havia recebido, pela sua psicografia, mais de 50 ótimos livros. Vivia no apogeu de triunfos mediúnicos. Estava conhecidíssimo no Brasil e no mundo inteiro. O Parnaso de Além Túmulo, por si só, valia pelo mais legítimo dos documentos, validando-lhe o instrumental mediúnico, o mais completo e seguro que o Espiritismo tem tido para lhe revelar as verdades, inclusive o intercâmbio das idéias entre os dois Mundos. Além disso, recebera romances , livros e mais livros, versando assuntos filosóficos, científicos e, sobretudo, realçando o espírito da letra dos Evangelhos, escrevendo e traduzindo, de forma clara e precisa, as Lições consoladoras e imortais do Livro da Vida. Em 5 de janeiro de 1959 mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã. Deu ele, então, início à famosa perigrinação. Aos sábados, saindo da "Comunhão Espírita-Cristã", o bondoso médium visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas afinizadas.


Sob a luz das estrelas e de um lampião que seguia à frente, iluminando as escuras ruas da periferia, ia contando fatos de grande beleza espiritual. A cidade de Uberaba, desde a sua vinda para cá, transformou-se num pólo de atração de inúmeros visitantes das mais variadas regiões do Brasil, e até mesmo do exterior, que aqui aportam com o objetivo de conhecer o médium. Aqueles que conhecem a sua vida e a sua obra não medem distâncias para vê-lo. Seu trabalho sempre consistiu na divulgação doutrinária e em tarefas assistenciais, aliadas ao evangélico serviço do esclarecimento e reconforto pessoais aos que o procuram. Os direitos autorais de seus livros publicados, em torno de 340, são cedidos, gratuitamente, às editoras espíritas ou a quaisquer outras entidades. Quanto à fortuna material, ele continua tão pobre quanto era. Chico é um homem aposentado e recebe somente os proventos de sua aposentadoria.


Do ponto de vista espiritual, Chico Xavier é, a cada dia que passa, um homem mais rico: multiplicou os talentos que o Senhor lhe confiou, através de seu trabalho, de sua perseverança e da sua humildade em serviço. Com a saúde debilitada, Chico Xavier vem confirmando, nos últimos tempos, a sua condição de um autêntico missionário do Cristo, pois impossibilitado de comparecer às reuniões do Grupo Espírita da Prece, ele tem reunido as forças que lhe restam para continuar, em casa, a tarefa da psicografia. E, embora debilitado, continua de ânimo firme e a alma com grande capacidade de trabalho. Chico Xavier ama a tarefa que o Senhor lhe concedeu.

Nascimento


Nascido em Pedro Leopoldo, cidade do interior de Minas Gerais, era filho de Maria João de Deus e João Cândido Xavier. Educado na fé católica, Chico teve seu primeiro contato com a Doutrina Espírita em 1927, após fenômeno obsessivo verificado com uma de suas irmãs. Passa então a estudar e a desenvolver sua mediunidade que, como relata em nota no livro Parnaso de Além-Túmulo, somente ganhou maior clareza em finais de 1931.


Infância


A mediunidade de Chico manifestou-se aos quatro anos de idade, quando ele respondeu ao pai sobre ciências, quando o pai conversava com uma senhora sobre gravidez. Ele via (clarividência) e ouvia (clariaudiência) os espíritos e conversava com eles. Aos 5 anos conversava com a mãe, já desencarnada. Na casa da madrinha, foi muito maltratado, chegando a levar uma garfada na barriga. Aos sete anos de idade, saiu da casa da madrinha para voltar a morar com o pai, já casado outra vez. Ele, para ajudar nas despesas da casa trabalhava e estudava em escola pública. Por conseqüência, dormia apenas sete horas por dia.


Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo (MG), no dia 2 de abril de 1910.Filho de operário inculto e de humilde lavadeira, ficou órfão de mãe aos cinco anos de idade. Seu pai se viu obrigado a entregar alguns dos seus nove filhos aos cuidados de pessoas amigas e Chico Xavier ficou com sua madrinha, mulher nervosa que o maltratava cruelmente.


