27/09/2010

Tantrismo - Parte 1

Sexualidade Por: Gabriela Cabral - O tantrismo é uma doutrina criada na Índia no século VII, é um conjunto de práticas que prepara o corpo e a mente do homem para aumentar seu conhecimento sobre si mesmo e sobre a realidade que está a sua volta. Foi incorporado pelo hinduísmo e o budismo, pois acreditam que o corpo e o espírito não são duas entidades separadas fazendo parte de um mesmo todo sendo considerados divinos. As principais divindades do tantrismo são Shakti que é a energia feminina, ativa e símbolo da matéria e Shiva que é o princípio masculino, passivo que representa o espírito. O objetivo do tantrismo é unir Shakti e Shiva a fim de manipular a energia do corpo. Tal prática ficou conhecida como sexo tântrico.

O sexo tântrico dura pelo menos duas horas e caso dure menos que isso já se considera ejaculação precoce. Ele encoraja o homem a considerar a mulher como uma entidade divina a fim de evitar uma penetração rápida e brusca para que a ejaculação não seja o principal motivo da relação sexual. Pode-se dividir o sexo tântrico em algumas etapas:

• Preparar o ambiente para que a circulação da energia aconteça. É bom acender um incenso, o de sândalo e o de canela são os mais recomendados, colocar flores e frutas no ambiente com uma música bem calma e sensual.

• Aguçar os sentidos vedando os olhos do parceiro com um pedaço de seda. Os dois devem estar nus e a pessoa que está sem a venda deve aguçar o olfato do parceiro com vários cheiros, depois oferecer licores e frutas para aguçar o paladar. Para finalizar, deve-se tocar o corpo nu do parceiro vedado para que os outros sentidos sejam aguçados e então é retirada a venda para que se olhem nos olhos e em seguida se abracem para que sintam o corpo um do outro.

• A próxima etapa é para aguçar a energia sexual chamada kundalini. A melhor forma é ficando de pé com os pés abertos na largura dos quadris. Com a coluna reta e as mãos dadas, inspire mexendo a pélvis para trás e expire mexendo a pélvis para frente. A penetração se inicia a partir de tais movimentos que devem ser feitos olhando dentro dos olhos do seu parceiro.

• Para distribuir a energia para todo o corpo os parceiros sentam um de frente para o outro com as pernas entrelaçadas. Ao distribuir a energia passando as mãos nas costas do parceiro de baixo para cima, estarão prontos para o ato sexual. Quando estiverem bastante excitados, reiniciem os movimentos dos quadris para acumular mais energia. Dessa forma é possível atingir o objetivo do sexo tântrico que é o êxtase.

• No tantra os orgasmos são picos de êxtase uma vez que se chega perto do orgasmo e este é adiado. É a garantia de que o orgasmo será intenso e prolongado.


V.M. Samael Aun Weor (excerto tirado da obra O Matrimônio Perfeito)

A Magia Sexual (Luciano Machado, escritor, poeta e dramaturgo)

O Tantrismo, considerado a essência da yoga, é o desenvolvimento da energia vital através do ato sexual. Essa energia vital, denominada Kundalini, é a mesma energia sexual dinamizada e transmutada que sobe pela medula em direção ao cérebro, eliminando os casos de impotência ou ejaculação precoce, proporcionando com o tempo melhoria da inteligência, melhor qualidade de saúde, de raciocínio, criatividade artística e intelectual, cura do estresse e da depressão, alegria de viver, prazer e permanente sensação de bem estar. Isto sem entrar no mérito das implicações filosóficas, morais ou religiosas ocidentais que aconselham ou não o tantrismo como doutrina.

Esse método oriental da yoga tântrica consiste na prática do ato sexual entre casais que concordam mutuamente em relaxar antes do clímax e depois continuar, podendo o ato prolongar-se por horas a fio com prazer e sem cansar.

A vantagem funcional dessa prática é gerar e economizar o esperma dentro das suas glândulas e canais, fazendo-o circular, renovando-o e o tornando um combustível de alta qualidade energética para o bom desempenho do organismo e das faculdades psíquicas, neurológicas e cerebrais.

Tanto o homem como a mulher devem estar conscientes desse objetivo em comum que, antes de causar apenas o prazer proporcionado pelo orgasmo puro e simples, com o derramamento de esperma, é retê-lo e desenvolver um prazer maior e quase permanente, o da prática do ato sexual a qualquer momento e sem a necessidade de recompor energias.

Quem o pratica pode transar sem cansar por uma, duas, três ou mais horas, com prazer constante, sem a necessidade de aguardar ansiosamente pelo orgasmo comum, que não acontece, pois fica sob controle, mas é substituído por um estado de gozo permanente enquanto durar o ato, como uma espécie de “êxtase” prolongado.

Eu tive a oportunidade de comprovar a eficácia desse método ao conviver, em Porto Alegre, com um casal de amigos que o praticava havia já algum tempo e sobre o qual falavam abertamente comigo. Ela era professora (52 anos) e ele dono de uma loja de calçados (57). Transavam diariamente, em diferentes horários. E dava gosto de ver como se relacionavam bem, como se fossem um casal de namorados, com uma grande ternura espiritual, verdadeiramente felizes e apaixonados um pelo outro.

Como tinham apenas uma filha de l5 anos e não desejavam ter mais filhos, haviam começado a freqüentar um grupo de estudos de yoga tântrica que se reunia para assistir a aulas teóricas, sob a supervisão de um mestre que seguia os ensinamentos do indiano Rashneesh. Mas com o passar do tempo, infelizmente, esse mesmo grupo começou a desvirtuar a essência da doutrina e este casal resolveu se afastar.

Então continuaram praticando em casa, uma vez que as regras do tantrismo eram, e são, bastante simples de serem seguidas.
Tudo começa com as carícias preliminares. Depois vem o ato, propriamente dito, que deve iniciar-se o mais suavemente possível. Na medida em que a coisa for esquentando, ambos devem ir relaxando, conforme a necessidade de cada um para dominar o impulso do gozo, até adquirirem um perfeito e absoluto controle do prazer, prolongando-o indefinidamente.

No início podem ocorrer “acidentes de percurso”. Isso é normal. Se acontecer, com um ou com outro, devem ter paciência com a ligeira e agradável exaustão que sucede ao orgasmo. Mas vão precisar de algum tempo para recompor a energia perdida. E aí devem recomeçar tudo novamente. Até aprender.

Quando lograrem esse objetivo, de interromper o ato sexual no momento que desejarem e o retomarem quando quiserem, então estarão prontos para o adestramento dessa prática maravilhosa, cujos bons resultados serão obtidos com o passar do tempo.
Entre as muitas vantagens do tantrismo, também denominado alquimia ou magia sexual, está a eliminação natural da possibilidade de engravidar, para os casais que não desejarem ter filhos. Antes, porém, de o tentarem, recomendaria consultarem um especialista no assunto, lerem o método e tomarem conhecimento de eventuais reações adversas como eventuais dores de cabeça e outros pequenos mal-estares comuns aos iniciantes.

Na Índia existem três tipos de Tantrismo:

Primeiro: Tantrismo Branco.

Segundo: Tantrismo Cinzento.

Terceiro: Tantrismo Negro.

No Tantrismo Branco pratica-se Magia Sexual sem derramamento do sêmen. No Tantrismo Cinzento ora há derramamento do sêmen, ora não há derramamento do sêmen. Este gênero de Tantrismo conduz o devoto ao Tantrismo Negro. No Tantrismo Negro existe o derramamento do sêmen. Dentro do Tantrismo Negro encontramos os Dugpas de capacete vermelho, magos negros terríveis e perversos. Estes malvados possuem processos asquerosos para reabsorver o sêmen pela uretra, depois de havê-lo derramado miseravelmente.