Nos seus momentos de angústia, um anjo de Deus, que fora sua mãe na Terra, o assistia, quando, desarvorado, orava nos fundos do quintal: "Tenha paciência, meu filho!Você precisa crescer mais forte para o trabalho. E quem não sofre não aprende a lutar". O menino aprendeu a apanhar calado, sem chorar. Diariamente, à tarde, com vergões na pele e o sangue a correr-lhe em delgados filetes pelo ventre, ele, de olhos enxutos e brilhantes, se dirigia para o quintal, a fim de reencontrar a mãezinha querida, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração. Algum tempo depois, terminou seu martírio.


Seu pai casou-se novamente e sua madrasta, alma boa e caridosa, o recolheu carinhosamente, a ele e a todos os irmãos que estavam espalhados. A situação era difícil.


A guerra acabara e graçava a gripe espanhola. O salário do chefe da família dava escassamente para o necessário e os meninos precisavam estudar. Foi então que a boa madrasta teve uma idéia: plantar uma horta e vender os legumes. Em algumas semanas, o menino já estava na rua com o cesto de verduras. Desta forma, conseguiram encher o cofre e voltar a frequentar as aulas.


Em janeiro de 1919 Chico Xavier começou o ABC. Com a saída do chefe da casa para o trabalho e das crianças para a escola, a madrasta era obrigada, algumas vezes, a deixar a casa a sós, pois precisava buscar lenha à distância. Foi então que surgiu um problema: a vizinha, se aproveitando da ausência de todos, passou a colher a verduras e, sem verduras, não haveria dinheiro para as despesas da escola. Preocupada, a madrasta, não querendo ofender a amiga, pediu a Chico Xavier que, pedisse um conselho ao espírito de sua mãe.


À tardinha, o menino foi ao quintal e rezou como fazia sempre que queria conversar com sua mãe e lhe contou o problema. Sua mãe lhe disse que realmente não deviam brigar com os vizinhos e lhe deu uma sugestão: toda vez que sua madrasta se ausentasse, que desse a chave de casa à vizinha, para que ela tomasse conta da casa.


Dessa forma, a vizinha, responsável pela casa, não tocou mais nas hortaliças.


Passados todos esses problemas, o menino não viu sua genitora com tanta frequência. Mas passou a ter sonhos.À noite, levantava-se agitado e conversava com locutores invisíveis. De manhã, contava as peripécias de pessoas mortas, coisas que ninguém podia compreender!O pai resolveu levá-lo ao vigário de Matozinhos, que, após ouvi-lo, recomendou que o garoto não lesse mais jornais, revistas, livros.


Disse-lhe que ninguém volta a conversar depois da morte e que era o demônio que lhe estava perturbando.O menino chorava nos braços de sua madrasta, criatura piedosa e compreensiva.


Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém, escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria ser uma criançaindisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros. Deveria aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebidas em sonho, que ficasse em silêncio. Precisava aprender a obediência para que Deus, um dia, lhe concedesse a confiança dos outros.E durante 7 anos consecutivos, de 1920 a 1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe. Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja. Confessava-se, comungava, comparecia pontualmenteà missa e acompanhava as procissões.

Em 1923 terminou o curso primário, no Grupo. Levantava-se às seis da manhã para começar, às sete, as terefas escolares e entrando para o serviço da fábrica às três da tarde, para sair às onze da noite.Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho ia das seis e meia da manhã às oito da noite.


As perturbações noturnas continuaram. Depois de dormir, caía em transe profundo.


Em 1927 uma de suas irmãs caiu doente.


Um casal de espíritas, reunido com familiares da doente, realizaram a primeira sessão espírita que teve lugar na casa. Na mesa, dois livros: "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec Pela mediunidade de D. Carmem, sua mãe manifestou-se: "Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos. "A primeira e única professora de Chico que descobriu sua mediunidade psicográfica foi D. Rosália. Fazia passeios campestres com os alunos que deveriam, no dia seguinte, levar-lhe uma composição, descrevendo o passeio.


A de Chico tirava sempre o primeiro lugar. Desconfiada, D. Rosália, um dia, fez o passeio mais cedo e, na volta, pediu que os alunos fizessem a composição em sua presença. Chico, novamente, tira o primeiro lugar, escrevendo uma verdadeira página literária sobre o amanhecer e daí tirando conclusões evangélicas. Rosália mostrou aos amigos íntimos a composição e todos foram unânimes em reconhecer que aquilo, se não fora copiado, era então dos espíritos.

Atividades Mediúnicas em Pedro Leopoldo


Ao entrar para o funcionalismo público, como datilógrafo, na Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, começa a demonstrar sua admiração pela natureza. Distante 6 quilômetros da cidade, em contato com a natureza, ama até as pedras e os montes pensativos. Vê em tudo poesia e oração, trata as árvores como irmãs e compreende como poucos a alma do grande todo. Vê em tudo poesia e vida, verdade e luz, beleza e amor e, acima de tudo, a presença de Deus!


chico3Em maio de 1927 foi realizada a primeira sessão espírita no lar dos Xavier, em Pedro Leopoldo. Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário.Em fins de 1927 o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem frequentado. As reuniões se realizavam às segundas e sextas-feiras.A nova sede do Grupo Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local onde se erguia, antigamente, a casa de Maria João de Deus, genitora de Chico Xavier.Em 8 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em público.


Seu primeiro livro psicografado foi publicado em 1931.Em 1931, Chico passou a receber as primeiras poesias de "Parnaso de Além -Túmulo", que foi lançado em julho de 1932.Em 1950, Chico Xavier havia recebido, pela sua psicografia, mais de 50 ótimos livros. Vivia no apogeu de triunfos mediúnicos. Estava conhecidíssimo no Brasil e no mundo inteiro. O Parnaso de Além Túmulo, por si só, valia pelo mais legítimo dos documentos, validando-lhe o instrumental mediúnico, o mais completo e seguro que o Espiritismo tem tido para lhe revelar as verdades, inclusive o intercâmbio das idéias entre os dois Mundos.Além disso, recebera romances , livros e mais livros, versando assuntos filosóficos, científicos e, sobretudo, realçando o espírito da letra dos Evangelhos, escrevendo e traduzindo, de forma clara e precisa, as Lições consoladoras e imortais do Livro da Vida.


Atividades Mediúnicas em Uberaba


Em 5 de janeiro de 1959 mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã. Deu ele, então, início à famosa perigrinação. Aos sábados, saindo da "Comunhão Espírita-Cristã", o bondoso médium visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas afinizadas. Sob a luz das estrelas e de um lampião que seguia à frente, iluminando as escuras ruas da periferia, ia contando fatos de grande beleza espiritual.A cidade de Uberaba, desde a sua vinda para cá, transformou-se num pólo de atração de inúmeros visitantes das mais variadas regiões do Brasil, e até mesmo do exterior, que aqui aportam com o objetivo de conhecer o médium.

Aqueles que conhecem a sua vida e a sua obra não medem distâncias para vê-lo.


Seu trabalho sempre consistiu na divulgação doutrinária e em tarefas assistenciais, aliadas ao evangélico serviço do esclarecimento e reconforto pessoais aos que o procuram.


Os direitos autorais de seus livros publicados, em torno de 340, são cedidos, gratuitamente, às editoras espíritas ou a quaisquer outras entidades.Quanto à fortuna material, ele continua tão pobre quanto era. Chico é um homem aposentado e recebe somente os proventos de sua aposentadoria.


Do ponto de vista espiritual, Chico Xavier é, a cada dia que passa, um homem mais rico: multiplicou os talentos que o Senhor lhe confiou, através de seu trabalho, de sua perseverança e da sua humildade em serviço. Com a saúde debilitada, Chico Xavier vem confirmando, nos últimos tempos, a sua condição de um autêntico missionário do Cristo, pois impossibilitado de comparecer às reuniões do Grupo Espírita da Prece, ele tem reunido as forças que lhe restam para continuar, em casa, a tarefa da psicografia. E, embora debilitado, continua de ânimo firme e a alma com grande capacidade de trabalho.