O resultado é fatal, porque o sêmen, depois de haver sido derramado, carrega-se de átomos satânicos e ao penetrar novamente no organismo adquire o poder de despertar o Kundalini de forma negativa. Então, este desce para os infernos atômicos do homem e se converte na cauda de Satã. Assim é como o ser humano se separa para sempre do seu Ser Divino e se afunda para sempre no abismo. Todo aquele que derrama o Vaso de Hermes é Mago Negro devidamente reconhecido.

Na Índia, a Magia Sexual é conhecida com o nome de Maithuna, ou também com a denominação de Urdhvaratus Yoga, sendo que os seus praticantes são chamados Ordvaretas Yoguis.

Em todas as Escolas de Ioga, verdadeiramente sérias e responsáveis, pratica-se a Magia Sexual de forma secretíssima. Quando um casal de Iogues (homem e mulher) se acha bem preparado, são levados para um lugar secreto, onde são instruídos sobre o Maithuna (Magia Sexual).

Os casais se unem sexualmente para trabalhar na Grande Obra sob a vigilância de um Guru (Mestre). O homem sentado sobre uma almofada em atitude búdica, com as pernas cruzadas à moda oriental, entra em contato sexual com a mulher. Ela deverá sentar-se sobre as coxas do homem, envolvendo com suas pernas o tronco do homem. Ao sentar-se sobre ele deverá logicamente absorver o seu falo. Assim homem e mulher conectam-se sexualmente. Os casais de ioguins permanecem durante horas inteiras sem derramar o sêmen. É obrigação do iogue não pensar, quando se acha na prática de Magia Sexual.

Homem e mulher, nesses momentos, atingem o estado de êxtase. O casal fica assim profundamente enamorado. As energias criadoras sobem vitoriosas pelos seus respectivos canais até o cálice do cérebro. O desejo animal é rechaçado. Depois, o casal retira-se do ato amoroso sem haver derramado o sêmen.

Este modo de praticar Magia Sexual, ao estilo oriental, pode ser muito incômodo para a gente ocidental, no entanto é recomendável para aquelas pessoas que não conseguem refrear o ato para evitar o derramamento do Vaso de Hermes. Com esta prática podem treinar sexualmente os gnósticos para aprender a frear e evitar o derrame do sêmen. Os casais gnósticos não necessitam da vigilância física de nenhum Mestre, mas poderão invocar aos Mestres do Astral para que os ajudem. O casal deve estar a sós.

É importante que durante a prática de Magia Sexual não exista o desejo animal. Lembrem-se que o desejo e diabólico. O Eu é desejo. O Eu é diabólico. Onde existe o desejo não pode haver o amor, porque amor e desejo são incompatíveis. É necessário saber que o desejo produz engano. Quem deseja, pensa estar enamorado, sente-se enamorado e pode até jurar que está enamorado. Esse é o engano do desejo. Inúmeras vezes ouvimos os casais dizerem que se adoram. Mas, depois de casados, o castelo de cartas de derruba e fica a triste realidade. Os que se acreditam enamorados no fundo se odeiam e o fracasso, depois de satisfeito o desejo, é inevitável. Então, só escutamos queixas e lamentações, reprovações e lágrimas. Onde estava o amor? O que se fez do amor?

É impossível Amar quando há desejo. Só aqueles que já encarnaram sua alma sabem amar verdadeiramente. Pois o Eu não sabe amar, só a alma sabe amar. O amor tem seu clima próprio, seu sabor, sua felicidade. Isso só conhece quem já matou o desejo animal. Isso só sabe e experimenta quem já encarnou sua alma. O amor não se assemelha a nada daquilo que as pessoas chamam amor.

O que se acredita ser amor é tão somente desejo enganador. O desejo é uma substância enganosa que se combina maravilhosamente na mente e no coração, para fazer-nos sentir algo que não sendo amor, faz-nos crer firmemente que seja amor. Só a horrível realidade que se apresenta depois de consumado o ato e satisfeito o desejo vem demonstrar-nos claramente que fomos vítimas de um engano.

Acreditávamos estar enamorados e realmente não estávamos.

O ser humano ainda não sabe o que é Amor. Na realidade só a alma pode e sabe amar. O homem ainda não encarnou sua alma e por isso não sabe ainda o que é amor. Satã não sabe o que é o Amor. A única coisa que o ser humano tem encarnada atualmente é Satã (o Eu). O ser humano não sabe amar.

O amor só pode existir de coração para coração, de alma para alma. Quem não encarnou sua alma não sabe amar. Satã não pode amar e é exatamente isso o que o ser humano tem encarnado. O Matrimônio Perfeito é a união de dois seres, um que ama mais e outro que ama melhor. O Amor é a melhor religião que o ser humano pode chegar a professar.

O desejo é uma substância que se decompõe em muitas substâncias, as quais conseguem enganar a mente e ao coração. Aquele que se desesperar porque sua mulher fugiu com outro homem, na realidade não estava enamorado. O amor verdadeiro não exige nada, nada pede, não deseja nada, não pensa em nada, pois só quer uma coisa: a felicidade do ser que ama. Isso é tudo. O homem que perde a mulher que ama só exclama "Sinto-me feliz por você ter encontrado a sua felicidade. Ainda que seja com outro homem, isso é motivo suficiente para que me sinta feliz".

Desejo é outra coisa. O apaixonado que perdeu a mulher que amava e que se foi com outro pode chegar a matar e a matar-se também, pois cai no mais horrível desespero, em virtude de ter perdido o instrumento do prazer. Isso é tudo.

Com efeito, o verdadeiro amor só é conhecido por aqueles que já encarnaram sua alma. A humanidade ainda não conhece isso que se chama Amor. Na verdade o Amor é como um menino inocente, é como um cisne de lívida plumagem. O Amor se parece com os primeiros folguedos da infância. O Amor não sabe nada porque é inocente. A melhor sabedoria é não saber nada. Ao dissolvermos esse horrível espectro (o Eu) que continua depois da morte, então nasce em nós isso que se chama Amor. Ao chegarmos a esse estado, recobramos a inocência perdida.

Atualmente, o ser humano só tem encarnado um embrião de alma, o qual lança, às vezes, algumas centelhas de amor. A mãe que adora seu filho é um perfeito exemplo disso que se chama Amor. O embrião de alma pode robustecer-se com a chama bendita do amor.
O homem e a mulher às vezes chegam a sentir as radiações do Amor que brotam do embrião da alma, mas afogam-nas imediatamente com as violentas e terríveis paixões que Satã lhes dá. Se cultivarmos essas divinas vibrações do amor, podemos então fortificar e robustecer o embrião de alma para viver com intensidade, mais tarde, isso que se chama Amor.

O amor robustece o embrião de alma e assim é como conseguimos a encarnação da alma.

Raríssimos são os seres humanos capazes de sentir as divinas vibrações amorosas que se irradiam do embrião de alma. Normalmente, o que a humanidade sente são as forças do desejo. O desejo também canta e se transforma em romances e ternuras infinitas. O desejo é o veneno mais enganador que existe em todo o cosmos. Todo aquele que é vítima do grande enganador pode jurar que está enamorado.

Homens e Mulheres: convido-vos ao Amor. Segui os passos daqueles poucos que no mundo souberam amar.

Deuses e Deusas: amai-vos no encanto nupcial do paraíso. Felizes os seres que se amam verdadeiramente. Somente o Amor pode converter-nos em Deuses.

Shiva e Shaktí - O Tantrismo (João Camacho, Yôgachárya)

Tantra é uma filosofia matriarcal, sensorial e desrepressora.

É o nome dado aos ensinamentos antigos, de transmissão oral (parampará), do período pré-clássico da Índia, época proto-histórico, com mais de 5 000 anos, pois no dizer de Mokerjee e Khann Tantric ritual-simbols are found in Harappan Culture (Indus Valley) Civilization, c. 3000 BC) in the form of Yogic postures, and in the Mother and the fertility cult.
A Índia era habitada, naquela época, proto-histórica, pelo povo drávida, cuja sociedade e cultura, de alto nível, eram matriarcais, sensoriais e desrepressoras, ou seja, era uma civilização tantrika.

O tantrismo era um gupta vídya - conhecimento secreto.

Nesta sociedade matriarcal la propriété, la maison, les terres, les serviteurs appartiennent aux femmes e o homem não passa de um fécondateur, un errant qui s`intéresse aux arts, à la guerre, au jeu, ou bien se consacre à la vie intellectuelle ou spirituelle.

As mulheres eram proprietárias dos meios de produção, situação comum a muitas sociedades primitivas urbanas e agrícolas. A importância económica preponderante da mulher, a descendência matrilinear, ou seja, a linha de descendência feita por referencia à mãe, leva a que a sacralidade feminina passe a primeiro plano.

A fertilidade da terra é solidária da fecundidade feminina. As mulheres são responsáveis pela abundância das colheitas, pois só elas é que conhecem o mistério da criação. É um mistério mítico e religioso, porque governa a origem da vida, da alimentação e da morte. A Terra Mãe reproduz-se por partenogénese. A mulher, qualquer das mulheres, comunga desta capacidade e reproduz-se, dá vida a outro ser também por partenogénese. Pelo menos assim o pensavam.

A sacralidade feminina, já conhecida no período paleolítico, com a agricultura, aumenta o seu poder, tornando-se dominante. A sacralidade feminina conduz

à sacralidade da sexualidade e conduz à orgia ritual. A mulher, a sexualidade, os ritmos lunares, o mistério da vegetação, da morte e renascimento cíclico, sazonal, com uma espantosa multiplicação pós-morte, estão interligados entre si num simbolismo e estrutura antropocósmica. E parece que o que causou a crescente sacralidade da mulher não terá sido propriamente o fenómeno da agricultura, mas o mistério do nascimento ® morte ® renascimento, identificado no ritmo da vegetação.

Neste povo, que vivia no meio cultural e mítico descrito, surgiu o Tantra, como filosofia de vida, de comportamento, que é.
O tantrismo, sendo assim uma filosofia matriarcal, logo sensorial, desenvolveu técnicas relacionadas com o respirar, comer, excretar, dormir, ter mais saúde, mais beleza, mais juventude, mais longevidade, mais prazer e melhor sexualidade.
Alguns autores equivocadamente dizem que o Tantra só terá surgido no séc. VI, outros no séc. VIII, porque só nesta época é que surgiram as Escrituras sobre Tantra. Mas, na verdade, é muito mais antigo, e está em estreita associação com o proto-Yôga (….). Na verdade, os mestres tântricos acentuam que, não obstante suas doutrinas sejam recentes, elas não são criações totalmente novas, mas apenas reinterpretações da sabedoria sagrada

Assim, estes textos, recentes, são os Tantras.

Já o Tantra é a mais antiga, rica, poética e artística tradição cultural da Índia.
Hay um tantrismo popular (….) pré-vêdico, extremamente antiguo y que se concentra en torno del culto de las Diosas Madres, las que se hallan en todas as partes.
Porém a partir do séc. VI foi uma moda na Índia, que influenciou a sociedade, a arte, a filosofia, os costumes, a religião e a ética de forma profunda.
Os Tantra, costumam ter uma divisão quadrupla:

Jñanapada - a gnose; a doutrina;
Yôgapada - o ensino sobre a prática de Yôga;
Kriyápada - actividades rituais
Charyapada - ensinamentos sobre comportamento; regras de vida.

Os Tantra são escritos sob a forma de diálogos entre Shiva e a sua esposa Shaktí. Quando, nestas conversas Shiva ensina a Shaktí, a escritura tem o nome de ágama. Quando o ensinamento é transmitido pela Shaktí, que assume o nome de Bhairaví, sendo o discípulo Shiva, então têm o nome de nigama.

Os ágama são considerados ainda mais antigos que os Vêda.

Os Tantra são mais de 200 livros, com um milhão e meio de shloka, que são estrofes com quatro versos de oito sílabas. Os mais conhecidos textos são os Mahanirvanatantra, Kulanarva Tantra, Tantrakaumadí, Shaktísangana, Rudrayámala, Káliká, Tantrasattva, Syama Rahashya, Mantra Mahôdadhi, Sharadatika e Satchakranirupana.

Existem três linhas de tantra e sete escolas principais. A nossa linha de Yôga baseia-se nas raízes dakshinacharatántrika, linha branca, mão direita, a mais antiga. Não utiliza fumo, drogas, álcool, carnes e recomenda contenção de orgasmo. As outras linhas são a negra, ou de mão esquerda, própria da Idade Média, e a cinzenta. As sete escolas são:

1 - Dakshinacharatantrika (tantrismo branco);

2 - Vamacharatântrika (tantrismo negro);

3 - Vêdacharatântrika;

4 - Vhaisnavacharatantrika;

5 - Shaivacharatantrika;

6 - Siddhantacharatantrika;

7 - Kaulachara tantrika (tantrismo cinzento).


É uma filosofia que nega e condena o sistema de organização social por castas, predominante na Índia durante milénios. É uma filosofia de liberdade. Por isso foi condenada e perseguida pelo opressor ariano, após este ter invadido e escravizado o povo drávida.
A palavra tantra em si tem vários significados:

a) - Desde logo significa aquilo que é regido por uma regra geral, mas também é a maneira correcta de fazer qualquer coisa. Poderá significar ainda autoridade, prosperidade, riqueza, encordoamento (de um instrumento musical).

b) - É aquilo que esparge o conhecimento.

c) - É o conhecimento relativo a tattwa (verdade) e mantra (ciência do som e ultra-som).

d) - Tantra também significa tecer, tecido, trama ou teia do tecido, pois para o tantra o Universo é um tecido onde tudo imbrica, tudo se interrelaciona, tudo actua sobre tudo; mas ainda continuidade, sucessão, descendência, ou processo contínuo.

e) - Significa também sistema, teoria, doutrina, obra científica, secção de uma obra. Também é a designação de qualquer doutrina ou obra que se inspire nesta filosofia.

f) - Tantra resulta de tantri, explicar, expor, pelo que pode também designar um tratado sobre um determinado tema, mesmo que este nada tenha que ver com o tantra.

g) - Tantra também designa toda a doutrina não vêdica.

h) - Tantra resulta ainda do radical tan (estender, esticar) e do sufixo tra (instrumentalidade), pelo que temos tantra como instrumento de expansão da consciência a níveis supraconscientes.


Tantrismo hoje (http://swaramadra.sites.uol.com.br/swaramadra-tantrismo.htm)

Referimos ao Tantrismo em virtude da constatação de um verdadeiro desmoronamento dos valores tradicionais. O ensinamento tântrico é capaz de nos instruir sobre as razões e conseqüências inevitáveis da crise espiritual esclarecendo os aspectos positivos.