Chico Xavier ama a tarefa que o Senhor lhe concedeu.


Desencarna o médium espírita


Francisco Cândido Xavier


Com 92 anos desta vida terrena, em que desenvolveu importante atividade mediúnica e filantrópica, e após grave pneumonia sofrida durante o ano de 2001, de que se recuperara, desencarnou no dia30 de junho de 2002 em Uberaba, onde residia, no início da noite (19:30h). A causa do desencarne foi uma parada cardíaca, tendo sido atendido pelo médico Eurípedes Tahan Vieira. A USE manifesta, mais uma vez, a esse companheiro valoroso, nosso abraço fraternal.


Desde a infância, Francisco Cândido Xavier via e ouvia os espíritos, em especial o que fora sua mãe (era já orfão), o que o levou, na juventude, rumo ao espiritismo. A partir de 1932, Chico Xavier deu início a uma intensa atividade mediúnica.


Espíritos como Emmanuel, André Luiz e, mesmo, autores consagrados já desencarnados, como aqueles responsáveis pelos poemas do "Parnaso de Além-Túmulo" (Olavo Bilac e Castro Alves, entre outros), sua primeira obra psicografada, o acompanharam ao longo desses anos de produtivo trabalho.


Ao longo de quase 75 anos (que se completariam neste mês de Julho/2002), Chico Xavier foi intermediário (psicógrafo) de mais de 400 títulos.


No seu velório, feito no Centro Espírita Casa da Prece, compareceram, além de representantes do movimento espírita brasileiro, autoridades, artistas e pessoas de todas as partes do País. A Polícia Militar de Minas Gerais estimou que pelo menos 200 mil pessoas passaram pelo velório. O presidente da USE, Attílio Campanini, representou o movimento espírita paulista.


Várias ruas da vizinhança do Centro Espírita Casa da Prece foram interditadas ao tráfego de veículos. Um batalhão com mais de 100 policiais cuidou da segurança e organização do velório. O sepultamento foi feito no Cemitério São João Batista, em Uberaba, amanhã, dia 02 de Julho, às 17:00h.


INSTITUTO CHICO XAVIER


A MATERIALIZAÇÃO DE UM IDEAL


Uma obra externa, de valor inestimável, espalhada mundo afora em forma de mensagens e poemas. Era preciso manter viva essa memória, aglutinar o que levou esperança a tanta gente, agora em benefício de todos. Para isso a sociedade se uniu, no início através do LIONS e do Rotary; em seguida vieram as Lojas Maçônicas e as Associações Comerciais. Uma união plural, sem credos. Nascia o Instituto Chico Xavier, sem fins lucrativos, tendo como conceito principal a transparência, com estatuto específico e composto por membros da sociedade civil organizada e admiradores do médium. Por fim, a Prefeitura Municipal de Uberaba deu o seu apoio fundamental e definitivo. A criação do instituto teve como pilares dois objetivos principais: buscar permanentemente a memória viva, reunindo a obra ainda não publicada com o envolvimento de toda a sociedade; e abrigar essa memória em um espaço especial e único, o Memorial Chico Xavier.


UM PROJETO QUE SENSIBILIZA A TODOS


Outro avanço determinante para o sucesso do projeto, e que mostra a sensibilidade que a proposta aflora foi a certificação de uma instituição como a Oscip (Organização da Sociedade Civil do Interesse Público), expedida pelo Governo Federal através do Ministério da Justiça. Tal certificação em geral leva de dois a três anos para ser analisada, e a do Instituto Chico Xavier foi obtida em apenas dois meses.


O Instituto nasceu da necessidade de mostrar para as futuras gerações o que representa Chico Xavier para a história da humanidade, como uma figura que sempre acreditou e pregou a paz entre os povos e a necessidade de auxiliar o próximo a crescer e caminhar de forma emancipada.


OBJETIVOS


-Construção do Memorial Chico Xavier buscando assegurar a preservação da lembrança e do acervo do escritor, proporcionando um espaço de visitação e de acesso ao acervo das obras, fotografias, reportagens, cartas e demais documentos relacionados ao grande homenageado, incentivando também o turismo.