A energia é na verdade a palavra mestra do ensino preconizado pelos Tantras.

O Tantrismo propõe-se a despertar essa energia, e elevá-la a seu mais altograu de intensidade a fim de superá-la e dominá-la. O Tantrismo não ignoraos impulsos sexuais, ao contrário ele os enaltece e os proclama como a mais bela e expressão da energia divina.

"A energia do desejo não pode ser ignorada, o Tantrismo propõe a seus adeptos que reconheçam essa energia vivendo-a e dominando-a para fins espirituais."

Os Tantras são catégoricos, a energia é a mulher. Esta encarna a manifestação máxima e transfigurada da energia original.

O Tantrismo é a única espiritualidade indispensável a toda liberação interior da união do homem e da mulher. Tantrismo não provoca lutas contra os sexos, lutas de rivalidade e grosseira, ao contrário, ele se baseia na realização de uma complementaridade indestrutível, essencial.

Para definir adequadamente o projeto tântrico, evocaremos por simbologia a figura de uma cruz.

No alto situa-se a força original, fundadora; ela desce ao longe do eixo vertical para se manifestar no mundo sob a forma de um desejo, da atração passional, sexual e amorosa. O homem a mulher localizam-se respectivamente à esquerda e a direita no plano horizontal. Sua união realizada segundo os ritos sexo-mágicos ensinados nos Tantras, permite à energia, que estava de certo modo caída, absorvida na matéria e na carne, remontar à sua fonte. Essa energia reanimada, despertada, transfigura o corpo- espírito dos dois adeptos que têm acesso à situação máxima, à libertação imediata do julgo dos condicionamentos, das ilusões perturbadoras peculiares à condição humana...

Nunca o conflito entre os sexos conheceu tamanha exacerbação, mas também que jamais conteve potencialmente uma carga espiritual tão forte. Cabe, pois aos homens e às mulheres "esclarecidos" saber identificar a manifestação dessa energia sob a forma conflitante do desejo e interpretá-la metafisicamente, em termos não mais antagônicos, porém complementares e, em conseqüência, assimilar essa manifestação com a possibilidade de uma transfiguração.

UMA VIA ESPIRITUAL DESTINADA AOS HOMENS DA IDADE NEGRA

Os instrutores tântricos dirigem seus ensinamentos aos indivíduos nascidos na Kali-yuga, a Idade Negra. Estamos vivendo na última idade em que as forças elementares predominam, é uma idade de indistinção, sujeita à forças materiais. A energia original se interna progressivamente na matéria, se trata de um processo de evolução cósmica; Os sábios tântricos se apoiam não somente numa visão interior, graças a meditação e ioga, mas também na ciência cosmológica.

Nos tratamento eles descreveram o processo da involução da energia, identificada com o espirito original, que acabou por se esquecer de si mesma à medida que vão pensando os elementos materiais. Com adormecimento, o torpor do espirito, que eles vão desenvolver um sistema de pensamento, para despertar forças vivas do ser. Poderíamos definir o tantrismo como a via privilegiada da volta à origem.

A CONVERSÃO

Os mestres tântricos exigem que seus discípulos que ajam e que executem uma prática, a fim de cortar, um a um, os laços que aprisionam o homem no mundo fenomênico. Outras espiritualidades respondem diferente esses problemas metafísicos, recomendam uma espécie de retirada do mundo e de interiorização contemplativa.

tantra3Na Índia o sistema sectário das castas, ousou difundir uma doutrina de despertar espiritual a todos, sem distinção de raça, sexo, ou classe hierárquica (o lugar concedido às mulheres "extracasta" é um exemplo, levando-se em conta o contexto cultural). O tantrismo se dirige a todos, ensina uma via aberta. A via dos tantras recobre a existência comum e tende despojar todos os seus condicionamento para que dela faça jorrar uma energia nova desembaraçada de sua ganga espessa, escura. O desejo é um verdadeiro veneno, em nível mais baixo, que acaba fazendo com que o homem em suas implicações cause a sua perda e a sua queda definitivamente na ignorância. O tantrismo afirma que podemos se libertar graças a próprias condições dessa queda. Não é refreando o seu desejo ou obedecendo estupidamente que a condição humana pode exprimir verdadeiramente, mas sim desenvolvendo esses desejos, dando-lhes oportunidade para se manifestar livremente.

O TANTRISMO CONVERTE O VENENO EM REMÉDIO

O Tantras são explícitos quando à natureza dessa transgressão. Astransgressões radicais de proibições morais, de tabus culturais, etc., não significam grandes coisas aos tantras, e é isto, o mais importante, o valor espiritual das transgressões são bem atuais...

Os Tantras afirmam ser capazes de se libertar espiritualmente dos liames daservidão material praticando conscientemente atos que causam a perda dos ignorantes. A prática tântrica garante a transformação do veneno em néctar de imortalidade.

A SADHANA TÂNTRICA

O Tantrismo é uma via em que a ascese, as técnicas psicofisiológicas e as posturas corporais desempenham um papel determinante para êxito do empreendimento; mas sua diferença se instaura radicalmente graças a uma singular promoção do desejo e do gozo.

A sadhana se entrega à experimentação dos condicionamentos, dos impulsos, dos desejos constitutivos da condição humana. Em de refrear os instintos "primários", a sadhana os intensifica continuamente, a fim de despertar as energias originais envolvidos na matéria.

O elogio ao corpo implica uma redescoberta maravilhosa da sexualidade banalizada, reduzida ao gozo ordinário e à procriação instintiva. Segundo os Tantras, os homens jazem entorpecidos no seios de uma força enrodilhada sobre si mesma; e o tantrismo afirma que pode impulsionar essa força no sentido de libertar os seus adeptos.

A supremacia concedida ao desejo sexual como fonte de despertar devia levar infalivelmente a uma nova valorização da mulher, à perfeição espiritual da sua essência, atribuindo às mulheres a manifestação máxima da energia .

Os instrutores tântricos aprofundaram consideravelmente o papel metafísico da feminilidade ao criar o conceito decisivo da shakti.

A SHAKTI

A shakti é um termo fundamental da doutrina, designando tanto a energiaoriginal quanto a força pura das quais cada mulher é potencialmente a encarnação. Toda perspectiva da sadhana tântrica orienta-se no sentido dodespertar e da posse transcendental dessa energia; o adepto só prática sua ascese com este objetivo único; unir-se à shakti "interior" ou "exterior".

A realização da sadhana não pode ser comparada a uma relação sexual,"natural", normal, horizontal, tendo em vista apenas a satisfação efêmera. A união tântrica realiza a complementaridade de dois princípios metafísicos, ultrapassando largamente a própria pessoa dos dois adeptos (que talvez nunca mais se reveja). As técnicas de união sexual ensinadas pelos tantras, as condições drásticas que elas requerem da parte dos parceiros, nada têm em comum com atos "primários" onde prevalece a exigência única de um impulso degenerado.

Ademais, as posturas corporais - asanas -, as atitudes exigidas por ocasião -maithuna - seguem um sentido exatamente inverso ao das "convenções" sexuais correntes.

A KUNDALINI

A energia ou shakti se manifesta não somente no mundo fenomênico, como força desgarrada ou degradada, mas também no corpo humano. A sadhana é praticada essencialmente com o fito de despertar essa shakti.

O despertar do kundalini - pelo menos a sua tentativa - não poderia ser feito razoavelmente sem uma direção espiritual contínua, permanente econfiável. As tentativas, sempre possíveis, de solicitar essa força para fins pessoais não só estariam infalivelmente fadadas ao mais pungente fracasso como ainda poderiam causar, em muitos casos, danos corporais, psíquicos e fisiológico irreparáveis.

Antes de concluir esta breve exposição dos princípios fundamentais da doutrina tântrica, é indispensável precisar que o despertar da kundalini se efetua no fim de duas vias relativamente distintas: a via da mão direita e a via da mão esquerda.

A primeira diz respeito aos adeptos que desejam pôr em ação essa força pela prática iogue, sem jamais recorrer a uma relação sexual real. A Segunda é praticada pelos tantristas que esperam dominar essa força após despertá-la a uma união física com uma pessoa do outro sexo.

A sadhana tântrica exige, em ambos os casos uma longa ascese preparatória e o acionamento de manipulações psicofisiológicas temíveis executadas obrigatoriamente sob a direção de um mestre competente.

Tanto os princípios do Tantrismo autorizam hoje em dia a reflexão do homem"moderno" e podem esclarecer certos aspectos da crise dos valores que ele está atravessando, quando a verdadeira prática tântrica lhe continua interdita na falta de uma supervisão espiritual adequada.

A HISTÓRIA DO TANTRISMO

A nosso ver o Tantrismo deve ser representado como um Renascimento Espiritual pelo surgimento de crenças religiosas ancestrais que outrora sedesenvolveram na terra milenar da Índia, mas que foram asfixiadas, ocultas pelo gênio espiritual dos indo-arianos.

Com efeito, é doravante patente que o Tantrismo, tal como floresceu e se codificou na Índia medieval, se baseia na emergência de crenças bem anteriores a ele e às quais se podem acrescentar influências budistas.Assim, a figura arquetípicada Grande Deusa (Kali), de Shiva dançando (Shiva-nataraja), os costumes transgressivos, os sacrificíos de animais e àsvezes humanos, antes de constituírem elementos culturais importantes dotantrismo, presidiram aos ritos das populações autóctones dradivianas.

O Tantrismo não se afirma em mensagens reformistas, mas sim numa transformação psicofisiológica dos condicionamentos humanos.

Por volta do século IV, que apareceu o Tantrismo, porém seria difícil falar de toda tradição e ensinamento dos tantras porque já existe há vários anos e que vai passando de mestre para discípulo de forma oral. É de se supor que os mestres ordenaram essa publicação menos por preocupações de proselitismo do que por vontade de testemunhar, diante da degração cultural peculiar a Kâli-yuga, uma espiritualidade autêntica.

Em breve o Tantrismo se espalhou como um rastilho de pólvora através dos setores da vida em cultos e ritos que eram feitos secretos e subterrâneos, porque os dominantes brâmanes davam um desprezo para que eles chamavam de heresia.

OS TANTRAS

Tantra é uma palavra sânscrita cuja raiz, TAN, significa: estender- continuar- multiplicar- sucessão- desenvolvimento- processo contínuo.

Segundo essa acepção, um tantra seria "aquilo que aumenta o conhecimento".

Os Tantras buscam transcrever o mais fielmente possível essa tradição pedagógica, o Tantrismo conhece então um triunfo doutrinário incontestável e absorve parte dos ritos e cultos hindus. O apogeu dos textos conhecidosocorre por volta do ano mil, assim o Tantrismo passa a conhecer triunfos doutrinários incontestáveis e absorve parte dos ritos e cultos hindus, difundindo-se por Tibete, Nepal, Japão etc.

A essência dessas crenças só pode ser compreendida em relação com o culto da Sakti e a exposição das técnicas de despertar da Kundalini.

Sobre historia do tantrismo
(http://mortesubita.org/jack/magiasexual/livros-sexuais/feiticaria-sexual/a-historia-do-tantrismo)

Os traços mais primevos de Magia Sexual são encontrados na adoração pré-histórica da Grande Mãe, cuja natureza era celebrada na mudança das estações e cuja presença era experienciada através de fenômenos naturais. Esta forma primitiva de Magia Sexual era basicamente animista e traços de seu simbolismo gerador e religioso têm sido encontrados e datados até por volta de 18 mil anos a.C. nas paredes de cavernas do Paleolítico. Exceto por estes traços precoces, os primeiros registros de adoração tântrica são encontrados numa região conhecida como a Tartária.

A Tartária

Uma idéia predominante na antropologia moderna é que a disseminação do pensamento e práticas Xamânicas e Tântricas originaram-se de uma área central de difusão. A região mais favorecida por aqueles que abraçam esta teoria é a do deserto de Gobi. Tal deserto é uma terra de lendas e magia, era conhecida pela tradição como a terra dos Tártaros ou Tartária. Embora haja pouca informação restante a respeito deste título, menciona-se sobre a terra grega de Tartarus, que existia nas areias profundas e sem sol além de Hades, para onde os Titãs haviam sido banidos por um Aeon. Em sua 'Doutrina Secreta' Blavatsky sugere que a Tartária era o lar da Grande Fraternidade Branca e que já havia sido um grande mar continental, no centro do qual residiam os remanescentes da raça que nos precedera e que detinha grande poder e sabedoria. Portanto, na literatura Teosófica, a Tartária é vista como o ponto de difusão para a sobrevivência de uma raça de uma época muito antiga.

Esta teoria não é apenas encontrada na literatura teosófica, de fato muitas tradições sustentam uma idéia similar e a lenda da Tartária em si mesma pode encontrar paralelos nas lendas de Thule no misticismo nórdico, a fabulosa lenda de Dilmun no pensamento sumério e a terra da Grande Fraternidade Branca, que era conhecida como Agharti Shamballa. Shamballa é o título dado à Tartária nas lendas do oriente, é dito que esta era a terra dos deuses, que ensinaram a mais antiga Gnosis aos discípulos humanos. Uma estranha lenda é também contada sobre o que aconteceu com Shamballa, é dito que uma batalha irrompeu entre os praticantes do CMD de Shamballa e os praticantes do CME de Agharti. Tal batalha teria durado vinte anos com o resultado do desperdício das terras, restando o que vemos hoje no deserto de Gobi. A sobrevivência do Tantra se deu com os Agharti indo viver no subsolo e levando consigo os segredos, durante muitos anos fundindo os mistérios do CMD e do CME e propagaram estes ensinamentos aos preparados através dos antigos e secretos Tantras. Esta propagação de ensinamentos também tomou lugar pela migração dos remanescentes destas fabulosas civilizações através de Uddiyana.

A Uddiyana

A Uddiyana é uma região localizada no vale Swat no norte do Afeganistão, acreditando-se ser esta a região que recebera alguns dos remanescentes de Agharti, sendo também dito que outros esconderam-se no subsolo para formar uma colônia nas profundezas da terra. Em Uddiyana o ensinamento do Tantra floresceu e foi desenvolvido numa fina arte, há rumores de que Uddiyana era governada por mulheres e que era conhecida como Stri-Rajya, o reino das mulheres. Em Uddiyana foi usada a sabedoria do Tantra com uma nova fúria religiosa, sendo a sabedoria secreta ensinada através de um sistema de iniciação em graus em conclaves fechados. Nestes conclaves eram praticadas as artes da adoração Fálica, magia, tantrismo, YabYum, ritos heterossexuais e homossexuais e uma grande variedade de outras formas de feitiçaria. Tsiuen Tsang (por volta de 650 d.C.) escreve sobre as seitas por ele encontradas em suas jornadas através destas regiões. Ele nos conta sobre um mundo estranho de monastérios regidos por mulheres, promiscuidade sexual, trabalho criativo e artes de magia. A religião Uddiyana teve uma fantástica influência na formação da filosofia tântrica, não apenas a espalhando para os reinos de Bengala e Assam, onde estas artes foram finalmente refinadas para um novo nível de sutileza, mas Uddiyana produziu uma longa lista de mestres e discípulos. Algumas das mais notáveis 'crianças de Uddiyana' incluem Chang Tao Ling (+ 200 d.C.), o fundador do Taoísmo moderno, Shenrab (+ 500 d.C.), sistematizador da religião tibetana Bon Po e Matsyendra (+ 800 d.C.) fundador da seita Natha.