-Incentivo ao desenvolvimento sustentável, do voluntariado, do desenvolvimento econômico e social, do combate à pobreza e de projetos sociais voltados à infância, juventude e terceira idade.


-Promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais, estudos e pesquisas.


-Fomento a cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico.


-Desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações de conhecimentos técnicos e científicos, defesa, preservação e conservação de meio ambiente.


LOCALIZAÇÃO
INSTITUTO CHICO XAVIER
Av. Leopoldino de Oliveira 3433 - Sala 403 - Centro
CEP 38015-000 - Uberaba - Minas Gerais
Fone: (34) 3312-7162 begin_of_the_skype_highlighting (34) 3312-7162 end_of_the_skype_highlighting / (34) 3312-7023 begin_of_the_skype_highlighting (34) 3312-7023 end_of_the_skype_highlighting
< institutochicoxavier@institutochicoxavier.org.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. email:>

Psicografias
Chico Xavier psicografou quatrocentos e doze livros. Nunca admitiu ser o autor de nenhuma dessas obras. Reproduzia apenas o que os espíritos lhe ditavam Vendeu mais de 20 milhões de exemplares. Cedeu os direitos autorais para organizações espíritas e instituições de caridade, desde o primeiro livro.


Suas obras são publicadas pelo Centro Espírita União, Casa Editora O Clarim, Edicel, Federação Espírita Brasileira, Federação Espírita do Estado de São Paulo, Federação Paulista do Rio Grande do Sul, Fundação Marieta Gaio, Grupo Espírita Emmanuel s/c Editora, Comunhão Espírita Cristã, Instituto de Difusão Espírita, Instituto de Divulgação Espírita André Luiz, Livraria Allan Kardec Editora, Editora Pensamento e União Espírita Mineira.


Seu primeiro livro, Parnaso de Além-Túmulo, com 256 poemas atribuídos a poetas mortos, entre eles os portugueses João de Deus, Antero de Quental e Guerra Junqueiro, e os brasileiros Olavo Bilac, Cruz e Sousa e Augusto dos Anjos, foi publicado pela primeira vez em 1932. O livro causou muita polêmica entre os descrentes. O de maior tiragem foi Nosso Lar, com cerca de milhão e trezentas mil cópias vendidas, atribuído ao espírito André Luiz, primeiro volume da coleção que leva o nome deste. Em parceria com o médico mineiro Waldo Vieira psicografou 17 obras.


Uma de suas psicografias mais famosas, e que teve repercussão mundial, foi a do caso de Goiânia em que José Divino Nunes, acusado de matar o melhor amigo, Maurício Henriques, foi inocentado pelo juiz que aceitou como prova válida (entre outras que também foram apresentadas pela defesa) um depoimento da própria vítima, já falecida, através de texto psicografado por Chico Xavier. O caso aconteceu em outubro de 1979, na cidade de Goiânia, Goiás. Assim, o presumido espírito de "Maurício" teria inocentado o amigo dizendo que tudo não teria passado de um acidente.