Alquimia Sexual Chinesa

Os ensinamentos do Tantra chinês tomam a forma de Alquimia Sexual, sendo sua origem não plenamente determinada. Entretanto, a influência de dois mestres de magia, Hsuang Ti e Lao Tse, teve o profundo efeito de trazer os ensinamentos do Tantra chinês para um cânone mais organizado e refinado. Lao Tse foi o autor do Tao Teh Ching e fundador do Taoísmo, sendo este um intrincado sistema de misticismo baseado nas interações do Yin e do Yang, as duas energias cósmicas opostas primais, ainda que complementares. Estas interações do Yin e do Yang são tratadas no I Ching e formam a base do conhecimento terápico, mágiko, místico, filosófico, do controle da respiração e das secreções, extensão da saúde e outros aspectos do sistema chinês de alquimia. Embora possa ser realmente difícil retratar a Lao Tse muita de 'sua' filosofia, sua vida tornou-se uma lenda, sendo iluminador o estudo de seus ensinamentos. Chang Tao Ling oferece um sistema centrado no entendimento sexual da alquimia chinesa e esquematiza um programa detalhado de trabalho de fisiologia sexual, ritualística e ocultismo.

A Religião Bon do Tibet

tantra1Há rumores lendários que um dos portões da tribo remanescente de Agharti, agora vivendo dentro da terra em cavernas subterrâneas, está no Tibet. O Tibet é uma nação de mágika e ritualística, sendo a religião Bon a sobrevivente das práticas xamânicas nativas na forma externa do Budismo. Foi primeiramente sistematizada por Shenrab por volta de 300 d.C., que formou um sacerdócio tântrico e um cânone autorizado. Há dez graus distintos no Sacerdócio Bon, sendo o décimo não registrado e conhecido apenas pelos mais altos adeptos, enquanto que os outros nove são abertos para a classe de sacerdotes genéricos. Embora eles envolvam um sistema extremamente complexo de demonolgia e ritual, seu poder não pode ser negado. As tradições do Bon cobrem um espectro completo de prática oculta incluindo artes divinatórias, oráculos, exorcismo, evocação, vampirismo, teorias post-mortem, como a do Bardö (o estado após a morte), tratando de 360 formas de morte e muito mais. Em 750 d.C. uma revisão da religião Bon tomou lugar sob a orientação de Padma Sambhava, o então príncipe de Uddiyana. O Bon foi reorganizado numa linha com vários sistemas de Tantra de Uddiyana e foi então formulado num sistema mais refinado de prática mágika e tântrica. O Tantrismo no Tibet é associado com muitas artes obscuras de feitiçaria e portanto afastado por muitas das seitas budistas mais ortodoxas. Contudo, mesmo os Dalai Lamas envolveram-se em muitas de suas práticas. O quinto Dalai Lama, por exemplo, que morreu em 1680 d.C. estudou profundamente os mistérios do Tantra, sendo que muitas das suas canções e poemas de amor ainda são estudados por muitos magos sexuais. Diz-se que quando ele foi questionado a respeito de seu uso de ritos sexuais, ele disse :

"Sim, é verdade que eu tenho mulheres mas você que acha-me errado também as tem e a cópula para mim não é a mesma coisa para você."

O Tantra na Índia

Há histórias de cultos fálicos primevos e ritos de fertilidade na Índia, entretanto, até a migração dos Uddiyana via Kashmir e Himalaia para Deccan no sul e Bengala no leste, o Tantrismo não havia realmente começado a firmar-se nas mentes e corpos do povo hindu. Em Bengala a tradição do Tantra era a mais forte, que até linhagens de reis, os Palas (760 - 1142 d.C.) e os Senas (1095 - 1119 d.C.) fundaram um grande número de escolas e universidades tântricas. Durante este período até mesmo as côrtes reais tinham seus astrólogos residentes e altos sacerdotes tântricos, apenas no fim do século treze isto foi destruído com as invasões de hordas muçulmanas.

Os mistérios tântricos, contudo, ainda sobrevivem em várias seitas secretas e semi-secretas da Índia. As duas mais importantes destas seitas tântricas budistas são a Kalachakra (Culto da Roda de Kali) e a Vajrayana (Culto do Trovão). À parte de seitas hindus, existem muitas, a tradição tântrica no hinduísmo é excepcionalmente forte e toma uma grande variedade de formas, algumas destas sendo os Shaivitas (Culto a Shiva), Shaktitas (Culto a Shakti), Sauras (Culto a Shani ou Saturno), Kaulas (Culto a Kali) e os Ganapatyas (Culto a Ganesha). Além disso, há várias derivações, por exemplo, dos Shaivitas derivam os Lakulishas, que adoram Shiva como o senhor do cajado, e os Pashupatas, que adoram Shiva como o senhor das bestas, cada uma enfatizando diferentes facetas do mesmo sistema religioso.

Primórdios da Magia Sexual Ocidental

Os ensinamentos do Tantra vagarosamente passaram ao ocidente, sendo os registros mais antigos os trabalhos de Edward Sellon por volta de meados do século XIX e os muitos textos escritos por John Woodroffe. Sir John era um juíz de alto escalão em Calcutá, que traduziu para o inglês a maioria dos textos originais de tantrismo pela primeira vez. Vintras (1875), Boullan (1893) e Van Haecke (1912) foram alguns dos mais velhos ocidentais a revelarem um completo sistema de magia sexual. Seu sistema era baseado no uso de ritos sexuais em conjunção com a criação de formas astrais, incluindo o que eles chamavam de 'Humanimaux', elementares meio animal, meio humanos. Seu sistema enfatizava a possibilidade de imortalidade através da sexualidade e usa um largo espectro de técnicas sexuais. Vintras pode ser entendido como tendo reavivado uma tradição ocidental esotérica de magia sexual, cuja origem pode ser rastreada de volta ao Gnosticismo do primeiro século da era cristã. Embora haja pouca imformação disponível parece que um sistema baseado numa síntese de conhecimento mágiko e sexual da Tartária estava sendo ensinado por várias fraternidades na região do Mar Morto.

Estas fraternidades, uma das quais era conhecida como 'os Essênios', estavam envolvidas num sistema de magia muito parecido com os ensinados no Tibet e na Índia. Já está demonstrado que Jesus foi iniciado numa destas fraternidades e que muito do Gnosticismo original formou-se desta maneira. Certamente os trabalhos de John Allegro decifram muito do Novo Testamento através deste elemento tântrico. O problema é que os ensinamentos gnósticos de Jesus foram suprimidos e um evangelho mais social foi colocado para o público. Por sorte, contudo, o professor Ormus ( 6 d.C.) renovou o ensinamento da doutrina tântrica e permitiu sua sobrevivência até quando os Cavaleiros Templários e a Ordem de Sião tomaram esta tarefa. Outras ordens mais tardias de orientação Rosacruz e Maçônica também levaram adiante o ensinamento em segredo. O tantrismo de Randolph Paschal (1875) demonstra uma mistura de tantrismo gnóstico e tártaro. Tendo viajado bastante, desenvolveu um sistema ocidental de tantra, que mais tarde foi adaptado na estrutura maçônica da OTO original.