Principais obras psicografadas
• 1932 - Parnaso de Além-Túmulo (FEB, primeira obra publicada)
• 1937 - Crônicas de além-túmulo (FEB, primeira obra pelo espírito Humberto de Campos)
• 1938 - Emmanuel (FEB, primeiro obra pelo espírito Emmanuel)
• 1938 - Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho (FEB, pelo espírito Humberto de Campos)
• 1938 - A Caminho da Luz (FEB, pelo espírito Emmanuel)
• 1939 - Há Dois Mil Anos (FEB, pelo espírito Emmanuel)
• 1940 - Cinqüenta Anos Depois (FEB, pelo espírito Emmanuel)
• 1941 - O Consolador (FEB, pelo espírito Emmanuel), Feb, 1941 (Tiragem de 218.000 exemplares)
• 1942 - Paulo e Estevão (FEB, pelo espírito Emmanuel)
• 1942 - Renúncia (FEB, pelo espírito Emmanuel)
• 1944 - Nosso Lar (FEB, pelo espírito André Luiz)
• 1944 - Os Mensageiros (FEB, pelo espírito André Luiz)
• 1945 - Missionários da Luz (FEB, pelo espírito André Luiz)
• 1945 - Lázaro Redivivo (FEB, primeira obra pelo espírito Irmão X, pseudônimo do espírito Humberto de Campos, utilizado após o processo movido pela família do escritor falecido, reivindicando parte dos direitos autorais das obras psicografadas com nome dele)
• 1946 - Obreiros da Vida Eterna (FEB, pelo espírito André Luiz)
• 1947 - Volta Bocage (FEB, pelo espírito Bocage
• 1948 - No Mundo Maior (FEB, pelo espírito André Luiz)
• 1948 - Agenda Cristã (FEB, pelo espírito André Luiz)
• 1949 - Voltei (FEB, pelo espírito Irmão Jacob)
• 1949 - Caminho, Verdade e Vida (FEB, pelo espírito Emmanuel)
• 1949 - Libertação (FEB, pelo espírito André Luiz)
• 1950 - Jesus no Lar (FEB, pelo espírito Neio Lúcio)
• 1950 - Pão Nosso (FEB, pelo espírito Emmanuel)
• 1952 - Vinha de Luz (FEB, pelo espírito Emmanuel)
• 1952 - Roteiro (FEB, pelo espírito Emmanuel)
• 1953 - Ave, Cristo! (FEB, pelo espírito Emmanuel)
• 1954 - Entre a Terra e o Céu (FEB, pelo espírito André Luiz)
• 1955 - Nos Domínios da Mediunidade (FEB, pelo espírito André Luiz)
• 1956 - Fonte Viva (FEB, pelo espírito Emmanuel)
• 1957 - Ação e Reação (FEB, pelo espírito André Luiz)
• 1958 - Pensamento e vida (FEB, pelo espírito Emmanuel)
• 1959 - Evolução em Dois Mundos (FEB, pelo espírito André Luiz)
• 1960 - Mecanismos da Mediunidade (FEB, primeira obra em parceria com o médium Waldo Vieira)
• 1960 - Religião dos Espíritos (FEB, pelo espírito Emmanuel)
• 1961 - O Espírito da Verdade (FEB, por diversos espíritos)
• 1963 - Sexo e Destino (FEB, pelo espírito André Luiz)
• 1968 - E A Vida Continua... (FEB, pelo espírito André Luiz)
• 1970 - Vida e Sexo (FEB, pelo espírito Emmanuel)
• 1971 - Sinal Verde (Comunhão Espírita Cristã, pelo espírito André Luiz)
• 1977 - Companheiro (Instituto de Difusão Espírita, pelo espírito Emmanuel)
• 1985 - Retratos da Vida (IDE/CEC, pelo espírito Cornélio Pires)
• 1986 - Mediunidade e Sintonia (CEU, pelo espírito Emmanuel)
• 1991 (?) - Queda e ascensão da Casa dos Benefícios (pelo espírito Bezerra de Menezes)
• 1999 - Escada de Luz (CEU, por diversos espíritos, última obra publicada)
Frases

“Não há problema que não possa ser solucionado pela paciência.”

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”

“CONFIE SEMPRE
Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda Que Os Teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima De ti mesmo. Crê e trabalha. Esforça-te no bem e espera Com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá. De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança Em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação Da fé e prosseguir vivendo. Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite. Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte. Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.”

“Você nem sempre terás o que desejas, mas enquanto estiveres ajudando aos outros encontrarás os recursos de que precise”

"O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que
as pessoas escalassem o Everest ou fizessem
grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos
amássemos uns aos outros."

“A desilusão é a visita da verdade.”

"Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente."

“A questão mais aflitiva para o espírito no Além
é a consciência do tempo perdido.”

“Tudo que criamos para nós,
de que não temos necessidade,
se transforma em angústia, em depressão...”

“Não exijas dos outros qualidades que ainda não possuem.”

"Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta."

“Eu permito a todos serem como quiserem, e a mim
como devo ser.”

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Obrigada, pela visita. Beijos de luz violeta na alma.