O Trabalho de Gurdjieff

Gurdjieff viajou através das regiões da outrora Suméria, da Mongólia e do Tibet e foi treinado pelo mestre Karagoz, um dos últimos mestres remanescentes do Tantra da Tartária. Após radicar-se em Paris, Gurdjieff desenvolveu e ensinou um sistema baseado numa síntese de dança e misticismo Sufi bem como na Gnosis Tântrica original. Seu comportamento sexual era selvagem e imprevisível, muito parecido com seu contemporâneo Aleister Crowley. Seu sistema sobrevive ainda hoje e oferece muito ao estudante de magia moderna.

Aleister Crowley e a O.T.O.

A Ordem do Templo do Oriente foi formada em 1902 por Karl Kellner, baseada no arcano tântrico esquematizado nos trabalhos de Randolph Paschal. A estrutura da ordem utilizava um sistema de dez graus, os seis primeiros sendo maçônicos, com o conhecimento sexual sendo revelado apenas nos quatro graus restantes e mesmo neles, numa forma muito mais teórica que prática. Após um breve período de existência veio a cair sob supervisão de Aleister Crowley, que inovou seus ensinamentos de um misticismo pseudo-maçônico para uma Magia do Novo Aeon. Ele também adicionou um grau extra, o décimo primeiro grau, de acordo com certos requerimentos tântricos específicos. A nova OTO como construída por Crowley marcou o ressurgimento da tradição original tântrica da Tartária.
A história da OTO após seu óbito parece extremamente confusa, deixando a impressão que ele assim o quis, sendo seus estudantes desta maneira forçados a permanecerem 'em terra'. Embora haja várias reclamações sobre o título da OTO, não é nosso objetivo adentrar uma consideração sobre as várias reclamações de validade, ou falta dela. Após o óbito de Crowley, um vórtice astral foi criado para segurar o conhecimento da magia sexual. Este vórtice, escola ou loja é conhecido como o Santuário Soberano Astrum Argentinum. Esta loja tem muitos representantes físicos, embora qualquer um reclamando autoridade, baseado em qualquer evidência, física ou astral, deve ser duvidado. A Astrum Argentinum confirma o Tantra Tártaro bem como esquemas de vários derivativos da magia sexual como encontrados nos sistemas hindu e chinês. Esta corrente confirma os ensinamentos de Agharti e sua aparição posterior no mito de Shaitan dos Yezidis e no Tantra Draconiano do Antigo Egito.
A Magia Sexual obscura de Agharti reapareceu novamente, num sistema que une técnicas tanto simbólicas quanto físicas e que formula uma nova e pura ética baseada na beleza e majestade do Santuário Mais Interno da Vontade.
Sua mensagem é clara, o caminho da liberdade está contido dentro de nossas mentes e corpos, não há necessidade em se olhar além!

Tantrismo: Tantrismo uma religão do Sagrado Feminino (http://pistasdocaminho.blogspot.com/)

A Maioria dos ocidentais usa a palavra "Tantra" para cobrir a sagrada e acentuada sexualidade. Tantra, como prática medicinal no Oeste, referido como "neo-Tantra", pede emprestado de muitas tradições incluindo Taoísmo, Hindu Tantra, Quodoshka Americano Nativo, Africano, Polynesian, Wiccan, Gnosticismo Cristão, etc. O Real "Tantrismo" é uma disciplina espiritual rigorosa de vasto campo de estudo, sendo uma pequena parte porém, importante o aspecto sexual. Experiências Místicas de alterados estados de consciência resultam em muitos dos processos, especialmente o procedimento de utilização da energia sexual.


Tantristas usam o princípio do ritual de sublimação dos impulsos naturais para atingir alterados estados de consciência. Peritos do Tantrismo são treinados para usar todas as suas energias diretas para a conquista da Eternidade. A satisfação ritual de luxúria e o consumo dedicado de carne ou licor são esotericamente meios significantes de compreender a unidade de carne e espírito, do ser humano e do astral. Eles não são considerados pecaminosos e agem, ao contrário, como meios efetivos de salvação. A Cópula Ritual está, para ambos companheiros, como um formulário de comunhão de existências e uma participação em processos divinos e cósmicos. A experiência de transcender espaço e tempo, de superar a extraordinária dualidade de espírito e matéria, de recuperar a unidade do primaveral, a realização da identidade de Deus e sua Shakti, e dos manifestados aspectos do imanifesto do Todo, esses constituem os muitos mistérios do Tantra.


O TANTRISMO é um sistema de adoração Ideal. Sua posição central é que há unicamente “Um Princípio Final”, mas que este Princípio tem dois aspectos, um Transcendente, e o outro Imanente. Os Tantras explicam em grande detalhe a origem de Espírito e Matéria; eles discutem a natureza do Princípio Final; e eles explicam a causa do Impulso Inicial de Criação.


TANTRA ensina como lidar com os aspectos diferentes do Conhecimento Supremo e leva a caminhos práticos para experimentá-los.


Não há corpo de literatura tradicional que tenha sofrida tanta crítica espalhada, dos alunos Orientais e Ocidentais, como o Tantra, devido, principalmente, ao seu caráter altamente esotérico que gerou uma condição que praticamente impossibilita ao aluno não praticante a obtenção de informações adequadas e de seu conteúdo verdadeiro, para que com isso possa ele ter uma compreensão profunda, através da experimentação direta e de seus resultados.


O TANTRA considera o Universo como sendo uma REALIDADE MÁGICA, não contradizendo com o VEDA, que diz que o Universo é uma ilusão (MAYA).


Os TÂNTRICOS tentam lidar com todos assuntos, da criação do universo ao regulamento de sociedade, e eles sempre tem sido o repositório de conhecimento espiritual, esotérico e prático, especialmente a Ciência espiritual de Ioga.


OS TÂNTRICOS aceitam os VEDANTAS e não estão em nenhum caminho hostil ao Seis Darshanas. O propósito do Tantrismo é de tentar fornecer um caminho para salvação do homem durante a idade presente (KALI YUGA). Seus princípios são de requerimento universal sem consideração ao tempo ou lugar, temperamento ou capacidade. Eles colocam a prova aquela especulação filosófica de que não existem coisas suficientes para satisfazer a fome espiritual da alma na Natureza, nenhuma descrição por mais precisa que seja de um banquete é suficiente para satisfazer a fome física do corpo. Portanto, os Tantristas fornecem não unicamente os princípios de especulação, mas também o fundamento para experiência; eles não unicamente discutem, mas principalmente experimentam. Eles fornecem uma fundação racional aos exercícios espirituais da Ciência de Ioga que liberará um homem (ou uma mulher) durante UMA existência. Essas práticas são referidas como SADHANA, aquela prática próspera que conduz para emancipação final da alma. Por toda a sua estrutura, o Tantra coloca uma ênfase dominante no aspecto prático de conhecimento espiritual.


O propósito declarado do TANTRISMO é de fornecer aos anões espirituais métodos de Ioga do Kali como meio de sublimar suas obsessões e de dominar suas tendências animais dentro dos êxtases espirituais. Os mais altos ensinamentos da Idade Dourada da espiritualidade (SATYA YUGA) são impraticáveis por longos períodos, ninguém os compreende profundamente, eles estão somente na letra morta. Nós estamos também fracos, e somos por demais escravos de nossos sentidos para empreender as austeridades da disciplina pessoal como foram soletradas nas sagradas escrituras do prime VEDIC. Para nós um manual diferente de liberação espiritual, que se encaixe em nossas necessidades, têm sido fornecidas pelo TANTRA. O caminho fornecido pelo TANTRA deve ser o da reintegração dos dois pólos de existência - Masculino (+), e Fêmea (-). Não Há outro caminho no Kali Yuga.


TANTRA, embora monitorado, pressupõe e demonstra, através das realizações excepcionais compreendidas por muitos peritos avançados, a existência da consciência Absoluta como verídica e composta de duas realidades essenciais, ambas eternas mas de uma natureza complementar: SHIVA - O Espírito Supremo, O Conhecimento do sentimento puro e SHAKTI - a Natureza, a esfera de objetividade. SHIVA é o Princípio Final da Realidade Absoluta, a Causa Primordial, a Transcendente e a imanente Essência Final. SHAKTI é a totalidade da Manifestação Cósmica, o Universo.


SHAKTI impregna toda a manifestação cósmica como uma energia invisível sagrada. Ela contém o oceano de possibilidades através de que SHIVA pode se manifestar.


Como Realidades polares, SHIVA (O espirito supremo da natureza) é o Princípio Masculino Eterno, o Pai Cósmico; SHAKTI (A natureza em si) é o Princípio Feminino Eterno, a Mãe Cósmica dos Mundos.


Devido a similitude que existe entre o Homem e Universo, essas duas Realidades Finais têm sua reflexão em toda existência humana.


O alvo do TANTRA está em fornecer o procedimento necessário para descobrir essas Realidades dentro da existência do praticante e para compreender a fusão entre eles e seus correspondentes cósmicos. Desta Forma, o YOGUI alcança o KAIVALYA, um estado permanente de autonomia perfeita e domínio pessoal transcendental. Em outras palavras, quando o YOG conhece o SHIVA Cósmico através de seu SHIVA humano, ele atinge o mais alto estado de conhecimento e o nível mais expandido de consciência, conhecida em IOGA como SAMADHI.


Isto é o primeiro passo para o esclarecimento. O segundo passo é a viagem as fronteiras do Infinito, do estado de beatitude pura e infinita, transbordando em uma abundância suprema, a felicidade Suprema sobre tudo que é manifestado. Esta Verdade foi belamente expressada em uma maneira simbólica na TABULA SMARAGDINA, um texto do Cabalístico:


"Da Terra [esta energia misteriosa] ascende ao Céu, então volta à Terra, cercando a cúpula Mais Alta e as Forças Abaixadas. Nesta maneira você obtém glória perfeita. De agora em diante, todas as Forças da Escuridão fogem de você."


O estado supremo não é atingido por idas fora do mundo (que é a atitude de outros sistemas espirituais que consideram o mundo como uma ilusão) mas por compreender os manifestos Absolutos em todas as coisas. Seus Ensinamentos habilmente nos guiam em como usar o que aprendemos nos adaptando à cada circunstância particular.


TANTRISTAS pressentem o Universo como extremamente complexo, uma rede multi-dimensional de energias invisíveis. Esta Ciência permite a expansão controlada de conhecimento além do circulo de aparecimentos ilusórios e assim nos libera da ignorância. TANTRA é também chamado VAMA MARGA, O Caminho da Mão Esquerda, devido ao fato de que mulheres, que estão sobre a influência lunar, polaridade negativa ou a esquerda, jogam um papel de essencial importância nesta Ciência. Entretanto, O Caminho que é recomendado aqui não é de jeito nenhum feito de negações ou austeridades como em outros sistemas espirituais maiores, mas de prazer e beatitudes. A Tradição do TANTRISMO propõe claramente que o estado de integração harmoniosa e liberdade espiritual pode ser obtida unicamente através de experiência direta, apaixonada e não separada vivendo a vida do cotidiano. Os níveis inferiores de conhecimento não podem ser forçadamente controlados e prosperamente superados a menos que sejam experimentados intensamente e totalmente, vivido na plenitude total de sua força.

Prazer não é um fim, mas um caminho para alcançar Conhecimento Divino.


Neste respeito, textos do TANTRISMO dizem que ninguém a vontade é capaz de obter perfeição espiritual usando técnicas chatas e difíceis (para nossa mentalidade do Kali Yuga). Perfeição pode ser facilmente compreendida usando a realização sábia de todos os desejos. Os muitos processos que para outros podiam causar decadência ou morte, veneno ou mau, pode ser usado sabiamente e firmemente pelo enaltecimento espiritual a transformar qualquer corrente energética para o sentido de cura miraculosa da alma.

"Um pode vencer à terra, outro um pode, sem dúvida, levantar ele mesmo com a ajuda da terra."


Outro texto diz:


"Se um homem é um YOGIN, ele não desfruta prazeres sensuais; enquanto um que desfruta deles não pode saber IOGA. Aí está porquê o KAULA (uma Escola Do TANTRIC) caminho, contendo a essência de diversão sexual e IOGA, é superior a para todos caminhos. Na aproximação do KAULA, diversão sexual vira IOGA diretamente. Que em religião convencional é considerada pecado, [quando praticado nosso caminho] torna-se mais meritório.
KULARNAVA TANTRA 2. 23


Outra versão do mesmo texto:


"Em outros sistemas, nenhum um IOGUE pode simpatizar com as diversões do mundo (i.e. ele não pode ser um BHOGI; nem um BHOGI que está no meio de diversões mundanas pode ser um IOGUE. Mas no caminho de KAULA, ambas IOGA e BHOGA tem uma união feliz. KAULA DHARMA é BHOGA e também IOGA; que aparentemente é um pecado, aqui é transformado em uma força de Deus; e o SAMSARA torna-se um meio para liberação."


Na tradição do TANTRISMO, IOGA (união com o Deus) é simultâneo com a paixão vivendo de deleites do mundo, conduzindo ao estado de iluminação através das forças do super normal (SIDDHIS), que são obtidas através de treinamento prático destes procedimentos especiais. Essas forças servem um propósito definido no caminho de atingir o Supremo.


A filosofia do TANTRISMO por si mesmo inclui em seu todo de teoria os níveis do Universo e dá uma importância predominante para astronomia, biologia, parapsicologia, anatomia, meditação, medicina, música, arte e sexualidade. De Fato, a experiência sexual, é considerada uma unificação dos princípios do Masculino Eterno (+) e Fêmea Eterna (-), têm um lugar muito importante em técnicas TÂNTRICAS e procedimentos que estão freqüentemente ligados ao profundamente erótico.


Aqui, sexualidade tem forma unicamente basal, prima facie de suas técnicas. Isto é submetido a uma disciplina rigorosa, porque isto é conhecido, que o segredo da Vida esta em controlar a energia sexual.

3 comentários:

  1. Muito booom esses dois textos, acho que mesmo com um companheira não budista é possivel aplicar algumas tecnicas =D

    bjuuus

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  2. O que fazer para ter minha auto estima de volta

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  3. Se você aceita a si mesmo, esse é o começo da aceitação de tudo. Se rejeita a si mesmo, você está basicamente rejeitando o universo; se rejeita a si mesmo, você está rejeitando a vida.

    Se aceita a si mesmo, você aceitou a vida; então não há nada mais a fazer além de sentir prazer, celebrar. Não há do que se queixar, não há ressentimentos; você se sente grato.

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Obrigada, pela visita. Beijos de luz violeta na alma.